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    Arquivo: Edição de 30-04-2022

    SECÇÃO: Crónicas


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    “Teria que percorrer ainda 817 km”

    Na primeira localidade Espanhola em Roncesvalles, alguém ao jantar lançou o repto: “Porque motivo estamos a fazer o Caminho?”. A rodear a mesa redonda estavam dez seres. Dez nacionalidades diferentes. Cada um tinha um motivo divergente, mas todos eles eram convergentes no destino a Santiago.

    O meu para além de um misto de religiosidade também era de curiosidade. Já havia referências a esta “peregrinação” ao fim da terra (cabo Finisterra), anterior ao ano 300, época do imperador romano Constantino que se converteria ao cristianismo. Curiosidades dos trajetos. Que me perdoem os mais crentes. Mas não seria por aqui. Alguns caminhos sim. Percorrem vales e serras, mas passam por ermidas, por mosteiros, por antigas estradas romanas. Mas outros! Outros não. Serão mais recentes. Quase todos eles desviam para o interior das aldeias e vilas. Fazem o trajeto passar pelas “tendas”, bares, pensões e albergues. Até compreendo. Uma forma de aproveitar o fluxo dos peregrinos para ativar a economia local. Com esta ação têm recuperado algumas aldeias, onde a degradação física dos edifícios já se nota. Outros trajetos levam-me serras acima, com pedra solta, descidas abruptas onde se não for a andar com cuidado, são uns verdadeiros atentados à integridade física. Um passo sem estar a ver onde se põem os pés, temos 100% de hipóteses de fazer uma entorse ao segundo passo temos 300% de a arranjar. Caminhos que nos levam a ver um Castro ou um miradouro. Nada têm de religiosidade. Se calhar é uma forma de também justificar verbas provenientes da UE para conservação e melhoramento do caminho. A câmara de Ponferrada bem podia ter um funcionário no fim daquele trajeto, com cheques-oferta para os peregrinos comprarem novos pares de calçado. No outro dia era só queixas de tornozelos inchados e dores nos joelhos.

    A principal cruz do caminho em Foncebadon
    A principal cruz do caminho em Foncebadon
    Mas como na vida, nem tudo é bom, nem tudo é mau. Temos paisagens arrebatadoras. À luz do dia, mais parece estarmos a ver um contínuo pôr do sol, com mudanças bruscas e belas da luminosidade. Os leitos das linhas de água, sejam canais de regadio, ribeiros ou rios de uma limpeza ímpar. A água límpida e cristalina, podia ver uma moeda de cêntimo no seu leito. Pensei que era por serem águas de montanha, pelo caudal por vezes ser forte. Estava enganado. Em Sarria, uma cidade que fica na Galiza, é atravessada pelo rio Sarria, qual não é o meu espanto de o ver repleto de trutas. Pensei no nosso Leça e nos outros leças espalhados por este país fora. Esqueci-me que estava na Semana Santa.

    A partir desta localidade perdeu-se o verdadeiro sentido da peregrinação. Se um espanhol fala baixo, com dois o tom aumenta e com três é um caos. Falam todos ao mesmo tempo, alto para todos saberem o teor da conversa. Não é uma crítica, mas a constatação de facto. Os mais novos com colunas de som. Umas com música típica Espanhola, outras com o mais pesado do rock. Uma feira.

    (...)

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    Por: Manuel Fernandes

     

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