Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 31-03-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 20-09-2011

    SECÇÃO: Editorial


    foto

    Muita parra e pouca uva

    As condições climatéricas do ano de 2011 anteciparam de uma forma geral a época das vindimas, que já se iniciaram um pouco por todo o lado. Setembro é um mês rico em colheitas e novidades, regressa-se de férias, inicia-se o ano escolar e os políticos apresentam novas propostas e organizam congressos, encontros e festas na tentativa de animar os seus militantes. Assim tem sido nos últimos tempos e este ano não foi exceção.

    Assistimos a uma série de discursos empolgantes, cuidadosamente elaborados, mas que não nos trouxeram nada de novo, o País continua a afundar-se e quando já devíamos estar a recolher alguns frutos para o inverno mandam--nos apertar o cinto e só nos resta aguentar com as sobras do ano anterior, se ainda existirem.

    Muitos acreditaram nas novas mudanças políticas dos dois maiores partidos portugueses, mas até ao momento é caso para dizer “muita parra e pouca uva”.

    Por outro lado rebentou o que já se esperava há muito, a dívida da Madeira. Alberto João Jardim sempre fez o que lhe apeteceu, nunca respeitou ninguém nem o regime democrático que teve de jurar defender e aplicar. Quando alguém lhe apontava o dedo os seus correligionários vinham em sua defesa alegando que era uma questão temperamental, que tinha um forma muito peculiar de comunicar, que era tudo a fingir, homem sério e honesto a quem a Madeira e o País muito devem!...

    Hoje vão ter que engolir a pílula e escusam de vir com desculpas esfarrapadas.

    Não acredito em milagres desta natureza, e muito menos que andassem todos a dormir, será que achavam que na Madeira havia uma árvore das patacas!?

    Também não chega esperar que os madeirenses resolvam o problema, João Jardim prejudicou o País e tem que ser responsabilizado pelos seus atos, e já agora que deixe de atirar pedras aos outros porque ele tem muitos telhados de vidro.

    Telhados de vidro também devem ter muitos outros, só assim se justifica que ele se tenha dado ao luxo de insultar tudo e todos e se ter mantido impune durante tanto tempo.

    As vindimas já se iniciaram, mas é bom não esquecer que até ao lavar das cestas é vindima.

    Mas cá como lá a vida não vai boa, parece que agora nos vamos virar para a agricultura, e é espantoso como os entendidos se interrogam e ficam espantados porque os nossos produtos são bons, o que produzimos é pouco!

    Com terras abandonadas, aldeias desertificadas, formações escolares desarticuladas das necessidades do País, não é de espantar que não se encontrem jovens agricultores capazes de tornar a nossa agricultura competitiva. Choca-me que alguns empresários agrícolas afirmem que têm de “importar” mão de obra porque não a encontram na nossa terra!

    Por: Fernanda Lage

     

    Outras Notícias

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].