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XVIII FEIRA DO LIVRO DO CONCELHO DE VALONGO
Um verdadeiro camaleão
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| Foto MANUEL VALDREZ |
Na noite do dia 7 a Mosaico de Palavras apresentou na feira o livro “Camaleão”, de Sérgio Lucas, de que alguns se lembrarão por ter ganho o concurso televisivo Ídolos na sua segunda edição em em 2004. Mas mais do que a leitura dos textos de Sérgio Lucas (por Goreti Dias) e a apresentação dele feita pelos editores, a melhor apresentação foi feita pelo próprio artista. Ator em algumas conhecidas peças levadas à cena por Filipe la Féria (além doutras), autor de algumas peças para grupos de teatro amador, cantor e autor dos seus próprios temas (à venda na Feira estava também o seu CD “Vícios”, Sérgio Lucas revelou ser uma personalidade com muita sensibilidade e rigor criativo, como quando se refere a «substituir a vida pela banalidade imunda que é a necessidade».
Tendo crescido em África, gosta de trabalhar a madeira e, em conversa com “A Voz de Ermesinde”, lembra-se de ter fabricado muitos dos seus próprios brinquedos e de ter crescido num ambiente propício à escrita, em que havia muitos livros em casa, muita música e menos televisão. Menos televisão!, é também o que aconselha hoje, convictamente – mesmo reconhecendo que muita da sua notoriedade de hoje vem daí. «A televisão tem muito pouco de realidade. Não mudou o que eu sou. E a fama é uma meia consequência de um trabalho».
Recordou África e os contributos à sua criatividade, o gostar de fazer coisas com as suas próprias mãos, de como isso foi moldando a sua personalidade. Com formação em teatro e gosto pela poesia lembrou um dos seus professores de expressão dramática, já desaparecido, Tito Agra Amorim, e confessa que a poesia sempre fez parte de si, apesar de lançar só agora o seu primeiro livro de poemas, “Camaleão”.
No teatro, com as produções de Filipe la Féria, não se arrepende de ter trabalhado com figuras como Rita Ribeiro e João Baião, para citar algumas das mais conhecidas, com quem reconhece ter aprendido muito.
Sérgio Lucas, com a sua banda, deu também um concerto na Feira, onde ficou bem patente a sua entrega total aos temas que interpreta. Gostamos particularmente da sua interpretação de “Indrominado”.
Por:
LC
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