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    Arquivo: Edição de 30-07-2011

    SECÇÃO: Destaque


    XVIII FEIRA DO LIVRO DO CONCELHO DE VALONGO

    Desagrado com “A Voz de Ermesinde”

    Foto URSULA ZANGGER
    Foto URSULA ZANGGER
    Reagindo ao conteúdo do jornal “A Voz de Ermesinde” distribuído no decurso da Feira e ao balanço provisório que então fizemos, alguns livreiros, que constituíam a grande maioria dos presentes, discordando da análise feita pelo nosso jornal, recolheram e entregaram no pavilhão de “A Voz de Ermesinde” um abaixo-assinado, nos termos que a seguir publicamos:

    «Proposta ao jornal

    “A Voz de Ermesinde”

    Assunto: Feira do Livro do Concelho de Valongo.

    Vimos por este meio manifestar o nosso desagrado relativamente à notícia principal do jornal “A Voz de Ermesinde”, datado de 10 de Julho de 2011, e que foca a Feira do Livro do Concelho.

    Para além da crise óbvia e que a todos afecta, esta feira como todas as outras que decorrem pelo país, reflecte essa realidade.

    Enquanto livreiros presentes, naquele que é sem dúvida um dos principais eventos culturais do concelho, queremos contrapor à notícia apresentada:

    – A localização é excelente, contrariamente ao referido pelo jornal;

    – Os livreiros foram bem recebidos e não com a desolação de que se fala;

    – A Organização do evento tem vindo a melhorar ano após ano;

    – O programa de animação abrange todos os dias de feira e a horas variadas;

    – Há, pela primeira vez, um stand dedicado a actividades constantes para crianças durante todo o horário da feira;

    Não entendemos a notícia apresentada por um jornal da Terra que, para além de tudo, tem a obrigação de a defender e dignificar».

    O documento recolheu a assinatura de responsáveis pelas seguintes editoras, cujos nome reproduzimos tal e qual como se encontram escritas no referido abaixo-assinado: Solumen/Lamegart, EDC SA Verbo, Alfarrabista João Soares, Papelaria “A Capa”, Livraria Index, Mania do Livro, Lema d’Origem, Mosaico de Palavras, Mercado dos Livros, 7 Dias e 7 Noites, Lusodidacta e Publicações Europa-América.

    Sobre este abaixo-assinado tem “A Voz de Ermesinde” a dizer :

    – As questões apontadas na sua redação parecem mais obviamente matéria de interesse da própria organização que matéria de interesse dos próprios livreiros;

    – Os subscritores do abaixo-assinado fizeram uma leitura apressada ou menos atenta do nosso jornal ou cederam a uma pressão implícita para deixar clara a sua boa relação com a organização (o que não estava em causa);

    No concreto, e respondendo às questões apontadas, parágrafo a parágrafo:

    – O reconhecimento da crise e a sua importância no falhanço comercial desta feira está apontado logo no destaque da 1ª página de “A Voz de Ermesinde” que se está a comentar: «Que esta crise é muito séria e que os portugueses parece terem disso a consciência mais aguda, prova-o a desolação com que foram recebidos os livreiros...». Não dissemos que a crise só se fazia sentir na Feira do Livro do Concelho de Valongo – sabemos bem que não – , e não dissemos os “ermesindenses” ou “valonguenses”, mas os “portugueses”. Por algum motivo foi.

    – Estamos totalmente de acordo que é um dos principais eventos culturais do concelho.

    – Foram alguns livreiros que apontaram críticas à localização, não nós. Limitamo-nos a dar notícia do que nos disseram.

    – Pelos motivos já apontados atrás e também pelo tempo impróprio que se fez sentir, os livreiros foram recebidos com evidente desolação, é isso que é dito em “A Voz de Ermesinde”. Não se disse nem se quis dizer que tinham sido mal recebidos pela organização.

    – A organização do evento tem vindo a melhorar, sem dúvida, recebeu aliás da nossa parte rasgados elogios no ano anterior por isso mesmo. Este ano é que entendemos que não os mereceria.

    – O programa de animação, embora mais fraco que no ano anterior, abrangeu, também este ano, todos os dias da feira e a horas variadas. Na leitura que fazemos do que esteve mal na Feira deste ano, este ponto tem pouca importância e aceita-se, aliás, que possa ter sofrido de alguma limitação financeira.

    – Concordamos que foi uma boa iniciativa a do stand para atividades constantes com crianças.

    – O jornal da terra tem obrigação de defender e dignificar a Feira, o que tem feito sempre, desde que nela participa. Mas não tem que fazer fretes e dizer sempre ámen, haja o que houver. E se alguém tem divulgado, com gosto e não por obrigação os livros e os autores que os livreiros trazem à feira somos nós (mesmo depois de conhecermos o abaixo-assinado). E quando apontamos erros e criticamos é sempre no sentido de corrigir e melhorar e não com o intuito de denegrir e abater.

    A “desolação” foi o que sentimos este ano. E foi desolação o que sentimos em muitos livreiros, digam agora aquilo que disserem. Tal desolação não é apenas imputável à organização, longe disso – referimos o mau tempo e, sobretudo a crise económica. Mas também houve erros da organização e esses, já agora, merecem ser apontados, para melhor compreensão de todos, numa peça à parte (em cima), como fazemos neste número.

    Por: LC

     

     

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