Novos eleitos municipais tomaram posse
Decorreram, numa cerimónia em dois passos sucessivos, realizados na passada quinta-feira dia 17 de outubro, no Fórum Cultural Vallis Longus e no Salão Nobre da Câmara Municipal de Valongo, a cerimónia de tomada de posse e instalação dos eleitos para a Câmara e Assembleia Municipal de Valongo e a primeira reunião desta mesma assembleia, onde, por voto secreto foi eleita – e por unanimidade – a sua Mesa.
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Foto ALBERTO BLANQUETT |
Cheio como um ovo, de tal modo que muitas pessoas tiveram de ficar da parte de fora do Auditório António Macedo do Fórum Vallis Longus, a cerimónia oficial iniciou-se com a tomada de posse dos membros da Assembleia Municipal de Valongo, que foram chamados por ordem de eleição, sendo por isso o primeiro a ser chamado Abílio Vilas Boas (que curiosamente seria também o primeiro se a chamada fosse por ordem alfabética). Por fim entre os membros da Assembleia, foram chamados a tomar posse os eleitos por inerência, presidentes de Junta de Freguesia de Alfena, Campo/Sobrado, Ermesinde e Valongo.
Depois, por ordem inversa de eleição, foram chamados os eleitos para a Câmara Municipal de Valongo, a culminar no entusiasticamente aplaudido pela numerosa plateia presente José Manuel Ribeiro.
De facto, ao ser anunciado o seu nome, ouviu-se a mais sonora salva de palmas, a qual só teve aproximação na forma como foi recebido pela plateia o novo presidente da Junta de Freguesia de Valongo, Ivo Vale Neves.
Dada a posse aos eleitos foi a vez do novo presidente da câmara, José Manuel Ribeiro, usar da palavra numa muito breve alocução que a sucessão dos atos impunha, primeiro para cumprimentar todos os eleitos e todos os que ali cessavam as suas funções, e depois para afirmar que iria gerir a Câmara com humildade, e que tinha sido eleito para unir os valonguenses e não o contrário.
Caracterizando o melhor do concelho José Manuel Ribeiro garantia ir fazer o seu melhor para o seu desenvolvimento, para o que contava com todos e em particular com os empresários e com o movimento associativo.
Nesta cerimónia usou também da palavra o presidente cessante da Assembleia Municipal, que destacou o empenho de todos os deputados municipais e a colaboração particular dos líderes de todas as bancadas, apresentando depois um voto de louvor à funcionária Isabel Pereira, que diligentemente secretariou os trabalhos deste órgão.
Além das muitas personalidades do concelho presentes à cerimónia, podiam ver-se entre a assistência destacados militantes socialistas, como José Luís Carneiro (presidente da Distrital e presidente da Câmara de Baião) e Joaquim Couto (presidente da Câmara de Santo Tirso) e ainda o ex-presidente da Câmara de Matosinhos, Narciso Miranda.
ELEIÇÃO DA MESA DA ASSEMBLEIA
Os eleitos partiram depois dali para o vizinho edifício sede da Câmara Municipal de Valongo, onde se realizou a primeira reunião da Assembleia Municipal.
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Foto MANUEL VALDREZ |
Presidida no início por Abílio Vilas Boas enquanto cabeça da lista mais votada, o qual acusou alguma muito natural falta de experiência nos procedimentos formais ao longo deste ato, o agora autarca convidou para o apoiar nesta fase os deputados municipais Jerónimo Pereira, do PSD, já no mandato anterior membro da Mesa, e Ana Maria Rodrigues, do PS, que constituíram assim uma Mesa provisória, e colocou à consideração dos presentes a possibilidade da escolha uninominal dos futuros membros da mesa ou a escolha em lista, tendo entretanto Diomar Santos apresentado uma lista que coincidia inteiramente com a Mesa provisória – Abílio Vilas Boas, Jerónimo Pereira e Ana Maria Rodrigues.
Seguiu-se então um pequeno intervalo necessário para proceder à preparação da votação e, de seguida, foram todos os deputados municipais presentes chamados a participar na votação secreta.
Apurados os resultados verificou-se terem sido eleitos por 30 votos a favor, todos quantos os deputados municipais presentes (em 31 eleitos, com um ausente, salvo erro o socialista Miguel Cardoso).
Algumas curiosidades relativamente aos mandatos: na CDU Adelino Soares deve ocupar lugar na Assembleia (tomou posse aliás), mesmo se foi também eleito para a Assembleia de Freguesia de Ermesinde, o que será confirmado se não houver qualquer incompatibilidade caso seja eleito membro da Junta de Freguesia Adelino Soares, e não Gabriel Tomás, que era o terceiro da lista; no CDS, apesar de ter tomado posse, Henrique Campos Cunha dever ceder o seu lugar ao n.º 2 da lista, Luís Portas. E na coligação PSD/PPM, o monárquico Paulo Basto fica de fora, entrando para a Assembleia Octávio Pereira, que tomou posse, demonstrando-se assim que o uso da sigla do PPM era um mero pró-forma para o PSD não aparecer sozinho, tentando não arcar muito com as custas de um símbolo associado à governação, como seria a candidatura única do PSD.
Após a eleição formal da Mesa, o confirmado presidente Abílio Vilas Boas deu a palavra aos deputados que dela quisessem usar, mas apenas o socialista Armando Baltazar dela fez uso.
Retirando cuidadosamente de um saquinho de plástico uma chávena sem asa, Armando Baltazar comentou que apesar daquela falta a chávena continuava a poder servir perfeitamente para beber, usando essa imagem para se referir à sua condição de portador de deficiência (auditiva), destacando a importância da eleição de uma pessoa como ele no necessário combate pela inclusão que a todos competia. Excecionalmente a Assembleia recebeu a sua intervenção com uma ovação.
Armando Baltazar foi apoiado durante a tomada de posse e a reunião da Assembleia Municipal, por uma intérprete que passava para língua gestual tudo o que se ia passando. Será assim que o deputado municipal poderá participar nos trabalhos do órgão para que foi eleito.
Por:
LC
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