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ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2017

José Manuel Ribeiro apresentou a sua recandidatura à liderança da Câmara Municipal de Valongo

Fotos ALBERTO BLANQUETT

Antes dos discursos foram apresentados um a um os candidatos do PS aos órgãos autárquicos de Valongo, sendo eles Luís Fernandes (cabeça de lista à Junta de Freguesia de Alfena), Alfredo Sousa (que se recandidata para mais um mandato à frente dos destinos da Junta da União de Freguesias de Campo e Sobrado), João Morgado (candidato à Junta de Freguesia de Ermesinde) e Ivo Vale Neves (que também se recandidata à liderança da Junta de Freguesia de Valongo). A estes juntaram-se em palco os mandatários da candidatura socialista, mais concretamente Jacinto Soares e a Ana Marta Ferreira (esta na qualidade de mandatária da juventude).

Mas a grande ovação da tarde foi para José Manuel Ribeiro, «um presidente moderno, virado para o futuro, e que tem na prestação de contas uma das marcas da sua governação», assim se referiu Manuel Pizarro ao autarca valonguense. Na sua intervenção, o também candidato socialista à liderança da Câmara Municipal do Porto aproveitaria a presença de Eduardo Cabrita para expressar publicamente o orgulho no trabalho que vem sendo realizado pelo Governo de António Costa, «um trabalho que está a recuperar a confiança das pessoas e a devolver-lhes a esperança", disse Pizarro. Sobre as próximas eleições autárquicas, o presidente da Federação Distrital do PS/Porto mostrou-se otimista em relação a uma nova vitória do seu partido em Valongo, otimismo que na sua voz se deve ao trabalho realizado por José Manuel Ribeiro e a sua equipa ao longo do atual mandato, evocando o facto de o edil valonguense governar sem maioria e «mesmo assim ter tido a capacidade de negociar com todos e levar a agenda de Valongo a “bom porto”. José Manuel Ribeiro apostou nas pessoas em primeiro lugar, encontrou soluções na questão do saneamento financeiro da CMV; fez um esforço tenaz para colocar Valongo no mapa das escolas secundárias, que vergonhosamente no passado tinham sido colocadas fora da lista de escolas a serem intervencionadas; lutou para que finalmente o Centro de Saúde de Campo esteja hoje a ser construído, e tenho a certeza de que com José Manuel Ribeiro vamos ter também o novo Centro de Saúde de Alfena», disse Pizarro. A terminar, o líder da Distrital socialista vincou novamente o facto de José Manuel Ribeiro ser «um presidente que presta contas aos cidadãos, promovendo dessa forma uma sociedade democrática, que apela ao debate e à participação das pessoas. É assim que se deve fazer política», rematou.

Por seu turno, Eduardo Cabrita começou por fazer um retrato do que é para si hoje o país, fruto da governação PS, «um país onde passamos do descrédito ao reconhecimento a nível europeu», disse, apontando em seguida alguns indicadores que sustentam essa sua visão, entre outros o facto de termos a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 10 anos e de o défice atual ser o mais baixo de toda a história da democracia.

Sobre José Manuel Ribeiro, o Ministro Adjunto lembrou os tempos em que o atual presidente da Câmara foi deputado na Assembleia da República, «um deputado empenhado, exemplar, que sempre manifestou gosto no trabalho que fazia, mas que nunca escondeu que a sua paixão era Valongo e que queria desenvolver o seu trabalho ao serviço deste concelho», disse. Eduardo Cabrita teceu rasgados elogios à forma como o autarca «colocou Valongo no mapa», dando o exemplo das áreas da Educação e da Saúde «que com José Manuel Ribeiro voltaram a ser uma prioridade neste concelho».

Também Ana Catarina Mendes iniciou a sua intervenção com uma alusão ao cenário atual do país, manifestando o seu orgulho na mudança de política que o Governo PS tem efetuado. «Demonstramos que é possível conciliar finanças com pessoas, e ao mesmo tempo criar emprego e dinamizar Portugal», disse. Endereçou em seguida rasgados elogios ao trabalho desenvolvido por José Manuel Ribeiro ao leme do nosso concelho, «mudou Valongo», acrescentando ainda que a ação do autarca tem contribuído para a credibilização da política junto dos cidadãos.

«HOJE, VALONGO

FAZ MUITA COISA DIFERENTE»

E ver tanta gente aqui que não é do PS significa também que estamos no bom caminho, significa que estamos a fazer aquilo o que se espera de um partido político: um partido que governe para todos».

Seguidamente efetuou uma «espécie (de exercício) de prestação de contas», no sentido de fazer um balanço dos quase quatro anos que leva de mandato à frente da autarquia. Referiu então que ele e a sua equipa fizeram no concelho muito mais do que prestar contas: «hoje, Valongo faz muita coisa diferente, e em Valongo nós cumprimos com aqueles que são os princípios que marcam as candidaturas do PS às autarquias. E quando fomos eleitos uma das primeiras coisas que me comprometi a fazer foi que nos iríamos comportar como inquilinos da Câmara e não como proprietários. Na maior parte das vezes quem exerce funções (autárquicas) comporta-se como um proprietário e não como um inquilino da causa pública, e isso está a minar a relação e a confiança dos cidadãos com os eleitos», disse.

Ainda olhando para trás, José Manuel Ribeiro lembrou que no início do seu mandato encontrou um concelho «que não falava de si próprio, uma Câmara que não comunicava, um concelho que acumulou imensos problemas, que andava há 15 anos a discutir a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), uma Câmara que não tinha um processo desmaterializado, uma Câmara que pagava em média a 140 dias, uma Câmara que não falava do património que temos. Estávamos condenados a ser um dormitório, uma periferia do Grande Porto, e isso magoava-nos a todos. Era doloroso perceber que um concelho com esta riqueza não soubesse projetar aquilo que tem de melhor: as pessoas e o seu património», recordou José Manuel Ribeiro, acrescentando que com muito trabalho ele e a sua equipa começaram a inverter este cenário. «Não conseguimos cumprir tudo, não foi possível, mas cumprimos com mais de 90 por cento dos nossos compromissos», sublinhando, entre outros objetivos cumpridos, a conclusão da revisão do PDM, a desmaterialização dos processos da Câmara Municipal de Valongo e a implementação da contabilidade de custos, facto que, de acordo com o autarca, e agora novamente candidato, permite à Câmara de Valongo ter «um nível de transparência que é único em Portugal».

Por: MB