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    Arquivo: Edição de 28-02-2021

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    Projeto de execução do Parque do Leça (em Ermesinde) aprovado

    Foto CMV
    Foto CMV
    Foi aprovado de forma unânime na reunião pública da Câmara Municipal de Valongo (CMV), realizada na sede do concelho a 4 de fevereiro último, o projeto de execução do Parque do Leça, em Ermesinde. Este projeto terá um custo de aproximadamente 1.5 milhões de euros.

    Na explicação deste ponto, o vereador Paulo Esteves Ferreira referiu que este «é um projeto que nos é muito querido, já tinha sido por nós prometido desde o primeiro mandato, só que infelizmente, e por muitas vezes, a vontade política de fazer coisas nem sempre tem espelho na vontade particular, e portanto tivemos alguma dificuldade em obter os terrenos para a implementação deste projeto».

    O vereador acrescentou ainda que «este projeto será efetivamente mais um novo pulmão para a Cidade de Ermesinde, mas não queremos ficar por aqui. Esperemos que um dia mais tarde isto possa fazer parte de um grande circuito ao longo do rio Leça que vai ligar freguesias não só aqui do concelho, mas também outros concelhos ao Concelho de Valongo».

    OS DETALHES DO PROJETO...

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    De acordo com a proposta apresentada em sede camarária, «a área de intervenção objeto de desenho formal integra um terreno com cerca de 7 hectares e é sobre esta área que se pretende construir um parque com uma dupla vertente, ou seja, que funcione como jardim de proximidade para os cerca de 40.000 habitantes da freguesia de Ermesinde e como jardim municipal para todos os habitantes do município, prevendo-se a possibilidade da sua ampliação dada a excelente situação em que se insere ao longo do rio Leça. O Parque insere um conjunto de áreas destinadas a circulação, áreas de praça, muros, escadas e rampas, rio, skate park, parques de jogo e recreio e zonas permeáveis que por vezes são relvadas outras vezes revestidas por herbáceas e arbustos».

    Pode ler-se ainda que o projeto apresenta o parque subdividido em três grandes áreas: área de conservação e produção; área de recreio e desporto; espaço rótula de articulação entre as duas áreas através do espaço multifunções e sanitários que se considera ser a grande porta de entrada/receção e distribuição.

    A primeira, área de conservação e produção corresponde à área para jusante do moinho e destina-se a ser um espaço mais dedicado à estadia e à manutenção de locais destinados à prática da agricultura e de produção animal. Nestes locais pretende-se desenvolver espaços de recreio passivo. Uma horta cujo desenho tem por base folhas de árvores oferece na sua composição plantas hortícolas, aromáticas e de flor permitindo que o espaço seja entendido como um jardim dinâmico, onde os canteiros vão mudando ao longo do ano. Será um espaço de descoberta onde várias pessoas podem trabalhar e colaborar em atividades dinamizadas com centros de dia e centros de atividades com jovens. Nas zonas de prados gado bovino e ovino poderá pastar em cercados sendo possível a sua visualização a partir de diferentes locais e percursos do Parque».

    No que diz respeito à área de recreio e desporto, «mantêm-se as grandes áreas definidas para o desporto do parque Socer como sejam a área do campo de jogos e as áreas de desportos radicais que apenas são reposicionados na outra margem do rio. A margem esquerda fica apenas destinada para zona de jogos e lazer. Aproveita-se a atual área de parque infantil, que se reformula, para se instalar um parque de recreio para bebés. Neste espaço um pavimento em borracha com brinquedos em borracha permite que os bebés se exercitem e apanhem sol. Um estacionamento de carrinhos de bebés também será instalado. Um outro espaço amplo com pavimento de borracha permite a realização de vários tipos de exercícios por diversas classes etárias como seja ginástica, dança, yoga – espaço multifuncional».

    O espaço rótula de articulação entre as áreas referidas «corresponde ao eixo central do Parque sendo agora definido como a entrada principal do Parque e onde se desenvolverão três edifícios. Dois edifícios desenvolvem-se sobre as ruínas e têm por função assegurar a realização de um espaço multifuncional e os sanitários públicos de apoio ao Parque. Um novo edifício, sobrelevado e que adquire a configuração de “estufa”, surge também nesta zona e tem por função aumentar a área destinada a estufa/café podendo ser utilizado mesmo nos meses mais frios e pode desenvolver a função de bar uma vez que se encontra num local sem habitações na proximidade. A combinação de áreas e funções possíveis de desenvolver entre os dois edifícios permite maior rentabilidade e a atração de um maior número de pessoas por um alargado horário o que poderá rentabilizar financeiramente o local. Uma esplanada em espaço exterior complementa as funções dos edifícios».

    Podia ler-se ainda na proposta aprovada que «o projeto integra várias áreas e atividades multidisciplinares desde desporto, lazer, educação e sensibilização ambiental, em consonância com os objetivos do desenvolvimento sustentável, nomeadamente:

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    1- Recuperação de margens e melhoria das condições de drenagem num troço do rio Leça com recurso a técnicas de engenharia natural, que serão utilizadas com o propósito de ensinar à população e principalmente aos proprietários de terrenos marginais alternativas viáveis, mais económicas e de menor complexidade que os métodos convencionais.

    2- Reconstrução de uma ruína de um moinho de água, reconvertendo-a num espaço “memória”, na qual serão implementadas técnicas de melhoria da eficiência energética.

    3- Criação de rede de percursos pedonais e cicláveis, interligando este espaço e a cidade em redor, com possibilidade de extensão ao longo do rio Leça.

    4- Implementação de hortas familiares, inclusivas e acessíveis. Pretende-se contribuir para a educação, sensibilização e capacitação da população em geral para as necessidades de adaptação às alterações climáticas em meio urbano, envolvendo a comunidade, em particular, grupos alvo mais abertos e disponíveis para participar ativamente nas atividades previstas e outros grupos mais vulneráveis».

    ADESÃO À ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS CORREDOR DO LEÇA

    Entretanto, foi também aprovado nesta reunião camarária a adesão à Associação de Municípios - Corredor do Rio Leça, que tem como objetivo a criação e gestão do Corredor do Rio Leça, bem como a promoção ambiental, a valorização da natureza e da vida ao ar livre. A associação funcionará em moldes semelhantes à Associação Parque das Serras do Porto, por sugestão do presidente da Câmara de Valongo. «A associação tem como fim principal a gestão, execução e manutenção do plano estratégico de recuperação do Rio Leça, nomeadamente a despoluição, reabilitação ecológica, valorização paisagística, cultural e socioeconómica de todo o território do Corredor do Rio Leça, desde a nascente até à foz. Bem como, a promoção de conhecimento, novas oportunidades de mobilidade suave, lazer e estadia ao longo do rio, sensibilização ambiental, valorização do contacto com a natureza, dos serviços de ecossistema e da vida ao ar livre», podia ler-se na proposta apresentada.

    FATURA DA ÁGUA AUMENTA

    Outro assunto que fez correr muita tinta nesta reunião foi o da atualização do tarifário que leva ao aumento da fatura da água e saneamento no concelho. A proposta foi aprovada pela maioria socialista no Executivo, com os votos contra do PSD, cujos vereadores fizeram uma análise muito crítica a este aumento.

    Em suma, foi aprovado um aumento de 3,67% na fatura da água e saneamento para 2021, o que representa para um consumo médio de 10 metros cúbicos uma subida de 85 cêntimos, para uma média mensal de 23,11 euros. Sobre este ponto, José Manuel Ribeiro referiu que mesmo assim o Município de Valongo tem uma das tarifas mais baixas da Área Metropolitana do Porto, acrescentando que esta atualização está prevista no contrato de concessão com as Águas de Valongo.

    Para Miguel Teixeira, vereador do PSD, «num ano difícil de crise um aumento de cerca de 4% não se entende. A Águas de Valongo compra a água à Águas do Douro e Paiva, em 2020 o preço era de 44 cêntimos e o de 2021 é de 43 cêntimos. Ou seja, baixou o custo da água e vão aumentar a tarifa? Não entendo e não entendo como é que a Câmara aceita», frisou o social democrata, que disse ainda não acreditar que outros municípios vão subir o tarifário em quase 4%, numa altura em que a inflação é praticamente nula.

    Por: MB

     

     

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