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    Arquivo: Edição de 15-02-2012

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    Documento Verde da Administração Local vai reduzir o Concelho de Valongo a três freguesias!

    Com o regresso saudado dos vereadores do Partido Socialista – ausentes, recorde-se, da última reunião – o executivo da Câmara Municipal de Valongo voltou a reunir em sessão pública no passado dia 9 de fevereiro. Ainda que abordado em jeito de nota de rodapé, um assunto que promete gerar muita discussão em seu redor no futuro imediato, alude à agregação de freguesias no âmbito do Documento Verde da Administração Local, sendo que ao contrário do que havia sido veiculado não há muito tempo atrás, também o Concelho de Valongo vai sofrer uma redução no seu número de freguesias, falando-se na possibilidade de ficarem apenas três!

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    Quando a dada altura da reunião se colocava a dúvida se um determinado terreno se situava em Sobrado ou Alfena, já que ao que parece em certas zonas as linhas limite das freguesias provocam algumas incógnitas, o vicepresidente da autarquia, João Paulo Baltazar, usou da palavra para dar a entender que a dita questão não era assim tão relevante, pois segundo informação governamental também o Concelho de Valongo vai sofrer uma redução no seu número de freguesias no âmbito do Documento Verde da Administração Local, contrariamente ao que havia sido garantido – pelo Governo – há cerca de dois meses atrás, mais coisa menos coisa. Recorde-se que este tema já havia sido abordado na última Assembleia de Freguesia de Ermesinde com algum destaque, tendo-se então sublinhado que havia sido dada a garantia governamental de que em Valongo nenhuma freguesia seria extinta, ou agregada a outra, a não ser que alguma delas o quisesse.

    Pois bem, na altura foi igualmente avançado que no rescaldo de uma reunião levada a cabo pela Mesa da Assembleia Municipal com os diversos líderes municipais e os representantes das cinco freguesias valonguenses, no sentido de discutir a temática, tinha ficado definido que nenhuma freguesia mostrava vontade em agregar-se. Agora, e segundo João Paulo Baltazar, a situação conheceu um volte face e o concelho vai ficar reduzido a um máximo de três freguesias, não adiantando contudo quais as freguesias que iriam ser agregadas. Pela sua importância o assunto promete novas e mais desenvolvidas discussões no futuro imediato.

    No início desta sessão, e durante o período destinado à intervenção dos membros do executivo, o vereador do Partido Socialista Afonso Lobão questionou a Câmara sobre se já haviam sido tomadas medidas no que toca à contenção de despesas no setor da prestação de serviços na recolha de lixo, um ponto implícito, recordou, no Plano de Saneamento Financeiro aprovado na autarquia.

    O socialista colocaria em cima da mesa uma outra questão, querendo então saber em que ponto se encontrava a situação do terreno para a construção do novo Centro de Saúde de Alfena, se a autarquia já havia transferido o dito terreno, onde está idealizada a implantação da nova infraestrutura, para a Administração Regional de Saúde (ARS).

    Em relação à primeira questão Fernando Melo informaria que já estão a decorrer negociações entre a edilidade e a SUMA, a empresa responsável pela recolha de lixo no concelho, no sentido de haver uma redução do valor que a Câmara tem pago à concessionária. Mais adiante João Paulo Baltazar completaria a informação dada pelo presidente ao dizer que, numa recente reunião mantida com a SUMA, ficou definido que iria haver uma redução na prestação de serviços por parte desta e consequentemente uma diminuição significativa dos montantes monetários pagos pela Câmara à empresa.

    Sobre a segunda questão Melo referiu que pese embora tenham já sido feitas diversas tentativas de contacto, a Câmara ainda não conseguiu ser recebida pela ARS para discutir o assunto.

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    Por seu turno a vereadora independente Maria José Azevedo trouxe para a sessão o tema da recente descoberta de uma jazida de fósseis vegetais em Ermesinde (zona dos Montes da Costa) por parte do historiador José Manuel Pereira. Recorde-se que a este assunto foi dada ampla cobertura na edição (em papel) de janeiro do nosso jornal. A líder da Coragem de Mudar quis saber se a Câmara havia tido conhecimento de tal descoberta e o que pretendia fazer para impedir a movimentação de terras que estava a ser feita no local, que atentava à preservação dos achados fossilíferos.

    Na resposta ao assunto João Paulo Baltazar usaria da palavra para começar por dizer que havia tido conhecimento das citadas descobertas através da comunicação social, informando então que a Câmara havia já enviado ao local uma fiscalização com a intenção de averiguar se ali continuava a ser feita a remoção de terras, prática proibida, pois aquela área tinha já sido embargada em finais do ano passado, tendo o vicepresidente da autarquia garantido que desde então não mais ali teriam havido escavações. Pelo menos ali, pois as escavações que ainda decorrem pertencem a um loteamento “vizinho”, mas que o mesmo não tocaria na área onde foram encontrados os fósseis. Sobre o valor, ou importância, dos achados informou que o assunto já tinha sido entregue ao Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e que a Câmara aguardava agora por um parecer desta entidade.

    Por: Miguel Barros

     

     

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