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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 08-03-2013

    SECÇÃO: Saúde


    Em Portugal uma em cada dez pessoas sofre de doença renal crónica

    No próximo dia 14 de março a Sociedade Portuguesa de Nefrologia assinala o “Dia Mundial do Rim”, sob o tema “Rins para a Vida, Pare a lesão renal aguda”. Esta iniciativa, em mais de 100 países em todo o mundo, surgiu da necessidade de informação e sensibilização sobre a doença renal, devido à sua elevada prevalência e significativas morbilidade e mortalidade associadas.

    Os rins filtram os produtos tóxicos e o excesso de água da corrente sanguínea, eliminando-os através da urina. Promovem também a regulação da pressão arterial, bem como a produção de hormonas que regulam o crescimento e metabolismo ósseo e a formação dos glóbulos vermelhos do sangue.

    As principais causas de doença renal crónica no adulto são a diabetes mellitus, a hipertensão arterial e as doenças glomerulares. Muitas vezes, a ausência de sintomas numa fase inicial da doença contribui para o desconhecimento e atraso do diagnóstico e tratamento. A ausência de deteção da doença renal leva à perda progressiva da função renal, insuficiência renal e eventual necessidade de tratamento substitutivo renal. Por outro lado, os doentes renais crónicos apresentam maior prevalência de doenças cardiovasculares, incluindo doença coronária, insuficiência cardíaca, doença cerebrovascular e doença vascular periférica, sendo estas as principais causas dos óbitos.

    Falamos em insuficiência renal quando a função dos rins se encontra muito deteriorada, o que pode ocorrer de forma aguda ou crónica: a insuficiência renal aguda pode ser provocada por desidratação grave, infeções sistémicas, tóxicos ou, ainda, lesões vasculares e frequentemente desenvolve-se rapidamente. Na maioria dos casos, desaparece com a resolução da causa subjacente, apesar de poder acarretar sequelas importantes a longo prazo.

    Já a insuficiência renal crónica desenvolve-se (na sua forma mais usual) lentamente e, embora o tratamento diminua a probabilidade de progressão e complicações, os pacientes muitas vezes necessitam, numa fase mais avançada, de recorrer a diálise e/ou transplante.

    A avaliação regular da função renal é fácil, requer apenas uma análise de sangue e urina, e permite detetar se existe alguma anomalia. Se detetada precocemente, a doença renal crónica pode ser tratada e controlada, permitindo uma significativa redução das suas complicações. Promovendo a saúde do seu rim estará também a promover o melhor funcionamento do seu coração. Zele pelos seus rins e pelos daqueles que lhe são mais próximos!

    Por: Fernanda Carvalho (*)

    (*) Vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia

     

     

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