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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 15-05-2011

    SECÇÃO: Local


    CARTAS AO DIRETOR

    O Andante e o apeadeiro da Travagem

    Sra. diretora

    Venho por este meio pedir a vossa atenção para o descontentamento sentido relativo a uma situação de desfalque que as zonas do tarifário intermodal “Andante” dos Transportes Intermodais do Porto provocam na zona andante C9.

    De acordo com o relatório de sustentabilidade de 2007 /2008 realizado pelos Comboios de Portugal, «a criação deste serviço de proximidade com o público [primeiro centro de mobilidade do país] é determinante para tornar visível o espírito de complementaridade dos transportes públicos e a diversidade da oferta». No entanto, desde a instauração do sistema de bilhética sem contacto “Andante” nos comboios urbanos do Porto, o espírito de complementaridade não se tem vindo a sentir de forma eficaz.

    No jornal diário “Destak” de 26 de outubro de 2009 (http://www.destak.pt/docs/1171/porto.pdf) foi publicada a notícia que o sistema de bilhética sem contacto “Andante” chegaria ao apeadeiro da Travagem durante o ano de 2009. Essa mesma informação foi-me transmitida na sequência de uma reclamação que efetuei («esta situação aplica-se diretamente ao apeadeiro da Travagem, pelo que terá uma solução em breve, mas só após a consolidação e estabilização do sistema “Andante” entre Valongo e Espinho, o que ocorrerá ainda este ano»), assim como a diversos organismos, como a Junta de Freguesia de Ermesinde e a Assembleia Municipal de Valongo.

    A minha questão prende-se com o facto de já ter decorrido 1 ano e quatro meses desde o prazo que a CP assumiu com os seus clientes para resolver esta situação e ainda nada foi feito. Este erro, a meu ver, é altamente discriminatório, como já referi em situações anteriores.

    Atualmente, dentro das zonas “Andante” podem-se utilizar os serviços prestados pela empresa do Metro do Porto, da STCP, de operadores privados que estejam ligados à rede intermodal e dos comboios urbanos do Porto.

    No entanto, os serviços do comboio urbano do Porto apenas se podem utilizar entre Valongo e Espinho, estando aqui abrangidas todas as estações entre os dois troços, incluindo Porto São Bento e Ermesinde.

    O meu descontentamento e revolta, atendendo ao tempo que tem vindo a passar sem uma solução à vista, prende-se com a não possível utilização dos comboios urbanos em toda a zona C9. Nessa zona existem quatro estações: Águas Santas/Palmilheira, Ermesinde, Cabeda e Travagem. No entanto, apenas só três delas estão integradas no sistema “Andante”, já que se privilegiou as linhas dos comboios e não o crescimento geográfico, neste caso ligado às zonas “Andante”. Assim, em todas as estações abrangidas pela zona C9, sem exceção, a utilização dos comboios urbanos através de tarifário “Andante” deveria ser possível. O sistema da CP deveria ter crescido segundo as áreas geográficas “Andante”, determinadas pelos TIP (Transportes Intermodais do Porto) e não pelas linhas da CP. Só assim a intermodalidade tem sentido. Nesse contexto é caricata a possibilidade de viajar em autocarros desde a estação da Travagem, mas a utilização dos comboios estar negada.

    O departamento de Marketing Operacional da CP (Dr. António Rui Marques), a 27 de outubro de 2009 escrevia que «o alargamento das zonas de abrangência do título “Andante” está também dependente de alguns fatores, nomeadamente a implementação e alargamento do sistema de bilhética sem contacto, essencial para a utilização deste título intermodal, que no caso da CP exige a instalação nas estações abrangidas de equipamentos de venda automática, validadores de títulos e equipamento de venda manual nas bilheteiras.

    Esta situação aplica-se diretamente ao apeadeiro da Travagem, pelo que terá uma solução em breve, mas só após a consolidação e estabilização do sistema “Andante” entre Valongo e Espinho o que ocorrerá ainda este ano».

    Assim, e atendendo que o sistema de bilhética sem contacto foi já instalado na rede da CP e uma vez que já estamos em maio de 2011 espera-se que a correção do problema seja finalmente resolvida.

    Peço ainda que haja uma efetiva comunicação entre os TIP (Transportes Intermodais do Porto) e a CP (Comboios de Portugal) para que não ocorra o efeito bola pingue-pongue já sentido:

    Ana Ramos, da Linha Andante (TIP) comunica a 23 de outubro de 2009 que «no que concerne à mesma, somos a informar que o assunto exposto deve ser remetido para a CP, uma vez que cabe ao operador a responsabilidade de submeter à apreciação do TIP toda e qualquer proposta para integração de novas linhas/estações». Enquanto o departamento de Marketing Operacional da CP (Dr. António Rui Marques), a 27 de outubro de 2009 escrevia: «O sistema de bilhética sem contacto “Andante” da Área Metropolitana do Porto é gerido pela TIP - Transportes Intermodais do Porto, a qual é composta pelas empresas CP, STCP e Metro do Porto. O processo de adesão ao sistema pelos operadores de transportes e respetiva abrangência territorial é voluntário, procurando o TIP assegurar a coerência na sua expansão».

    Deste modo, pretende-se que a CP minimize o seu atraso, alterando este pormenor de forma célere e eficaz, a fim de encontrarmos finalmente um desfecho para a discrepância existente. Note-se que esta situação existe desde a data em que o sistema “Andante” foi implementado nos comboios urbanos do Porto e ainda sem um fim à vista.

    Atentamente,

    Tiago Ascensão

     

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