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    Arquivo: Edição de 30-04-2022

    SECÇÃO: Destaque


    COMEMORAÇÕES DO 48.º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL

    Intervenção do Centro Democrático Social - CDS-PP*

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    Liberdade.

    Estamos aqui mais um ano a festejar o 25 de Abril.

    Todavia, tão ou mais importante do que falar do passado, é compreender o impacto que este teve no presente, e mesmo no nosso futuro.

    Foi com a procura de um “Futuro” que há 48 anos atrás..., fruto de uma ideia simples..., a ideia de liberdade... se fez a revolução do 25 de Abril.

    Hoje, como há 48 anos atrás, mais do que discursos formais, cheios de pompa e circunstância, as pessoas precisam de humanidade, as pessoas precisam de um futuro.

    A liberdade que se conquistou no 25 de Abril, não deve ser confundida com um feriado onde muitos colocam um cravo ao peito.

    Deve sim, ser uma liberdade vivida todos os dias, e não apenas uma vez por ano.

    Foi com esta ideia que os Portugueses há 48 anos atrás quiserem escrever o seu futuro.

    Assim, e por respeito à Democracia... e sentido de dever enquanto cidadãos, não podemos deixar de honrar a Liberdade, lutando pelas gerações futuras.

    Liberdade, esse conceito que continua, nos dias de hoje, a necessitar de ser salvaguardado.

    Fruto de uma pandemia avassaladora estabeleceu-se a necessidade de diminuir os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Todos nós fomos coartados da nossa liberdade. Afetados pelo medo de um mal invisível, aceitamos ver diminuída a nossa Liberdade.

    E assim, a nossa Liberdade tem paulatinamente, nos dois últimos dois anos, vindo a ser reconquistada.

    O que demonstra que, à Liberdade, não a podemos dar por garantida. Temos que diariamente a cultivar, estimular, preservar.

    Mas, enquanto recuperamos a nossa Liberdade, saudando a liberdade de hoje podermos estar, por exemplo, nesta cerimónia sem máscara com que nos habituamos a viver nos últimos dois anos, há um povo que no mesmo Continente que o nosso, se vê privado da sua liberdade.

    Sim, porque Liberdade significa, também, a condição da pessoa ou da nação que não tem constrangimentos ou submissões exteriores.

    Não podemos deixar de condenar todos os atos que impeçam a Liberdade, a nossa Liberdade, mas também a Liberdade dos outros.

    Temos que apoiar aqueles que lutam pela sua Liberdade para nós podermos também ter a nossa Liberdade.

    Devemos continuar a pugnar pela defesa dos direitos fundamentais.

    Entre os direitos humanos fundamentais que qualquer poder democrático deve proteger, estão a liberdade de expressão e a liberdade de se organizar, denunciar, discordar e participar plenamente na vida pública da sua sociedade.

    Em democracia reconhece-se que a diversidade é uma vantagem enorme, pois trata estas diferenças na identidade, na cultura e nos valores como um desafio que pode reforçar e enriquece-la, e não como uma ameaça.

    Podermos ter a nossa opinião e transmiti-la aos outros, por mais desconforme que possa ser, e não sermos sancionados por isso é também uma conquista do 25 de Abril e é hoje em dia uma das maiores formas de expressão da Liberdade.

    Para que a democracia seja bem-sucedida os cidadãos têm que continuar a ser ativos, porque sabem que o sucesso ou o fracasso do seu país... é também fruto da sua responsabilidade.

    As democracias precisam de atenção contínua, tempo e dedicação, por parte dos seus cidadãos para que, deste modo, protejam os seus direitos e liberdades. É fundamental estarmos atentos e alerta.

    E por hoje ser 25 de Abril, não podemos, mais uma vez, deixar de recordar o 25 de novembro. Data na qual se conseguiu restaurar a paz e a ordem e desta forma se evitando a criação de uma nova ditadura.

    Viva a Liberdade, viva Portugal.

    *Intervenção realizada pelo membro da AFE, Rui Fernandes Almeida

     

     

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