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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 28-02-2023

    SECÇÃO: Saúde


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    MEDICINA DE A a Z (Continuação)

    MITOCÔNDRIA

    É um organelo celular, ou seja, um pequeníssimo órgão da célula viva. Por muito estranho que pareça, a mitocôndria comporta-se como uma minúscula bactéria dentro da própria célula e é o órgão gerador de energia biológica de que a célula se serve para viver. A mitocôndria tem um ADN próprio (código genético próprio), que nada tem a ver com o código genético propriamente dito da pessoa. Por motivo que seria muito interessante desenvolver, o ADN mitocondrial só se transmite por linhagem feminina, isto é, o ADN mitocondrial de cada um de nós veio-nos, em exclusivo, da nossa mãe. Os homens não transmitem o seu ADN mitocondrial. Tema de estudo para os mais curiosos. Assim como poderá ser objeto de estudo a seguinte afirmação (com a qual nem todos os estudiosos estão de acordo): a simbiose entre uma minúscula célula procariota (futura mitocôndria) e uma célula procariota maior (arquea) deu origem às células eucariotas de que se compõem a totalidade dos seres pluricelulares atuais.

    MITRAL (Válvula)

    O coração humano tem quatro cavidades. As cavidades esquerdas comunicam uma com a outra. As cavidades direitas idem. Na vida intrauterina as cavidades esquerdas e direitas comunicam entre si mas após o parto e com o início da respiração autónoma (pulmonar) essas comunicações direita-esquerda encerram. De cada lado do coração existe uma aurícula e um ventrículo. A comunicação normal entre estas cavidades é sempre da aurícula para o ventrículo e nunca o contrário. Isto só é possível pela existência de válvulas entre estas cavidades (à direita é a válvula tricúspide e à esquerda é a válvula mitral. Existem ainda outras válvulas, mas neste local só se faz referência a estas duas. O interesse da válvula mitral é por ser a mais conhecida e sede de doenças que a podem destruir. Perante estas doenças fala-se de estenose mitral (aperto da válvula mitral que dificulta o movimento do sangue da aurícula esquerda para o ventrículo esquerdo) ou em insuficiência mitral (a válvula não fecha bem, o que faz com o que o sangue volte para a aurícula quando o ventrículo contrai, o que não deve). O tratamento desta situação é cirúrgico, com a substituição da válvula doente por uma válvula artificial. Não é o ideal, mas é o possível, e o doente recupera muito da sua função cardíaca.

    MORFINA

    Perguntaram uma vez a um grande médico que medicamento escolheria se só pudesse escolher um único. E ele, sem hesitar, respondeu “morfina”. A morfina é uma substância derivada do ópio, que por sua vez é produzido pela planta papoila-dormideira. É um potente analgésico (tira a dor), mas tem de ser utilizada com critério, pois provoca intensa habituação. A heroína, por exemplo, é derivada da morfina. A história com que se começou este título tem a ver com o horror que o Ser Humano tem à dor. A dor é o primeiro sintoma que tem de ser controlado numa abordagem ao doente. Daí a escolha da morfina por parte daquele médico. Não cura o doente, mas tira-lhe a dor. E a dor é comum a muitas doenças que se tratam com diferentes fármacos.

    O fármaco que poderia ajudar muitos doentes com várias patologias diferentes é precisamente o que lhe consegue controlar a dor – a morfina. Hoje em dia há várias formas de administrar a morfina, nomeadamente por injeção, por comprimido e por “selos” que se colocam na pele.

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    NARCÓTICO

    Um narcótico é uma substância que pode provocar narcose, sendo narcose um estado de euforia semelhante à intoxicação por álcool. Estas substâncias têm origem no ópio, produzido pela papoila-dormideira. Atualmente estas substâncias são produzidas em laboratório. Além de euforia, estas substâncias provocam habituação e dependência e nestas caraterísticas assenta o narcotráfico. Em medicina utilizam-se narcóticos para analgesia (tirar a dor, ver acima morfina) ou para cura da dependência destas drogas (nalorfina, por exemplo).

    NASOGÁSTRICA (sonda)

    É um tubo oco, comprido, fino e flexível que se introduz pelo nariz até ao estômago e tem várias aplicações: alimentação, quando esta não é possível por forma natural; esvaziamento do estômago em caso, por exemplo, de intoxicação por tóxico ingerido. Trata-se sempre dum instrumento de utilização limitada no tempo, pois é muito incómodo e muito agressivo para o nariz. Em caso, por exemplo, de tumor do esófago ou da laringe, em que a alimentação natural se torna definitivamente impossível, é utilizado um tubo que se introduz diretamente no estômago do doente através da parte alta do abdómen (Sonda PEG, de Gastrostomia Endoscópica Percutânea em inglês).

    NÁUSEA

    É o vulgar enjoo, que pode ou não ser seguido de vómito. Uma náusea isolada normalmente não tem significado especial. Mas se as náuseas forem muito frequentes ou demoradas, podem ser sintoma de variadas doenças, algumas delas graves (doenças neurológicas, neoplásicas, etc.), pelo que, neste caso, se torna necessário consultar um médico para se fazer um diagnóstico e definir um tratamento.

    NEBULIZADOR

    (...)

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    José Campos Garcia*

    *Médico

     

     

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