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    SECÇÃO: Local


    NOTICIAS DA UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ERMESINDE

    USE esteve de visita ao Banco de Materiais do Porto

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    No âmbito da disciplina de História da Azulejaria da Universidade Sénior de Ermesinde (USE) a Dra. Filipa Lemos organizou uma visita de estudo ao Banco de Materiais da Câmara Municipal do Porto no passado dia 26 de maio com a participação de vários alunos com o objetivo de consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo do presente ano letivo.

    Os azulejos tiveram uma importância relevante na economia da cidade do Porto, com o aparecimento de algumas fábricas, quando as fachadas passaram a ser revestidas por este material dando um colorido e uma beleza ainda hoje visíveis. Encontramos esta arte nas fachadas das casas, nas Igrejas e em muitos outros locais como os painéis da Estação de São Bento.

    O Banco de Materiais do Porto está instalado no Palacete dos Viscondes de Balsemão, edifício construído em meados do século XVIII, foi criado há mais de 20 anos pela Câmara Municipal do Porto e está aberto ao público desde 2009. Tem como objetivo recolher o material das fachadas dos edifícios degradados ou em demolição da cidade, como azulejos, gradeamentos de ferro ou estuques, para registá-los, estudá-los e guardá-los com a finalidade de os disponibilizar e/ou ceder a qualquer munícipe portuense que necessite de restaurar a sua casa ou edifício. É muito importante o levantamento feito pelos técnicos, a consciencialização dos proprietários dos edifícios para procurarem manter as fachadas ou solicitar a recolha dos materiais caso haja mesmo a demolição e a preocupação em esclarecer os empreiteiros que há vantagens em manter a fachada original dos edifícios. Neste espaço, ideal para se conhecer mais sobre azulejos, são inúmeros os modelos e os diversos tipos de diferentes épocas de fabrico, nomeadamente hispano-árabes e padrões dos séculos XVII a XX. É como um banco sem dinheiro mas com mais de 20 mil azulejos, antigos e originais que ajudam a preservar a memória da cidade.

    De seguida uma breve passagem pela Praça Guilherme Gomes Fernandes para contemplar o mural de Joana Vasconcelos com cerca de 20 metros de comprimento e oito mil azulejos pintados à mão e uma paragem em frente à Igreja de Santo António dos Congregados para admirar o friso de azulejos lisos amarelos e os painéis de azulejos figurativos, azuis e brancos com cenas alusivas à vida de Santo António, emblemas eucarísticos do Santo Sacrifício da Missa e a adoração do Santíssimo Sacramento.

    Finalmente, uma passagem pelo átrio principal da Estação de São Bento para admirar a obra de Jorge Colaço produzida na Fábrica de Sacavém, e instalada entre 1905 e 1906, que representa, principalmente, cenas passadas no norte do país, retratando entre outros O Torneio de Arcos de Valdevez, a apresentação de Egas Moniz e dos filhos ao Rei de Castela e a entrada de D. João I e de D. Filipa de Lencastre no Porto, a vida tradicional campestre e um friso colorido dedicado à evolução dos transportes em Portugal, concluindo com a inauguração dos caminhos de ferro.

    Germano Castro

     

     

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