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“Menina” Associação Académica e Cultural de Ermesinde comemorou 14 anos

Foto PAULO MOREIRA

Antecedida por um alegre apontamento musical “protagonizado” pelo acordeão de Domingos Lima – um dos carismáticos elementos da associação –, que afinava o instrumento para a esperada atuação do grupo de música tradicional da AACE – um dos grandes atrativos desta noite festiva, como mais tarde se viria a confirmar – a festa teve início com a subida ao palco do grupo de fados da associação que pela voz de Fátima Franco, Miguel e Melita deu vida a alguns clássicos da canção que é património imaterial da Humanidade.

Finda esta muito aplaudida atuação fez-se um pequeno intervalo, oportunidade para os corpos sociais da AACE proferirem algumas palavras de ocasião, cabendo à presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG) da associação, Helena Sampaio, o papel de porta-voz, digamos assim, da sessão solene. Filha de um dos históricos fundadores da AACE, Faria Sampaio, a atual presidente da Mesa da AG começou precisamente por recordar a ligação que estabeleceu com a associação desde o primeiro dia em que esta viu a luz do dia, intitulando-se de lá para cá como uma associada atenta ao pulsar da sua vida. E por falar em vida frisaria que os caminhos desta são feitos de bons e maus momentos, e que é a forma como são encarados os problemas que levam ao crescimento, encaixando nesta sua linha de pensamento a própria AACE, associação que tem conseguido contornar as dificuldades que pelo caminho se lhe têm deparado ao longo destes 14 anos, sendo hoje «uma adolescente com sangue na guelra», metaforizou Helena Sampaio. Cenário só possível graças ao empenho de todos os seus associados – que na sua voz são bem mais do que isso, são na verdade uma grande família – e amigos – onde enquadrou o poder político local –, endereçando-lhes um enorme obrigado.

O ELOGIO DO PODER POLÍTICO

Como já foi dito no início entre os convidados vislumbraram-se alguns rostos ligados ao poder político local. Um deles foi o presidente da JFE, Luís Ramalho, que no uso da palavra se referiu à AACE como uma casa que lhe é muito familiar e onde se sente bem. Enalteceria a associação, classificando-a como um parceiro fundamental – ao longo dos últimos anos – para a Junta por si presidida no que concerne à edificação de atividades culturais, tecendo ainda rasgados elogios aos seus dirigentes, em especial ao presidente da Direção, Alberto Mateus, a quem “solicitou” um forte aplauso pelo trabalho desenvolvido, trabalho esse – no qual inseriu os restantes dirigentes e associados – «que é uma honra para a cidade de Ermesinde», finalizou o autarca.

A representar a CMV esteve o vereador Arménio Pedro, que em nome do presidente da autarquia – ausente devido a outros compromissos profissionais – começou por endereçar os parabéns à associação, confessando que apesar de ser novo por “aquelas bandas” rapidamente se sentiu em casa assim que cruzou a porta de acesso ao interior da sede da AACE, percebendo de imediato que estava diante de uma associação plena de vitalidade.

Terminados os discursos cantaram-se então os parabéns à “menina” AACE, com o habitual corte de bolo e um brinde a não mais 14 anos mas antes a mais 140 anos de vida, conforme havia desejado minutos antes o vereador Arménio Pedro.

A noite terminou em beleza com a atuação do cada vez mais popular grupo de música tradicional portuguesa da AACE, agora denominado de “Toca a Tocar”.

As festividades teriam continuidade na noite seguinte (20 de abril), desta feita no Fórum Cultural de Ermesinde – cuja lotação se encontrava esgotada há mais de uma semana! –, espaço que acolheu um espetáculo intitulado de “Canções de Sempre”, o qual contou com as participações do grupo “Voz Ligeira (uma das dez valências da AACE) e da Tuna da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Por: Miguel Barros