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    Arquivo: Edição de 31-07-2017

    SECÇÃO: Destaque


    ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2017

    Catarina Martins frisou em Valongo que são agora as autarquias a terem a palavra para travar plantação de eucalipto

    Fotos ALBERTO BLANQUETT
    Fotos ALBERTO BLANQUETT
    Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), esteve ao final da manhã de 22 de julho último de visita a Valongo, mais concretamente ao Parque das Serras do Porto. Junto ao Centro de Interpretação Ambiental, a líder bloquista abordou o tema da reforma florestal aprovada no Parlamento e a necessidade de as populações participarem na definição dos Planos de Ordenamento Florestal a nível concelhio. Catarina Martins começaria por sublinhar que «todos percebemos o problema quando vemos que aqui mesmo arderam 2 mil hectares de eucalipto o ano passado. Depois, nada foi feito, e mais eucalipto cresceu no mesmo sítio». Lembrou posteriormente que o «trabalho para travar a plantação do eucalipto não está feito», acrescentando que «compete agora às autarquias decidir que áreas podem ter, ou não, essa espécie». «Aprovámos na Assembleia da República alterações às regras florestais, que limitam a área do eucalipto. Agora vai ser preciso, nas autarquias, passar os planos de ordenamento florestal para os planos diretores municipais (PDM). Neste momento, em cada concelho, vai-se poder decidir que áreas podem ter ou não eucalipto. É um trabalho que sai do parlamento e chega agora às autarquias», referiu.

    A reforma florestal aprovada no dia 19 de julho em sede parlamentar garante uma moratória que não permite novas plantações de eucalipto, bem como obriga a uma redução em casos de permuta de plantações e, nestes casos, «não pode haver novas plantações de eucaliptos antes de os PDM's incluírem os Planos de Ordenamento Florestal. Ninguém pode plantar eucalipto sem ouvir primeiro as populações», explicou a bloquista.

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    A visita de Catarina Martins ao Parque das Serras do Porto inseriu-se numa ação conjunta das candidaturas do BE às autarquias de Valongo, Gondomar e Paredes, precisamente os três concelhos que o referido parque, com quase 6 mil hectares de zona verde, abrange. A visita foi acompanhada pelos cabeças de lista às três câmaras municipais: Nuno Monteiro (Valongo), Paulo Teles (Paredes) e Rui Nóvoa (Gondomar), bem como por outros integrantes das listas de candidatura a estes três concelhos, sendo de destacar a presença de Carla Sousa, a cabeça de lista à Junta de Freguesia de Ermesinde. Rui Nóvoa assumiu o papel de porta-voz da declaração conjunto das três candidaturas, lembrando que o Parque das Serras do Porto foi classificado em março deste ano como Paisagem Protegida Nacional, acrescentando «que tal património deve ser objeto de uma gestão integrada, concertando interesses, estratégias e propondo novas formas de promover a interação harmoniosa entre o ser humano e a natureza, na qual os Municípios de Gondomar, Paredes e Valongo assumem um papel ativo na concretização do estudo, conservação, valorização e usufruto deste território». Apesar de se congratularem com a criação deste parque, os bloquistas mostram-se contudo preocupados com o panorama da floresta em Portugal, apontando o Distrito do Porto como «o campeão nacional de ignições e fogos florestais», acrescentando que em 2016 nos três concelhos que constituem o Parque das Serras do Porto arderam quase 2 mil hectares. «Este é para nós um projeto de maior importância e é com muita preocupação que verificamos que pouco ou nada tem sido feito ao percorrermos todo este território, em que verificamos que grande parte desta área é ocupada por eucaliptos e arbustos invasores. É preciso que este projeto tão importante para a Área Metropolitana do Porto passe a ser uma realidade o mais rápido possível», frisaram os bloquistas, que lançaram ainda algumas críticas ao facto de o Centro de Interpretação Ambiental de Valongo estar encerrado ao público a um sábado de manhã.

     

     

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