DECO aconselha consumidores da televisão a reclamar se tiverem problemas de sinal
O tempo mais seco e quente aumenta o efeito das interferências próprias da rede. Se a televisão continuar com problemas ou os tele-espetadores forem surpreendidos nas férias com a má qualidade de receção do sinal TDT, a DECO apela a que os consumidores preencham o seu formulário de reclamações.
Refere aquela entidade: «Temos recebido queixas de vários consumidores. Se a emissão em sua casa também apresenta falhas, reclame no formulário online. Reencaminharemos as situações à Portugal Telecom (PT) e daremos conhecimento à ANACOM.
Desde fevereiro último, já recebemos mais de 3 500 reclamações sobre TDT sem qualidade e obtivemos uma reação da PT a mais de 1500 reclamações, numa mudança mal preparada e com falhas sucessivas, para as quais temos alertado. Problemas no som e na imagem ou interrupções prolongadas na emissão ainda afetavam 62% dos lares com televisão digital terrestre, segundo o nosso último inquérito
a 1714 portugueses.
Em vez de obrigar a PT a reforçar a cobertura, a ANACOM autorizou-a a utilizar frequências adicionais para difundir o sinal TDT. Mas aquela entidade reguladora já admitiu não estar segura de que a instabilidade seja resolvida.
A configuração de rede em Portugal é um dos motivos para os problemas. Como a maior parte do País é servida pelo mesmo canal de transmissão (CH56), em cada local, é possível que, além dos sinais do emissor mais próximo, capte sinais de emissores distantes. Se estes estiverem a mais de 67 km provocam interferência no sinal, como pixelização ou perdas de fluidez ocasionais, e até falha total
de receção nalguns períodos. As condições do verão, com tempo quente e seco, aumentam a probabilidade de má qualidade de sinal, devido à maior propagação dos sinais de emissores distantes que interferem na receção.
A DECO apela a que os consumidores lhe façam chegar o seu descontentamento e não adiem a reclamação. A pressão de todos poderá desempenhar um papel importante
na reestruturação da rede, planeada para 2017, com uma solução multifrequência por região no País.
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