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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-07-2013

    SECÇÃO: Opinião


    Não havia necessidade

    Como podem verificar os eleitores de Ermesinde, a “caça” aos votos já começou. A campanha autárquica promete ser longa, os gastos elevados, as promessas abundantes, mas, quanto à resolução dos problemas da cidade, como dizia o outro, a ver vamos.

    Não há campanha eleitoral, em que alguns signatários (PSD, PS e CDS) apregoem que vão ser contidos nos seus gastos, pois estamos em crise e temos, dizem eles, que dar o exemplo. Ora como podem verificar os eleitores de Ermesinde, mais uma vez a promessa não é cumprida, é vida como dizia o outro, eu contradigo e digo, é a sua “vida”.

    É certo que alguns cartazes, por mais que estiquem, menos se deslumbra a sigla do partido. Isto pode levar a confusão a alguns eleitores, pois a cara que está espalhada pela cidade não aparece no boletim de voto, e pode ser uma das causas do desaire que se adivinha.

    Vem tudo isto a propósito de um cartaz, que foi colocado por um dos candidatos em frente ao edifício que aloja a Casa do Povo, a Segurança Social e os Serviços Médicos.

    A sua colocação naquele sítio contraria o regulamento camarário e a própria lei 97/88, quanto à postura que regulamenta a afixação de publicidade e propaganda política, mas mais do que isto é um atentado urbanístico e também imoral.

    Urbanístico, porque foi colocado em cima do edifício, e a sua envergadura tapa a visibilidade de fora para dentro do edifício e vice-versa.

    Imoral, pois o que podem pensar os utentes do centro de dia da Casa do Povo e os seus dirigentes que todos os dias se debatem com dificuldades financeiras para minorar as dificuldades dos carenciados?

    Imoral, pois o que podem pensar os utentes da Segurança Social que todos os dias se debatem, com os cortes nas suas pensões, no subsidio de desemprego e no subsidio de doença?

    Imoral, pois o que podem pensar os utentes do SNS, que todos os dias têm dificuldade em ter médico a tempo e horas, e todos os dias, lhes aumentam as taxas das consultas e exames médicos?

    Pois a moral da história é que a crise é paga sempre pelos mesmos, os mais desfavorecidos. Quanto aos responsáveis políticos, lá vão gastando “rios de dinheiro” em propaganda e mandando às malvas a moralidade política.

    Imaginemos pois, que os restantes partidos tinham o mesmo financiamento e como, ainda há passeio livre, colocavam também lá a sua propaganda. Aja limites e decência política.

    Que fique claro, que nada me move pessoalmente contra João Paulo Baltazar, tenho por ele estima pessoal, que julgo ser recíproca, e das referências que tenho posso afirmar que tem sensibilidade social. As divergências são do foro político e do conhecimento público.

    Por fim, desejo uma boa campanha a todos, que discutam os problemas da cidade e do concelho, as suas soluções e que no fim, os eleitores não votem pelo tamanho dos cartazes, mas sim pelas propostas e pela valia do trabalho executado, eu por mim, já decidi o meu sentido de voto.

    Por: José Caetano (*)

    (*) Ex-Autarca eleito pela CDU

     

     

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