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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 20-09-2011

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    Obras na ETAR de Ermesinde permitem esperar que se resolva o problema dos maus cheiros

    A situação nas ETARs de Campo e de Ermesinde e as medidas apontadas para responder aos problemas conhecidos foram algumas das questões mais importantes para a população do concelho abordadas na reunião da Câmara Municipal de Valongo no passado dia 8 de setembro.

    As decisões tomadas permitem esperar pôr a funcionar devidamente – já não era sem tempo! – a ETAR de Campo, e pôr fim à situação de mau cheiro constante que desde há muito vem penalizando os moradores vizinhos, na zona da Travagem, e provenientes do funcionamento “normal” da ETAR de Ermesinde.

    A aprovação da nova Zona Industrial de Alfena foi também um momento importante.

    Foto ARQUIVO MANUEL VALDREZ
    Foto ARQUIVO MANUEL VALDREZ
    A ETAR de Ermesinde vai ser finalmente objeto de uma intervenção no sentido de tentar resolver a situação de maus cheiros que dela emana e lesa a comunidade ermesindense ali vizinha, na zona da Travagem.

    Para isso vão ser cobertos os decantadores primários com um edifício, deixando estes de funcionar a céu aberto, como até aqui.

    Na ETAR de Ermesinde, ao contrário da de Campo, não se verifica falta de capacidade de tratamento, sendo o problema ambiental maior precisamente o da situação que agora se pretende corrigir.

    A obra, que deverá orçar num montante de 300 mil euros, será da responsabilidade da autarquia, já que eventuais obras nas ETARs estão de fora do contrato de concessão assinado com a Veolia.

    A solução encontrada pela Câmara Municipal de Valongo, e que conta já com o acordo da entidade reguladora, baseia-se no facto de estando previsto um novo reservatório de água para Sobrado – já que o contrato de concessão da água exige reservas de água para dois dias – este não ser agora necessário, já que estão asseguradas reservas de quase três dias, permitindo assim o redirecionamento da verba que estava cativa para esse fim, para acudir à situação anómala na ETAR de Ermesinde.

    O começo das obras está previsto para os fins deste ano.

    Quanto à ETAR de Campo, com um problema de fundo bem maior, o da sua falta de capacidade, a intervenção necessária estará orçada num montante de 8,5 milhões de euros, mas irá beneficiar da candidatura aprovada ao QREN (que canaliza 5,5 milhões de euros) e da repartição do esforço pelas autarquias de Valongo e Paredes, cabendo à primeira um investimento de 1,8 e à segunda de 1,2 milhões de euros.

    OUTRAS DECISÕES

    TOMADAS NA REUNIÃO

    CAMARÁRIA

    Outra deliberação da reunião camarária referida prende-se com o lançamento de um concurso que pretende tornar possível a regulação do fluxo luminoso nos postes de iluminação pública do concelho, de forma a permitir uma diminuição esperada de cerca de 30% nos gastos.

    Foi também decidido anular o concurso relativo à angariação de um seguro, já que o este ficou deserto pelo facto de um dos concorrentes não ter cumprido as condições exigidas e o outro não apresentar boas condições. Será lançado um novo concurso para o efeito.

    A reunião da Câmara Municipal de Valongo, alterada que está a carta da Rede Ecológica Nacional na zona de Alfena, consagrada por unanimidade em PDM, após alguma controvérsia, que agora parece não se ter verificado, aprovou também a criação da nova Zona Industrial de Alfena.

    Segundo o vereador do pelouro, Arnaldo Soares, estão já assegurados investimentos da Chronopost e já houve um pedido de informação prévia (que denuncia a intenção de investimento) por parte do grupo Jerónimo Martins.

    Apesar do aparente consenso, trata-se de um assunto delicado, para o qual “A Voz de Ermesinde” chamou a atenção no sentido de exigir maior transparência e colocar acima de tudo um verdadeiro interesse público, e não apenas uma mera agenda de desenvolvimento a todo o custo .

    Quanto a outros aspetos nesta reunião, refira-se que o vereador socialista Afonso Lobão apresentou uma proposta para a instituição de uma “marca” do concelho, neste caso o pão, e cujo texto publicamos à parte.

    E, já agora, o mesmo vereador inquiriu a maioria do Executivo sobre «os problemas ambientais e urbanísticos causados pela excessiva construção imobiliária no concelho», procurando saber «o que a Câmara tem feito no sentido de corrigir as situações mais gritantes, qual o ponto de situação, nomeadamente a legalização de uns, a eventual demolição de outros ou mesmo o acabamento daqueles prédios» que os promotores imobiliários e a Banca julgam poder vir concretizar.

    LIGAÇÃO DA ZONA NASCENTE

    DA ESTAÇÃO DE ERMESINDE

    AO AQUEDUTO

    DA RIBEIRA DA GANDRA

    Foto PEREGRINO 27
    Foto PEREGRINO 27
    Entretanto, recorde-se que a Câmara Municipal de Valongo iniciou no passado dia 27 de julho a complexa empreitada de ligação das condutas de águas pluviais da zona nascente da Estação de Ermesinde ao aqueduto da Ribeira da Gandra. A obra, que segundo a autarquia «permitirá resolver situação recorrente de inundações na Rua Rodrigues de Freitas, junto à estação ferroviária de Ermesinde, terá a duração de 60 dias».

    Segundo os estudos técnicos efetuados, o estrangulamento das águas pluviais no local, e de que “A Voz de Ermesinde” se fez eco algumas vezes, relatando situações inclusive de perigo de vida para as pessoas, deve-se a uma «insuficiente dimensão das condutas existentes sob a via férrea, que não têm capacidade para drenar toda a água que para aí está encaminhada».

    Obtidas as necessárias autorizações e prestadas as devidas compensações à Refer, está a construir-se um novo troço de drenagem por debaixo da linha, «de forma a debelar definitivamente essa situação (...).

    A obra iniciará na Rua Rodrigues de Freitas, frente à Rua Vasco da Gama. Aí, será aberto um poço para realização da perfuração horizontal sob a linha da Refer. A perfuração terá o diâmetro de 1,4 metros para permitir a passagem do coletor com 1,2 metros de diâmetro. Na Rua Eng. Armando Magalhães será aberto um outro poço, a partir do qual será instalado o novo coletor de águas pluviais, em diâmetro de 1,2 m, o qual “vira” para a Rua de Luanda, junto ao separador triangular, seguindo pela Rua de Luanda, até à Rua dos Serviços Médicos Sociais, no mesmo diâmetro. Nesse local será ligado à Ribeira da Gandra».

    A Câmara de Valongo indica também que será «necessário construir quatro troços de rede de águas residuais, nomeadamente no entroncamento das Ruas Rodrigues de Freitas e Vasco da Gama; no entroncamento das Ruas de Luanda e Serviços Médico Sociais e na Rua Eng. Armando Magalhães.

    A obra, a cargo do Departamento de Obras e Transportes, representa um investimento de 211 mil euros».

    Dentro de cerca de 15 dias a obra passa para o lado da Gandra e deverá estar concluída dentro de 60 dias, segundo expetativas apontadas por Arnaldo Soares.

    Por: LC

     

     

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