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    Arquivo: Edição de 31-05-2020

    SECÇÃO: História


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    ACONTECEU HÁ UM SÉCULO (14)

    Nascimento do Papa João Paulo II

    Karol Wojtyla nasceu na Polónia (Wadowice), no dia 18 de maio de 1920, faz agora um século, e aí viveria até à idade adulta.Com o nome de João Paulo II seria o 264.º Papa da Igreja Católica. Teve o terceiro pontificado mais longo de sempre, pouco mais de um quarto de século (quase 27 anos): iniciado a 16 de outubro de 1978, terminou com a sua morte no dia 2 de abril de 2005. A sua eleição, à 7.ª tentativa, contou a favor 97 dos 111 votos do Colégio de Cardeais. Após a sua morte seria canonizado e uma das primeiras imagens de S. João Paulo II encontra-se no Santuário de Santa Rita, nesta cidade.

    IMAGEM DE S. JOÃO PAULO II NA SANTA RITA (Foto de Alberto Blanquet)
    IMAGEM DE S. JOÃO PAULO II NA SANTA RITA (Foto de Alberto Blanquet)
    karol Wojtyla nasceu num momento em que a Polónia se “levantava” das cinzas da Primeira Guerra Mundial e se afirmava como país independente. O fim da Guerra, com a Alemanha derrotada e a Rússia leninista a desistir do grande conflito, foi a melhor oportunidade para a afirmação autónoma do estado polaco. Mas, entretanto, sobreveio novo conflito com o exército vermelho, de que sairia vencedora a Polónia (em 1921).

    Aquando da ocupação nazi, no período da 2.ª Guerra Mundial (recordo que este conflito começou precisamente com a invasão da Polónia por parte do exército nazi, no dia 1 de setembro de 1939), o jovem Karol, na casa dos 20 anos, foi condenado a trabalhos forçados numa mina e numa fábrica de produtos químicos. Karol Wojtyla foi operário, como seu pai, tendo trabalhado numa fábrica de Cracóvia, ao mesmo tempo que desenvolvia os seus estudos secundários e superiores (a partir de 1942 frequentou um seminário clandestino em Cracóvia).

    Ordenou-se passado pouco mais de um ano do fim da guerra, tinha 26 anos (em 1 de novembro de1946). Depois de ordenado sacerdote foi para Roma, onde em 1948 concluiu o doutoramento em Filosofia. No dia 28 de setembro de 1958 foi sagrado bispo. Chegou a ser professor de ética e de teologia no ensino superior. No dia 26 de junho de 1967 foi sagrado cardeal por Paulo VI, o 1.º Papa a visitar Portugal, no dia 13 do mês anterior (maio), para presidir à cerimónia do 50.º aniversário das Aparições de Fátima.

    Karol Wojtyła participou ativamente no Concílio Vaticano II, ao lado dos bispos portugueses D. António Ferreira Gomes e D. Sebastião de Resende.

    Aquando da sua eleição, a imprensa portuguesa trouxe, naturalmente, o assunto à primeira página. O “Diário de Lisboa” de 17 de outubro de 1978, por exemplo, dá assim a notícia da sua eleição: “Novo Papa foi operário e resistente antinazi” «A Igreja Católica tem um novo Papa: o cardeal Karol Wojtyla de Cracóvia, Polónia, nascido em 18 de Maio de 1920. Eram ontem 18 horas e 18 minutos na cidade do Vaticano (17 e 18 em Lisboa) quando da chaminé da Capela Sixtina saiu fumo branco. Tratava-se da sétima votação do Conclave». Curiosa é a passagem seguinte, onde imediatamente após se dar nota da grande alegria que experimentou a multidão que enchia a Praça de S. Pedro, no Vaticano, ao saber da validade da eleição, esse estado de espírito alterou-se ao saberem a identificação do eleito: «a multidão irrompeu em aplausos, lançando chapéus e lenços no ar. Muitos caíram de joelhos, orando e chorando. Contudo, a atitude da multidão pareceu modificar-se um pouco quando o cardeal Felici anunciou que o novo Papa era um cardeal polaco». Mas a vida do Papa que agora é santo, não daria razão para esta hesitação, bem pelo contrário, revelar-se-ia, um excelente Papa, um excelente Cristão, um excelente Homem. Mas isso só se saberia um quarto de século depois.

    Recordemos, agora, as três visitas oficiais que fez a Portugal. Veio, pela primeira vez, de 12 a 15 de maio de 1982, para agradecer a Nossa Senhora de Fátima ter-se salvo, no dia 13 de maio do ano anterior, de um atentado que sofreu no Vaticano (a bala do atentado deixou-a na coroa de Nossa Senhora de Fátima). Chegou a Lisboa ao princípio da tarde de 12 de maio de 1982, sendo recebido pelo Presidente da República (Ramalho Eanes) e pelo Primeiro-Ministro (Pinto Balsemão). Presidiu no dia seguinte às cerimónias do 65.º aniversário das Aparições na Cova da Iria, mas antes, na véspera, à noite, durante a Procissão das Velas, teve um grande susto quando o jovem padre espanhol Juan Krohn o tentou esfaquear, no que foi impedido pela polícia que o manietou e prendeu de imediato.

    NA SUA PRIMEIRA VINDA A PORTUGAL (MAIO DE 1982) ESTEVE NO PORTO ONDE CELEBROU MISSA, FRENTE À CÂMARA MUNICIPAL PARA UMA MULTIDÃO QUE ENCHIA A AVENIDA DOS ALIADOS E A PRAÇA DA LIBERDADE
    NA SUA PRIMEIRA VINDA A PORTUGAL (MAIO DE 1982) ESTEVE NO PORTO ONDE CELEBROU MISSA, FRENTE À CÂMARA MUNICIPAL PARA UMA MULTIDÃO QUE ENCHIA A AVENIDA DOS ALIADOS E A PRAÇA DA LIBERDADE
    Nove anos depois, mais concretamente de 10 a 13 de maio de 1991, João Paulo II voltou a Portugal, esteve em Fátima, mas também em Lisboa (onde se encontrou, no Estádio do Restelo, com os jovens), nos Açores e na Madeira.

    A sua última visita ao nosso país foi mais breve, decorreu nos dias 12 e 13 de maio de 2000, e serviu para divulgar o Terceiro Segredo de Fátima e beatificar, no dia 13 de maio, os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, que haviam falecido pela pneumónica, em 1919 e 1920, respetivamente.

    (...)

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    Por: Manuel Augusto Dias

     

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