Acampamento do Terra Viva condena mini-hídrica no Alto do Castelo
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Decorreu no passado fim de semana (de sexta-feira, 7, até domingo, 9 de setembro), no lugar da Queiva, junto ao rio Ferreira, num «local frequentado tradicionalmente como local de lazer pela população local e grupos de atividade de ar livre, junto às ruínas de antigas azenhas, no lugar da Azenha, na freguesia de Campo», o Acampamento Libertário/Alternativo do Terra Viva, iniciativa cujos objetivos eram a «sensibilização geral para a defesa do local e das zonas protegidas envolventes (Parque Paleozoico de Valongo, Biotipo Corine – parte da Rede Natura 2000) contra as ameaças de construção de uma mini-hídrica imposta pelo governo central – entre outras ameaças anti-ecológicas locais; a promoção do «convívio e reforçar os laços entre pessoas e coletivos de sensibilidade libertária/alternativa socialmente intervenientes»; e, finalmente «divulgar ideias, práticas e linhas gerais de intervenção libertária em geral e anarco-sindicalista em particular».
O acampamento, que decorreu com base em decisões assembleárias em democracia direta, era gerido com base em princípios de autogestão, antipatriarcalismo, antisexismo e antirracismo, apoio mútuo, ecologismo radical, auto-responsabilidade, antielitismo e anti-hierarquias e interação popular positiva.
Do programa constaram, na manhã do dia 7, a receção aos participantes, com apresentação dos coletivos e passeio pela área envolvente e a assembleia de participantes, com apresentação, discussão e eventuais melhoramentos ao programa proposto; seguiu-se o almoço comunitário, e da parte da tarde a montagem de bancas de divulgação e a montagem de exposição de cartazes, cartoons libertários e documentação histórica; realizou-se ainda um piquete de distribuição de folhetos à população local, terminando o programa oficial do dia com o jantar comunitário.
Na manhã de sábado realizou-se o passeio pedestre “Trilho de interpretação florestal e ambiental do Alto do Castelo” e parte da “Trilha ecossocial do vale do Ferreira”.
Após o almoço houve convívio entre os participantes e à noite discussões acerca dos vários temas entretanto propostos.
No domingo, após o almoço, realizou-se uma assembleia para aprovação das conclusões deste acampamento e uma autoavaliação deste.
Entre as conclusões ressalta a aprovação da declaração “Não ao Projeto de Mini-Hídrica no Alto do Castelo”, que se divulga à parte.
Por:
LC
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