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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 08-03-2012

    SECÇÃO: Saúde


    DADOS MAIS ATUAIS SOBRE REALIDADE PORTUGUESA

    Custos indiretos da dor crónica ascendem a 739 milhões de euros

    Em Portugal Continental os custos indiretos anuais da dor crónica nas costas e articulações ascendem aos 739,85 milhões de euros, resultantes do absentismo gerado pela incapacidade de curto prazo, e redução do volume de emprego por reformas antecipadas e outras formas de não participação no mercado de trabalho, revela um estudo da autoria de Miguel Gouveia, professor da Universidade Católica Portuguesa.

    Os custos indiretos totais anuais estimados pelo absentismo de curto prazo devido à dor crónica são aproximadamente de 281 milhões de euros, sendo o custo médio anual do absentismo por trabalhadora estimado em 864 euros e por trabalhador em 496 euros, sendo a média global de 678 euros.

    O estudo indica também que os custos indiretos por incapacidade a longo prazo devido à dor crónica são na ordem dos 458,91 milhões de euros. Verifica-se ainda que os indivíduos entre os 50 e os 59 anos, e as mulheres, são os grupos mais afetados pela incapacidade para trabalhar devido a dor crónica.

    De acordo com Miguel Gouveia, «conclui-se que o custo monetário estimado para a perda de produção devido à dor crónica representa 0,43% do PIB estimado para 2010, e apenas por referência, a 8,1% da despesa do Estado no setor da Saúde em 2009. Por comparação, em 2002 um estudo estimou que o custo indireto da obesidade em Portugal como percentagem do PIB era menos de um terço do valor apurado para a dor crónica».

    E acrescenta: «O conhecimento dos custos indiretos da dor crónica é um passo relevante no desenvolvimento e consolidação de estratégias de prevenção e tratamento eficientes para mitigar as consequências da dor crónica na saúde e bem estar dos portugueses».

    Este estudo teve como objetivo estimar os custos indiretos da dor crónica na região lombar e articulações, para Portugal Continental. Recorreu-se a metodologias de estimação de custos da doença baseadas na abordagem do capital humano e aos dados fornecidos pelo Inquérito Nacional de Saúde 2005/2006. Usaram-se valores para as produtividades baseados em estimativas dos salários para 2010.

     

     

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