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    Arquivo: Edição de 30-11-2010

    SECÇÃO: Destaque


    Comemoração de 25 anos ao serviço da formação profissional

    Festa no núcleo de Ermesinde do CENFIM

    Mais de uma centena de pessoas, entre as quais empresários, formadores, monitores, representantes das Câmaras Municipais de Valongo e de Amarante, de instituições locais, de entidades com quem existem parecerias, alguns dirigentes do Cenfim e outros convidados, compareceu à Conferência proferida pelo Dr. António Nogueira da Costa, sobre “Empresas Familiares – Desafios e Oportunidades” seguida de Jantar//Debate, com que os núcleos de Ermesinde e Amarante resolveram evocar a efeméride deste importante centro de ensino profissional.

    Foto CENFIM
    Foto CENFIM
    Eram cerca de 18 horas, do passado dia 10 de Novembro, quando começaram a chegar às novas instalações do Cenfim de Ermesinde os convidados para a solenidade evocativa dos 25 anos desta Instituição. À medida que as pessoas iam chegando eram brindadas com algumas ofertas alusivas ao Cenfim, entre as quais importa destacar o livro “CENFIM – 25 Anos a Qualificar (1985-2010)”, que regista toda a história deste Centro Profissional. Meia hora depois encheu-se completamente o respectivo Auditório para, comemorando as “bodas de prata” da Instituição anfitriã, se assistir a uma interessante palestra, em que o Dr. António Costa falou dos desafios e das oportunidades que se colocam às empresas familiares.

    Antes, contudo, constituiu-se a mesa da sessão, onde tiveram assento, para além do palestrante, o director do Núcleo do Cenfim de Ermesinde e de Amarante, António Luís, e o director do Cenfim, Manuel Pinheiro Grilo.

    Em jeito de boas vindas, Manuel Grilo falou do programa da comemoração dos 25 anos da Instituição Educativa que dirige, que acabou por sofrer remodelações, com o cancelamento de alguns eventos, com a intenção de reduzir custos, dada a actual situação de crise que se vive no país e que também se repercute no Cenfim.

    Recordou a constituição formal do CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, em 15 de Janeiro de 1985, quando foi assinado um protocolo que teve como outorgantes o IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional)), a AIMMN (Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos do Norte), a AIMMS (Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos do Sul) e a ANEMM (Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas).

    Desde então o Cenfim não tem parado de crescer, tendo actualmente 13 núcleos: Amarante (um dos mais recentes), Arcos de Valdevez, Caldas da Rainha, Ermesinde, Lisboa, Marinha Grande, Oliveira de Azeméis, Peniche, Porto, Santarém, Sines, Torres Vedras e Trofa.

    Seguiu-se, no uso da palavra, António Luís, na qualidade de director dos núcleos de Ermesinde e Amarante. Referiu-se, primeiro, ao núcleo desta cidade, fundado em 1988, e instalado no antigo edifício onde funcionou a Escola Secundária de Ermesinde na Formiga que, a partir de 1992, tem beneficiado de sucessivas obras de remodelação, podendo hoje as actuais instalações ser consideradas modelares, após a anexação da ESTEM-Ermesinde no ano passado. Este núcleo tem estabelecido parcerias e cooperado com diversas entidades, nomeadamente com o ensino Superior (ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto e FEUP), Câmara Municipal, Escolas do Ministério da Educação do concelho de Valongo e até instituições europeias. Tem assento no Conselho Municipal da Educação de Valongo e no Conselho Geral do Agrupamento de Escolas António Ferreira Gomes.

    Devidamente certificado por várias entidades, o Cenfim muito tem contribuído para a qualificação de jovens e trabalhadores da região, tendo passado pelas suas instalações milhares de formandos. O futuro deste estabelecimento de ensino profissional é tido como uma certeza e rumando sempre para um melhor desempenho na concretização dos seus objectivos de continuar a qualificar bem.

    O NÚCLEO

    DE AMARANTE

    Falou depois de um dos mais recentes núcleos do Cenfim, o de Amarante que também dirige desde a sua fundação em Dezembro de 2008. Tem funcionado em estreita colaboração com a autarquia local (Câmara de Amarante), com as empresas da região, com a Agência de Desenvolvimento Regional entre Douro e Paiva, Agência de Desenvolvimento Regional entre Douro e Tâmega e Parques EDT. Este núcleo após algumas obras de adaptação instalou-se nas antigas dependências industriais da empresa Tabopan e utilizou muito do equipamento dos Centros do IEFP do Porto e de Santarém, depois de devidamente recuperado por formandos e monitores do núcleo de Ermesinde.

    António Luís terminou a sua intervenção referindo algumas dificuldades criadas ao nível do financiamento para reforma das instalações e da reforma do ensino profissional que retém os jovens na escolas do ME até ao 12º Ano, mas acreditando num futuro melhor, e afirmando serem gratificantes estes 25 anos a qualificar. Agradeceu a presença de todos, a importância dos agentes que intervêm no processo formativo e também a António Nogueira, o orador convidado.

    O conferencista, falando dos Desafios e Oportunidades das empresas familiares, começou por caracterizar este tipo de empresas, identificando os principais desafios e oportunidades que enfrenta. Numa linguagem acessível, falou do protocolo familiar enquanto ferramenta de apoio à continuidade nessas empresas dos elementos das famílias e de situações concretas em que surgem problemas. Numa empresa familiar, para além da ligação profissional e de interesse económico há um vínculo emocional e afectivo que pode fazer perdurar a empresa, mas nalguns casos pode também levá-la ao fim, sobretudo na 3ª ou 4ª geração. Tratou, com bastante profundidade, a questão da sucessão na gestão deste tipo de empresas.

    Como não podia deixar de ser, fez alusão à crise actual que se vive em Portugal, para afirmar que «os políticos não sabem qual a saída para a crise, têm de ser as empresas a descobri-la, pois também foram elas a descobri-la antes dos políticos!». Acerca da crise acrescentou ainda que as crises estão na origem do progresso, porque aguçam o engenho dos inventores e dos técnicos que hão-de engendrar maneira de sairmos dela.

    O assunto da interessante conferência foi o mote para o jantar debate que se seguiu nas instalações da cantina do Cenfim de Ermesinde, com que terminou a comemoração dos 25 anos que o Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica leva a qualificar os recursos humanos da sua área de actuação.

    Por: AVE

     

     

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