COVID-19 - Situação em Portugal, no concelho e no mundo (Dados de 7/12/2020)
Finalmente podemos dizer, sem reserva, que a pandemia em Portugal está em fase de regressão. O número de Novos Doentes Baixa. Mas este abrandamento ainda não chegou aos hospitais, pois o número de doentes internados ainda não baixou de forma significativa e sustentada.
A linha de tendência inverteu-se completamente em relação ao passado mês de novembro. Já não se trata de números isolados, mas sim da tendência dos últimos 37 dias.
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INTERNAMENTOS (ÚLTIMO MÊS) FONTE - DGS |
Infelizmente a linha de tendência ainda é crescente. Leva sempre alguns dias (não se sabe quantos) entre a descida do número de Novos Casos e o início da descida do número de doentes internados. Ao nível das Unidades de Cuidados Intensivos, o número de doentes internados mantem-se estável, embora num número muito alto. Esperemos que o Natal ponha a desejada prendinha no sapatinho destes massacrados profissionais.
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GRANDE PORTO - NOVOS DOENTES - FONTE: DGS |
Ao nível do Grande Porto a situação também se apresenta risonha. Exceto num concelho (Baião), em todos os outros concelhos o número de Novos Doentes está em queda sustentada.
O concelho de Valongo apresenta uma incidência acumulada de 931 novos doentes por 100.000habitantes, o que o coloca na classificação de Risco Muito Elevado (de 480 a 960 casos por 100.000 habitantes).
Os sacrifícios tinham de começar a dar fruto.
No mundo as coisas não irão muito diferentes de cá. Gostaria de ter os números dos Novos Casos por 100.000 habitantes, mas só disponho do acumulado (total de casos desde o início da pandemia) por 100.000 habitantes. O objetivo das medidas de contenção é que as barras verticais fiquem do mesmo tamanho da anterior. Isso significaria 0 Novos Casos. Ainda estamos longe desse dia.
Portugal alinha pela média do painel de países em análise.
Este gráfico mostra aquilo que já se sabia: houve um aumento do número acumulado de doentes por 100.000 habitantes superior à maior parte dos países listados, com a exceção da Suécia e da Itália, que teve um aumento semelhante.
Finalmente em matéria de óbitos por 100.000 habitantes (também acumulado), Portugal continua a apresentar um relativamente baixo número de óbitos. Se nos lembrarmos que houve – e ainda há – críticas quanto ao critério de notação de “morte por Covid”, alegando que estamos a diagnosticar “demasiadas” mortes por Covid, podemo-nos alegrar com os nossos números.
José Campos Garcia - Médico
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