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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 10-01-2013

    SECÇÃO: Local


    A história de uma pata

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    Era uma vez...

    Há pouco mais de um ano uma pata – ave palmípede da família dos anatídeos, resolveu fazer dum recanto do lago do Parque Urbano de Ermesinde, o seu lar. As condições de habitabilidade não seriam as mais adequadas dado que a água do lago na altura não oferecia as melhores condições de salubridade, mas... instalou-se. Passou algum tempo até que alguém – alma "caridosa" –, observando atentamente a conduta da fêmea, descobriu que a dita vivia numa solidão atroz, vislumbrou até – sabe-se lá como –, algum stress na palmípede... Vai daí resolveu meter pés ao caminho para lhe arranjar um parceiro. Assim aconteceu... E, como nos humanos se usa dizer e nos animais sucede o mesmo – um pato não é de ferro, e meses depois nasceram os rebentos... Sete pequenos patinhos, patudos, lindos de encantar, que a partir daí começaram a esbracejar nas águas do parque e a ser atração para os passantes. Aquele lago ganhou vida. Neste tipo de história, na parte final, é frequente usar-se a frase: "e foram felizes para sempre"... Esta história tem todavia outros contornos...

    A parte mais triste do que vos conto é que o figurão /pai não quis assumir a paternidade das crias e arribou – macho duma figa, para outras paragens. Sem contemplações. Na fase decisiva do crescimento das "indefesas" criaturas – na Educação, que de tão má memória me faz lembrar este país, ficaram sem "timoneiro". O desígnio da mãe Natureza tem mistérios insondáveis... É aqui que entra o amigo Maia, indefetível amigo dos animais. Vendo que aquela família "órfã" poderia ter algumas dificuldades em sobreviver, resolveu substituir-se ao dito cujo que havia arribado. A sua intervenção foi decisiva. Para abreviar, posso contar um episódio que não deixa ninguém indiferente, de tão enternecedor. Uma vez, numa fria tarde de inverno, vendo um dos pequenitos com dificuldade em subir da água para o aconchego do lar – no centro do lago, não hesitou em meter-se na água gélida e salvar o pequenito duma morte certa, por hipotermia. Hoje, o amigo Maia, continua a assistir àqueles seres agora menos indefesos, com uma afeição, como se fossem seus. Leva-lhes milho e outras "papariquices" que são o regalo dos patudos. Até arranjou nome – apadrinhou, a mãe pata, "Coquinhas"... Aqui entro eu, senhor Maia. Vamos ter que arranjar outro nome rapidamente para o animal, antes que esse pegue. Coquinhas? Isso é dos Marretas, e o que contracena é um sapo! Veja lá os direitos de autor!!!Meus amigos do Face. Se leram esta história peço-vos: Desencantem um “decente”, urgentemente, para esta pobre criatura e comuniquem. Coquinhas?

    Por: Manuel Valdrez

     

     

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