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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 28-02-2017

    SECÇÃO: Destaque


    Enterro do João está mais vivo do que nunca na cultura tradicional ermesindense

    BOAS NOITES MEUS SENHORES

    CONTINUAMOS A TRADIÇÃO

    DE FAZERMOS O FUNERAL

    AO NOSSO AMIGO JOÃO

    OBRIGADO AOS PRESENTES

    QUE VIERAM COM EMOÇÃO

    É POR VOCÊS QUE EM ERMESINDE

    SE FAZ O MAIOR ENTERRO DO JOÃO

    (…)

    LÁ POR TERRAS DO MÉXICO

    HÁ QUEM DIGA QUE FICOU RICO

    POIS AO SEU PATRÃO TRUMP

    ANDOU SEMPRE A DAR O MICO

    PARA FAZER O MURO NO MÉXICO

    METEU MILHÕES NA MALA

    FICOU COM ELES TODOS

    POIS JÁ HAVIA MURO NA GUATEMALA

    É PRECISO UM PORTUGUÊS

    PARA CADA TRABALHO NO MUNDO

    MAS COM ESTE JOÃO BASTARDO

    OS SUBMARINOS FICARAM NO FUNDO

    (…)

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    É caso para dizer que a tradição está mais viva do que nunca, atendendo às notas que tirámos de mais um Enterro do João. Enredo carnavalesco com longa e forte tradição nas gentes de Ermesinde, decorreu entre 26 e 28 de fevereiro (nota: no sentido de cobrir este evento a presente edição foi fechada apenas no dia 1 de março), e registou uma assinalável adesão, quer por parte do povo da cidade, quer por parte das forças vivas desta (e quando nos referimos a forças vivas aludimos às coletividades e entidades que se juntaram à festa carnavalesca - organizada pela Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE) - e que mais do que darem um colorido diferente ao enredo fazem com que ele se mantenha bem vivo). Este ano foram 10 as associações/entidades que com 21 carros alegóricos, deram vida ao desfile que, no primeiro dia de festa, e após a chegada à estação do nosso amigo João, percorreram diversas ruas da nossa cidade. Foram elas: a Associação Desportiva e Recerativa da Gandra; Saibreiras Bairro D'Artes, a Associação Ermesinde Cidade Aberta; a Associação de Pais da Escola Básica do Carvalhal; a União da Bela; a União da Formiga; a Associação Sójovem; a Escola Secundária de Ermesinde; a Associação Académica e Cultural de Ermesinde; e Associação de pais da Escola Básica da Bela. Todas elas deram azo à sua criatividade na decoração dos carros alegóricos, recorrendo a temáticas do quotidiano (de âmbito político - e aqui não faltou uma alusão ao famoso Muro de Donald Trump -, desportivo, ou social) que provocavam a gargalhada nos muitos transeuntes que, na berma da via pública, acompanhavam o cortejo. O primeiro prémio para o carro mais original foi arrecadado pela Associação de Pais da Escola Básica do Carvalhal.

    Nos dois dias seguintes, as atenções centraram-se no popular cidadão local João, com o enredo a seguir a sua tradicional linha, isto é, o velório na noite de 27, e o julgamento e a posterior queima na noite de 28. E lá estava a Maria Rambóia, a viúva alegre do nosso João, e a guardiã viva desta antiga tradição. Tal como no ano passado, o S. Pedro também quis participar na festa e obrigou a que à última da hora a JFE tivesse de utilizar o seu barracão (na zona da Resineira) para acolher o velório - inicialmente agendado para o largo da antiga feira de Ermesinde - e o sempre concorrido julgamento e a queima - atos programados para um palco que foi montado na zona da Resineira - para prosseguir a festa. Mas nem a chuva afastou a população, sobretudo na última noite, ou não fossem as peculiares deixas (este ano foram 101) do julgamento um dos pontos altos do enredo. Aqui deixamos uma ou outra, acompanhadas de algumas imagens de uma tradição que provou que está bem viva na cultura tradicional local.

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