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    Arquivo: Edição de 30-06-2011

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    Álvaro Mendonça, 1943-2011

    Foto ARQUIVO MANUEL VALDREZ
    Foto ARQUIVO MANUEL VALDREZ
    Álvaro Mendonça de Sousa nasceu na freguesia da Vitória, Porto, em 09 de janeiro de 1943, tendo falecido no Porto em 22 de junho de 2011.

    Foi casado com Maria Fernanda Magalhães, com quem criou duas filhas, Carla Celeste Sousa, professora e Rute Sousa, enfermeira.

    Viveu no Porto até 1986, altura em que se fixou na freguesia de Ermesinde.

    Fez a instrução primária na freguesia da Vitória e prosseguiu para a Escola Técnica Elementar Gomes Teixeira entre 1954-56. Posteriormente ingressou na Escola Comercial Oliveira Martins, onde concluiu o Curso Geral de Comércio. Em 1980 iniciou a frequência do Curso de Economia na Universidade do Porto, sem nunca o ter concluído, ficando pelo 4º Ano.

    Cumpriu serviço militar em Lisboa e nas Caldas da Rainha, entre 1965/66, ano em que foi recrutado para a Guerra Colonial, tendo estado em Bissau como furriel miliciano, na Manutenção Militar, entre 1966/68.

    Tendo por base a sua formação inicial como técnico oficial de contas, exerceu a sua profissão em algumas empresas, como a Marol e Turcopóvoa (já extintas), Arquigrupo e EDP, onde trabalhou cerca de duas décadas (e da qual veio reformado).

    Foi colaborador no “Jornal de Notícias” entre 1988 e 2006, nas áreas de Palco/Cultura e do Desporto (ginástica, esgrima, futsal) e do jornal o “Boavista”, entre os anos de 1989 e 1994. Recebeu algumas distinções federativas e clubistas, pelas funções que exercia.

    Autodidata, amante das palavras, da escrita e da Língua Portuguesa, tinha entre os seus autores preferidos Miguel Torga, José Saramago, Fernando Pessoa e seus heterónimos, Sophia de Mello Breyner Anderson, Natália Correia, Ary dos Santos e Eugénio de Andrade. É aliás deste último, um dos seus poemas preferidos, “Poema à mãe”.

    Foi fundador da Ágorarte – Associação Cultural e Artística, exercendo as funções de presidente da Mesa da Assembleia Geral e membro da Direção, entre 2005 e 2010. Colaborou na fundação da Universidade Sénior de Ermesinde. No âmbito da Oficina das Letras e doutras iniciativas da Ágorarte, dinamizou e participou em diversos saraus e eventos culturais, nomeadamente de poesia.

    Com o maestro José Atalaya, na rádio, aprendeu a ouvir e a perceber a música. Desde essa fase (que não mais largou) cultivou esse prazer, aprofundando a sua aprendizagem à posteriori.

    Entre 1998 e 2005 integrou o Círculo Portuense de Ópera (CPO) e posteriormente o Coro da Sé Catedral do Porto, participando em inúmeros espetáculos/eventos nacionais, interpretando diversos autores como Dvorak, Poulenc, Bruckner, Haydn, etc.. Destacam-se a gravação de um CD, “Um Natal Português”, com o maestro Osvaldo Ferreira, editado em 2004, e a participação em algumas óperas levadas à cena no Coliseu do Porto como “Nabucco”, de Verdi; “Carmina Burana”, de Carl Orff; “Norma”, de Bellini; “Falstaff”, de Verdi e “La Bohéme”, de Puccini.

    Para além da música lírica e clássica, onde se encontram alguns dos seus autores preferidos como Puccini, Bach, Chopin e Mozart, tinha igual predileção por Adriano Correia de Oliveira, José Afonso, José Mário Branco, Manuel Freire (com quem o confundiram dezenas de vezes), Fernando Tordo, Carlos do Carmo, etc..

    Sem filiação partidária, era um homem de fortes convicções, defensor da liberdade e de princípios humanistas como a solidariedade, igualdade e fraternidade. Perfecionista por natureza, a cordialidade, o respeito, a amabilidade, o sentido de justiça, a generosidade, sagacidade e inteligência eram alguns dos seus atributos.

    Com especial adoração pelo Porto, pela sua história e pelas suas personagens mais relevantes nas diversas áreas, sorvia toda a literatura disponível sobre os temas, nomeadamente biografias, integrando vários roteiros/visitas guiadas pela cidade.

    Apaixonado pela natureza, procurava conjuntamente com a família o refúgio e a tranquilidade nos parques naturais/biológicos, junto das plantas e dos animais.

     

     

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