Os números da atividade operacional dos BVE nos últimos 30 dias
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A depressão “Martinho” que assolou Portugal continental em meados da segunda quinzena de março não fez grandes estragos na nossa cidade. Esta é uma das várias notas a retirar da habitual retrospetiva da atividade operacional dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (BVE) ao longo dos últimos 30 dias, neste caso em concreto, no período temporal compreendido entre o dia 25 de fevereiro e o dia 25 de março.
No que diz respeito aos estragos provocados pela depressão, registam-se os factos de um telhado ter voado face à intempérie e a queda de duas ou três árvores, isto na área dos bombeiros, tendo em conta que quer a Proteção Civil, quer os serviços da Junta de Freguesia de Ermesinde também intervieram no período em que a depressão assolou o nosso país. Porém, nada que tivesse provocado grandes danos, ao contrário de outras zonas do território nacional continental.
Olhando agora para os números que marcaram o serviço operacional dos nossos bombeiros, e primeiramente no que diz respeito a incêndios, há então a registar cinco incêndios estruturais, quatro incêndios em transportes e quatro incêndios em detritos. No que toca a acidentes rodoviários, os BVE prestaram socorro em sete acidentes, um atropelamento e um acidente aéreo, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, sendo que no caso deste último há que explicar o sucedido. Ou seja, soltou-se fumo na cabine de um avião que saiu de Lisboa em direção a Londres, tendo por isso a aeronave aterrado (de emergência) no Porto, sendo que nove pessoas que nela viajavam tiveram de ser transportados para o hospital. A nível de emergência pré-hospitalar, os bombeiros tiveram 648 serviços, registando-se ainda 46 atividades ao nível de proteção civil e seis aberturas de porta com socorro. Nestes 30 dias de atividade a que fazemos referência os bombeiros percorreram 25.234 km, tiveram 1526 horas de serviço operacional e 2680 horas de piquete.
Atendendo a que entramos já na primavera e não tarda o tempo quente, o comandante Emanuel Santos deixou alguns conselhos à população. Neste caso em concreto, a quem tenha terrenos, e que proceda à limpeza dos mesmos, aproveitando estes dias em que o tempo ainda não está tão quente. Com esta precaução atempada, preparamo-nos para que no verão estejamos mais protegidos do risco de incêndios. O comandante reforçou ainda alguns conselhos dados noutras ocasiões, desde logo a questão da necessidade de haver um maior civismo na estrada, seja da parte dos condutores, seja da parte dos peões. A terminar esta nossa interlocução mensal com os bombeiros, o comandante Emanuel Santos deixou um alerta, o qual se prende com o estacionamento (abusivo) dentro da cidade. Referiu a este propósito, que há locais em que os veículos dos bombeiros têm já algumas dificuldades em passar, derivado precisamente à maneira como e onde os cidadãos estacionam os seus automóveis, criando assim um obstáculo às viaturas dos bombeiros, no sentido em que estas ficam sem ângulo para curvar, o que faz com que em muitas ocasiões tenham de dar uma volta maior para arranjar outra curvatura. Quando esses obstáculos surgem numa circulação normal, digamos assim, menos mal, agora «se é uma circulação de uma emergência associada ao stress de quem está dentro do carro dos bombeiros, pois por muita formação e muito controle que o bombeiro tenha há sempre aquele stress de “chegarmos lá”, apanhando esse tipo de barreiras é mais complicado chegarmos ao local da ocorrência», alertou o nosso comandante. Pede-se, pois, civismo a quem estaciona os seus automóveis na via pública.
Por:
MB
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