MIT – MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO 2010
Em fuga...
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Foto MANUEL VALDREZ |
Quando, em 2009, esta peça foi mostrada ao público escrevemos (“AVE”, 30 Abril):
«(...) Tomando por tema as Invasões Francesas de há precisamente 200 anos – [“Invasão”] exprime bem essa volúpia de fazer teatro (...) de uma forma a um tempo rigorosa e apaixonada, engenhosa e altamente insidiosa, na construção do gosto (lenta lentamente) do público do município, e na reposição de uma verdade além da conveniência dos poderes estabelecidos.
É certo que esta peça assenta muito no texto do dramaturgo – que conta a estória de um professor de História próximo da jubilação – e cuja fidelidade aos acontecimentos do passado lhe exige mostrar aos seus alunos não apenas um Napoleão arrogante (isso aqui e fácil), mas também um D. João VI acobardado, uma D. Maria I néscia e beata, além de outras personagens que representam muito bem o estado das relações das pessoas entre si e destas com o planeta (como são o Índio Comelambe, o Feijão Escurinho, ou o Piolho de Cabeça Real)» e por aí fora (ver http://www.avozdeermesinde.com/noticia.asp?idEdicao=164&id=5396&idSeccao=1603&Action=noticia).
O que Júnior Sampaio agora fez foi tornar o espectáculo mais portátil e “fácil”. Mas com um preço, para nós, elevado, é que lhe retirou alguma acutilância, e se acomodou de forma mais conveniente a um certo gosto “patriótico” que antes até se podia sentir ofendido!...
Por:
LC
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