Feira Laica International – feira de edição independente
Embora não seja um evento estritamente de Banda Desenhada, o jornal “A Voz de Ermesinde” destaca mais uma vez nesta rubrica a realização da Feira Laica – feira de edição independente, que teve mais uma edição, realizada recentemente, a 25 e 26 de junho na Bedeteca de Lisboa.
A Feira Laica contou com a presença dos editores: Ana Ventura, Associação Chili Com Carne, Associação Tentáculo, Bedeteca de Lisboa (Livraria Municipal), Bíblia, Blam Blam + Toys Are Evil, Bruno Borges, jornal Coice de Mula, Contra-prova, Dedo Mau + É Fartar Vilanagem!, El Pep, Faca Monstro + Marvellous Tone + Soopa, A fartura do corpo que não pede e não precisa, Gennebra, Imprensa Canalha, Jaime Raposo, LeoteRecords, Massa Folhada, Mia Suave, MMMNNNRRRG, Narcolepsia + Cérebro Morto, Oficina Arara, Oficina do Cego, Opuntia Books, Paracetamol + Propaganda 13, Quarto de Jade + Serrote, Reject’zine, Ricardo Castro, Ruru Comix, Thisco e Tobias Serigrafias.
Como autores convidados estiveram Neuro (Roménia) e o colectivo Hecatombe (Suíça).
A feira contou ainda com o artesanato urbano de Dina Ladina, Manuel Leitão, Pega-me, Rita Costa, João Bragança, Ana Madureira e a Noveloteca, Jorge Dutti, Mayoke e Rub-a-Duckie.
Presentes várias novidades editoriais, entre elas “Acontorcionista” (uma edição da MMMNNNRRRG), livro de Grupo Empíreo, o vinil 10” “Çuta Kebab & Party” (edição Chili Com Carne + Faca Monstro), “Famous Tumours”, livro de autor Jaime Raposo, e o livro de Neuro “Neuro-Trip”, editado também pela MMMNNNRRRG, para além dos «ainda quentes», tal como os apresentou a organização da Laica “Os Animais Domésticos” (edição Quarto de Jade), livro de Maria João Worm, “Futuro Primitivo” (da Chili Com Carne), v/a ; o LP “Ghuna X” (edição Marvellous Tone), e “Mundos em Segunda Mão”, vol.1, de Aleksandar Zograf (ainda uma edição MMMNNNRRRG).
APRESENTAÇÃO
DA FEIRA LAICA
Recorde-se que «a Feira Laica é o evento de edição independente mais regular e com maior visibilidade pública em Portugal. Tem como objectivos basilares a promoção da bibliodiversidade e a luta contra o monolitismo cultural.
É um projecto vivo e multifacetado: partindo de uma lógica de espaço de comércio cultural alternativo e justo, tem dado visibilidade a inúmeros editores independentes, artistas gráficos e artesãos e promovido diversos eventos geradores: exposições de artes gráficas, workshops de serigrafia e tipografia, concertos, publicações, cinema de animação,…
Ao longo das suas edições concentradas sobretudo em Lisboa (mas com visitas esporádicas a Palmela, Oeiras, Seixal, Porto e Coimbra), a Feira Laica tem assumido um lugar improvável na vida cultural portuguesa enquanto espaço de encontro entre os criadores e o público, numa lógica que permite a aquisição de bens culturais e criações artísticas ou artesanais, sem a existência de intermediários.
A feira é organizada por um pequeno grupo informal de editores e criadores que funcionam como foco galvanizador de uma comunidade criativa muito mais abrangente».
Destinada a um «público não determinado com interesse pela banda desenhada, ilustração, literatura, música, impressão e a edição independente em geral. Os mais pequenos também têm o seu espaço próprio com a Mini-Laica (uma feira organizada pelas crianças), contadores de histórias e outras actividades», a Laica existe «desde 2004, sendo repetida duas vezes por ano, uma no Verão (tradicionalmente na Bedeteca de Lisboa) e outra no período de Natal saltitando nos espaços lisboetas que acolhem actividades de teor Do-It-Yourself».
O objetivo desta feira é «criar um momento catalisador de novidades editoriais, de encontro entre editores independentes entre si e o público, de reflexão sobre a actividade criativa e editorial, de promoção de artistas gráficos e músicos», participando nela «editores independentes, ilustradores, autores de bd, músicos, realizadores de filmes, impressores, … nacionais e estrangeiros – no passado já nos visitaram os colectivos Glömp (Finlândia) e Stripburger (Eslovénia), autores Alberto Corradi (Itália), Mike Diana (EUA), Albert Foolmoon (França), Nevada Hill (EUA) e Guillaume Soutlages (França), e ainda as Ediciones Valientes (Espanha), Wormgod (Suécia) e Milk+Wodka (Suíça).
No campo musical já participaram projectos como Samizdata Club (evento da Thisco), Traumático Desmame, Lobster, Tiago Guillul / Lacraus, Filipe Leote, Rita Braga, Nevada Hill (EUA), Travassos, Gabriel Ferrandini, Nuno Moita, Pedro Sousa, Filho Único DJ Set, I Had Plans, Kill Me Tomorrow (EUA), Filipe Felizardo, Filho Da Mãe, Amon Düde (Finlândia), Riding Pânico, Goran Titol, Rudolfo, etc…».
Na Laica podem-se comprar fanzines, livros, discos (CDs e vinis), serigrafias, zines, livros de autor, k7s, entre outros objectos e artefactos que desafiam as prateleiras convencionais das livrarias.
A Laica promove ainda eventos, como por exemplo a exposição itinerante de nome impronunciável åbroïderij HA! que percorreu os Maus Hábitos (Dez’08), Casa da Animação (Jan/Mar’09), Biblioteca de Abrantes (Abr’09), Festival Outfest (Mai’09), Bedeteca de Beja (Fev’10), Chiado Afterwork (Mai’10) e Claustros do Instituto Politécnico de Setúbal (Jun’10), concertos, a Mini-Laica; murais, cinema de animação e workshops.
Por: Feira Laica/AVE
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