Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 31-03-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 30-06-2016

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    Alfena levantou a voz à Câmara de Valongo

    Foto CMV
    Foto CMV
    Antevia-se quente a reunião pública da Câmara Municipal de Valongo (CMV) de 16 de junho último, desde logo pelo facto de ter como palco a cidade de Alfena - mais concretamente o seu centro cultural -, freguesia que, como é do domínio público, não vive por estes dias em harmonia com a autarquia valonguense. E as previsões iniciais confirmaram-se naquela que foi mais uma sessão descentralizada do Executivo camarário. A primeira voz que saiu em defesa de Alfena contra a equipa que gere os destinos da Câmara, e mais em concreto para com o presidente da edilidade, foi a de César Vasconcelos. O vereador do PSD lançaria então duras críticas a José Manuel Ribeiro, começando por referir que enquanto membro da Assembleia Municipal de Valongo o atual presidente do Município havia tirado um «coelho da cartola» pelo facto de ter sido, na altura, o proponente da elevação de Alfena a cidade, mas que assim que chegou à presidência da Câmara tudo se alterou. Elencou em seguida alguns pontos no sentido de sustentar esta sua visão crítica sobre o trabalho do edil em Alfena, entre outros o facto daquela freguesia parecer atualmente um "queijo suíço" dado o estado de degradação em que algumas das suas artérias se encontram; a passividade com que o presidente da CMV tratou do processo do buraco na A41; ou o facto de a autarquia ter deixado cair em "saco roto" a proposta apresentada pelo PSD para a elaboração de um estudo no sentido de levar por diante a criação de Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) em Ermesinde e em Alfena (ao abrigo das candidaturas ao programa de fundos comunitários). «O senhor presidente não deve confundir Alfena a terra do brinquedo com Alfena a terra das brincadeiras. Está na altura de tratar esta freguesia como ela merece», rematou o vereador social-democrata.

    Novas críticas à Câmara surgiram já na parte final da sessão, após a conclusão da Ordem de Trabalhos, vindas não só da parte dos poucos populares presentes, mas também do presidente da Junta de Freguesia de Alfena (JFA), Arnaldo Soares. Num discurso que segundo o mesmo iria ser cordial, já que aquela não seria a ocasião apropriada para o presidente da JFA dizer de sua justiça, avisando, porém, que iria colocar em cima das mesas as reivindicações da sua freguesia na sessão da AMV de 30 de junho, o presidente da Junta não deixou contudo de usar de alguma ironia, ao dizer que é difícil manter a calma quando se está em Alfena, quando diariamente contacta com a população e conhece os problemas que esta enfrenta no sua dia-a-dia.

    Por sua vez, José Manuel Ribeiro, sublinharia que jamais se iria arrepender de ter sido o proponente para a elevação de Alfena a cidade, reconhecendo, contudo, que nesta freguesia há ainda muito trabalho a fazer, mas que nem todas as críticas que lhe haviam sido dirigidas eram justas. E dirigindo-se a César Vasconcelos começou por salientar que no que se referia à A41 havia acompanhado do princípio ao fim todo o processo, que tinha abordado o problema inúmeras vezes na tentativa de o resolver e de assim defender o interesse público do concelho e dos alfenenses em particular. Quanto ao mau estado das ruas, referiu que estas não ficaram degradadas desde que ele havia chegado à presidência, salientando no entanto que a autarquia tem realizado intervenções (de reparação) em diversas artérias, e que só não avança para mais intervenções porque não há dinheiro! Quanto à questão da ARU, o edil explicou que há muito que a Câmara tinha na sua posse um estudo em fase avançada sobre a ARU do eixo antigo da freguesia de Valongo, trabalho esse que assim que foram abertas as candidaturas aos programas de fundos comunitários foi de pronto aproveitado, acrescentando que a autarquia não podia correr o risco de não estar preparada para apresentar um projeto assim que as candidaturas aos fundos comunitários abrissem, sob pena de perder esta oportunidade de financiamento. A recente inauguração do Espaço Multiusos de Alfena e a futura Oficina de Promoção do Brinquedo Tradicional - projeto este cuja concretização o edil recordaria que será suportada com financiamento comunitário - foram dois exemplos dados por José Manuel Ribeiro no sentido de contrariar a opinião de que a Câmara não tem investido em Alfena.

    DUAS FAMÍLIAS DE REFUGIADOS

    SÍRIOS VIVEM EM ERMESINDE

    O período de antes da Ordem do Dia seria ainda aproveitada pela vereadora social-democrata Maria Trindade Vale para confrontar a Câmara com o facto de que duas famílias sírias já se encontravam a viver em Ermesinde ao abrigo do programa de apoio a refugiados, querendo por isso saber como estava a correr essa integração. Na resposta, a vereadora responsável pelo pelouro da Ação Social, Luísa Oliveira, confirmou esse facto, referindo que esse acolhimento havia sido feito por duas instituições daquela freguesia, nomeadamente o Centro Social de Ermesinde e a Associação Ermesinde Cidade Aberta, e que quanto à integração dessas famílias ela estava a correr bem, apesar de este acolhimento ser ainda recente, uma vez que nem há um mês os refugiados estavam a viver em Ermesinde.

    Por: MB

     

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].