Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 29-02-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 30-07-2011

    SECÇÃO: Destaque


    21º ANIVERSÁRIO DA ELEVAÇÃO DE ERMESINDE A CIDADE

    Apresentação do livro de Manuel Augusto Dias “Ermesinde e a I República”

    A comemoração do 21º Aniversário da Elevação de Ermesinde a Cidade constituiu uma excelente ocasião para a apresentação do livro de Manuel Augusto Dias (cuja maioria dos textos, em pré-publicação, apareceram antes no jornal “A Voz de Ermesinde”) para a apresentação do livro “Ermesinde e a I República”, sessão essa que se sucedeu de imediato à cerimónia de atribuição da Medalha da Cidade a Álvaro Mendes por parte da Assembleia de Freguesia.

    A apresentar o autor esteve o académico Guedes Miranda.

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    Após uma brevíssima introdução por parte do presidente da Junta de Freguesia, Luís Ramalho, referindo-se à oportunidade do lançamento do livro do investigador há muitos anos radicado em Ermesinde e, também ele membro da própria Assembleia de Freguesia, e a Guedes Miranda, autor de vários livros e antigo professor de Filosofia na Escola Secundária de Ermesinde, que iria fazer a apresentação de Manuel Augusto Dias à assistência presente no auditório da Junta de Freguesia, Guedes Miranda tomou a palavra para falar da vida e enumerar a já extensa obra de Manuel Augusto Dias.

    Guedes Miranda referiu-se ao nascimento de Manuel Augusto Dias no concelho de Ansião, à sua carreira escolar e profissional, destacando o seu mestrado em História das Instituições e o seu perfil multifacetado de investigador, jornalista e autor.

    Entre outras coisas relembrou a sua passagem como redator, chefe de redação e e diretor interino do jornal “A Voz de Ermesinde”.

    Fez depois referência às numerosas conferências e à sua obra, em que tem investigado com particular interesse a história de Ansião e a história de Ermesinde e do concelho de Valongo.

    O autor, agradecendo, começou por referir que esta seria, talvez, a sua sétima conferência sobre a I República, matéria que o interessara e que tem vindo a estudar. E passou de imediato a apontar algumas das peculiaridades da história republicana de Ermesinde. Desde logo o facto de ter sido, no concelho, a única localidade com um Centro Republicano. E ter-se inclusive realizado em Ermesinde um comício republicano ainda em tempos da monarquia.

    Traçou depois um paralelismo entre as dificuldades financeiras do Portugal dos nossos dias e as dificuldades do mesmo género da monarquia nos seus últimos anos.

    Referiu a grande participação nas mudanças que se operaram, de classes profissionais particularmente relevantes, como médicos, advogados, professores. Mas também alguns padres, ressalvou.

    Referiu as grandes mudanças no domínio da Educação, em que o desenho do Ensino Primário Superior, se bem que no terreno, ele não tivesse sido inteiramente realizado, corresponderia qo que é hoje, mais ou menos, o 12º Ano.

    Lembrou a criação das universidades de Lisboa e Porto (antes só existia a de Coimbra).

    Lembrou a reforma ortográfica republicana.

    foto
    Nas questões laborais referiu a introdução do direito à greve e ao lockout – o, que aprovou –, das 40 horas de trabalho por semana, do descanso obrigatório.

    A introdução do serviço militar obrigatório. De uma grande autonomia nas colónias. E a participação «dramática» na I Guerra Mundial.

    Referiu depois os episódios da resistência à República, como a Monarquia do Norte, de Paiva Couceiro (1919).

    E referiu a participação do pároco de Ermesinde, à data, ao lado dos monárquicos, nas incursões trauliteiras.

    Concentrando-se mais na nossa cidade (então ainda nem sequer vila, comemorando-se também agora, além dos 21 anos da elevação a cidade, os 73 anos da elevação a vila), Manuel Dias destacou a mudança de nome da freguesia de S. Lourenço d’Asmes para Ermesinde, explicando que este era antes apenas um dos lugares da freguesia, precisamente o escolhido para implantar a estação ferroviária, embora depois por razões técnicas, esta tivesse sido implantada um pouco mais a norte.

    Ermesinde não era então, em 1910, a freguesia mais populosa do concelho, mas já o era 11 anos depois, em 1921, mercê da rede de acessibilidades de que entretanto beneficiou.

    Por: LC

     

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].