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    Arquivo: Edição de 30-09-2012

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

    Dança das cadeiras foi novamente exibida na Junta e na Assembleia de Freguesia de Ermesinde

    Pela terceira vez no atual mandato as “peças do tabuleiro” da Junta e da Assembleia de Freguesia de Ermesinde voltaram a sofrer mudanças! Alegando motivos de índole profissional a socialista Diva Ribeiro renunciou ao seu cargo no executivo liderado por Luís Ramalho, sendo substituída nas funções por António Mota, ao passo que na bancada da coligação PSD/CDS-PP Armindo Ramalho pediu a suspensão do seu mandato por se encontrar em fase de conclusão dos seus estudos, e consequentemente não reunir as condições de disponibilidade necessárias para acompanhar a vida política da freguesia, tendo para o seu lugar entrado Manuel Coelho. Questões de caráter educacional merecerem igualmente alguma atenção na sessão da Assembleia de Freguesia de Ermesinde ocorrida na noite de 28 de setembro último.

    FOTOS MANUEL VALDREZ
    FOTOS MANUEL VALDREZ
    Olhando para a Ordem de Trabalhos (OT) da reunião de sexta feira passada da Assembleia de Freguesia de Ermesinde (AFE) a curiosidade centrava-se em saber quem iria desta vez abandonar o executivo e quem seria a cara nova a integrar o elenco liderado por Luís Ramalho. Curiosidade saciada quando o presidente da mesa da AFE, Raul Santos, anunciou que por motivos de ordem profissional a socialista Diva Ribeiro renunciava ao seu cargo de vogal do executivo, sendo proposto para o seu lugar António Mota. Pela terceira vez no atual mandato o executivo da JFE sofria mudanças, e recuando no tempo, é curioso constatar que o nome de Diva Ribeiro, do PS, esteve em foco aquando da primeira substituição verificada no elenco da Junta, tendo na altura, cerca de três meses após as autárquicas de 2009, substituído Américo Silva nas funções de vogal. PS que um ano depois seria novamente o “responsável” por nova mudança no “tabuleiro”, cabendo então a Manuel Costa a tarefa de substituir Ana Luísa Calafate, que alegando motivos de ordem pessoal renunciou ao cargo. No entanto, e apesar de sair de cena do executivo, Diva Ribeiro não irá desligar-se da vida da edilidade ermesindense, uma vez que regressa à função de membro da bancada do PS na AFE. Caminho inverso fez António Mota, cuja inclusão no executivo recebeu a aprovação, através de voto secreto, da maioria da assembleia, com 13 votos a favor, 2 brancos, e 3 contra. Mas as mexidas não se ficaram por aqui. Do lado da bancada PSD/CDS foi anunciado, pela voz do presidente da AFE, que Armindo Ramalho, ausente desta sessão pedia a suspensão do seu mandato em virtude de estar num período de conclusão dos seus estudos universitários, e como tal não reunir a disponibilidade de tempo necessária para desempenhar com afinco as suas funções. Para ocupar o seu lugar na bancada da coligação entrou Manuel Coelho.

    Antes dos pontos alusivos a estas substituições – isto é, no período antes da OT – Raul Santos abriu a sessão dando a palavra ao público. Claudino Custódio questionou a JFE para quando a abertura das casas de banho do Parque Socer, há muito ali instaladas mas ainda de portas fechadas! Por seu turno José Fernando deu conta de um caso de “perigo iminente” verificado num candeeiro público no largo da antiga feira de Ermesinde. Há sensivelmente um mês, e quando ali passeava o seu cão, o paroquiano deu conta de que num dos candeeiros do local havia passagem de corrente elétrica, situação que denunciou de imediato à JFE, mais precisamente a Romeu Maia, a quem lembraria o perigo de alguém ali poder ficar “agarrado”. Do tesoureiro teve a resposta de que a situação iria ser verificada de imediato. Os dias foram passando e a situação manteve-se. José Fernando deslocou-se novamente à sede da Junta para reforçar a necessidade de ser reparado o problema, tendo então ficado indignado com a resposta do presidente da edilidade, Luís Ramalho, o qual lhe teria dito que a situação já tinha sido encaminhada para a EDP, e que caso ele – o paroquiano – conseguisse resolver o problema de uma forma mais célere, que o fizesse! Entretanto, e respostas “amargas” à parte, o problema ficou efetivamente resolvido no dia 26 de setembro, após a intervenção da EDP. Sem tecer qualquer comentário à intervenção do paroquiano, Luís Ramalho apenas referiu que já havia lembrado à Câmara a necessidade de as casas de banho do Parque Socer serem abertas ao público, sendo que da autarquia recebeu a resposta que tal não havia sido ainda possível devido a um problema técnico com o saneamento. No entanto, o presidente da Junta prometeu que iria novamente abordar a edilidade valonguense sobre a questão.

    Posto isto, foi a vez dos membros da AFE usarem da palavra. Manuel Dias (PSD) deixou elogios ao último passeio dos idosos – à Nossa Senhora dos Remédios – organizado pela JFE, no qual participaram mais de 660 cidadãos seniores da nossa freguesia. Elogios esses endereçados ao executivo sobretudo pela atenção – e pelas ações levadas a cabo – que este tem tido para com a população sénior, terminando a sua intervenção com um agradecimento público aos que contribuíram para o êxito do último passeio dos idosos, com destaque neste aspeto para os sempre presentes Bombeiros.

    A VISITA DO MINISTRO

    E A SITUAÇÃO DA ESE

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    Por seu turno André Teixeira (PS) levantou duas questões, a primeira saber se aquando da recente visita do Ministro da Educação, Nuno Crato, a Ermesinde, para a inauguração do Complexo Escolar de Mirante de Sonhos, lhe havia sido dada a conhecer (ou a recordar) a contínua e preocupante situação da Escola Secundária de Ermesinde (ESE). O socialista recordou então que a escola se encontra em profunda degradação, e que já este ano letivo foram muitos os alunos a deixar a ESE rumo a outras escolas com melhores condições, como a de Águas Santas, por exemplo, querendo então saber qual a posição do ministro sobre o assunto (mais concretamente para quando a urgente intervenção de requalificação do estabelecimento, há muito agendada, mas entretanto adiada pelo Governo por falta de verbas).

    A segunda questão colocada prendeu-se com a também velha e caricata situação da cabine de alta tensão posicionada em pleno cruzamento entre as ruas Fontes Pereira de Melo e Camélias, problema cuja resolução vai sendo adiada… adiada...! E por falar na visita do ministro a Ermesinde, Diva Ribeiro, já na qualidade de membro da AFE, criticou o facto de a Câmara Municipal de Valongo apenas ter convidado para a inauguração do Complexo Escolar de Mirante de Sonhos o presidente da Junta, esquecendo-se dos restantes órgãos deste organismo, isto é, o restante executivo e os membros da AFE.

    Bastante interventiva nesta sessão – como aliás é seu apanágio – esteve Sónia Sousa (CDU), que colocou um cima da mesa uma série de assuntos, com realce para duas recomendações apresentadas. Uma aludia a melhorias no mercado de Ermesinde, no sentido que a JFE encetasse esforços na melhoria das condições de salubridade do mercado, tais como o arranjo do chão e a colocação de novas bancadas de venda. A segunda fazia referência à recente medida tomada pela Câmara no sentido de desligar uma série de candeeiros de iluminação pública com vista à poupança da fatura da eletricidade. Por um lado, como Sónia Sousa fez questão de sublinhar, são compreensíveis esta e todas as medidas de poupança de recursos, não apenas devido à crise mas também como atitude permanente na administração local, que gere o dinheiro que é de todos. Por outro lado, «e tendo em conta que o apagamento de parte da iluminação pública deve ser encarada como uma medida transitória para ajudar a recuperar as contas da autarquia, e sem exageros, como aconteceu já em alguns locais, e que originou reclamações dos moradores e a – consequente – reposição da iluminação», não compreendias «o descuido continuado em acender a iluminação pública demasiado cedo, quando ainda é dia, e apagá-la quando o dia já vai alto, como acontece em vários locais de Ermesinde». E punha em dúvida a eficácia das poupanças com tal gestão da iluminação pública. No que toca à má iluminação recomendava que seja melhorada a iluminação no exterior das escolas Secundária, de S. Lourenço, e Primária da Costa, «bastante deficiente». Com a diminuição do dia e a próxima mudança de hora, as saídas das escolas a partir das 17h30 são feitas já de noite e em más condições de iluminação, sublinhava a recomendação da CDU. Quer esta quer a anterior recomendação seriam colocadas à votação no final da reunião, tendo ambas sido aprovadas por unanimidade.

    AS RESPOSTAS

    DO PRESIDENTE

    Em resposta a algumas destas intervenções Luís Ramalho diria que, de modo informal o ministro da Educação teria sido questionado sobre a situação da ESE, e que na resposta a essa interpelação teria dito que assim que o Governo tivesse verba disponível o referido estabelecimento de ensino seria dos primeiros a avançar para obras de remodelação. Relativamente à cabine de alta tensão confessaria já ter vergonha desta situação, tantas foram já as vezes que a EDP disse que ia avançar para a sua resolução. E ao que parece a EDP, à semelhança do que tem feito, prometeu encontrar uma solução para a questão no final do mês. A ver vamos... E Luís Ramalho mais não disse.

    No período da OT destaque ainda para dois pontos alusivos à vertente social, ambos referentes à celebração de acordos e colaboração entre a JFE e a CMV para a componente de apoio à família nos agrupamentos das escolas de Ermesinde e de S. Lourenço. Protocolos que receberam algumas críticas da oposição, tendo a CM, por intermédio de João Arcângelo, ficado indignada pelo facto de a autarquia ter transferido para a Junta um serviço que é da sua responsabilidade. «A Câmara não tem capacidade para assumir esta verba e agora passa a pasta para a JFE!», frisou o independente, acrescentando que apesar de assinar por baixo tudo o que seja feito em prol da educação esperava agora que a Junta, sem experiência neste setor, estivesse à altura do desafio. Felicitada pela bancada PSD/CDS-PP, esta colaboração seria ainda duramente criticada pela CDU, que não entendia como é que a CMV, que outrora tinha retirado a concessão da limpeza das bermas e valetas às juntas, passando essa pasta a um privado, pedia agora ajuda à JFE para este setor e não contratava um privado como fez na questão da limpeza. A coligação foi mais no longe na sua discórdia após constatar que os trabalhadores que irão sustentar este serviço terão um vínculo a curto prazo, uma vez que tal como Luís Ramalho adiantaria, a Junta não teria possibilidade de contratar esses mesmos trabalhadores no final dos protocolos estabelecidos com o Centro de Emprego. «Temos, e mais uma vez, o Poder Local a viver do expediente garantido pela utilização de força do trabalho desempregada (através dos programas CEI e CEI+), sem possibilitar a estes trabalhadores um vínculo minimamente seguro, por meio do estabelecimento de um contrato de trabalho». Nesse sentido a CDU votava contra a proposta, apelando à responsabilidade social dos restantes partidos, no sentido de também dizerem basta!, «a esta forma de exploração, que em vez de aproximar os desempregados do mercado de trabalho, só prolonga a sua situação nas margens do mesmo, mantendo-as na esperança de uma contratação futura e desvalorizando o seu investimento na procura de situações de emprego mais favoráveis». Mesmo com o voto contra desta força política, a proposta seria aprovada com os votos favoráveis das restantes bancadas.

    Por: Miguel Barros

     

     

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