MIT – MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO 2010
Uma viagem pela vida...
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Foto MANUEL VALDREZ |
O ACERT trouxe ao MIT 2010 uma peça em que a palavra e a música tinham um lugar de destaque.
Muito poética e transbordante de serenidade, “Sopros” é «uma viagem pelo universo poético em que celebramos a vida, com a certeza de que “somos da terra e a terra é nossa”», como se podia ler na sinopse do espectáculo presente no programa do MIT deste ano.
Com direcção artística, dramaturgia e interpretação de César Prata e Sanda Santos, a música (também de César Prata, que cantou e bem!) teve aqui um lugar muito especial precisamente como veículo da poesia que habita “Sopros”.
Outra ideia presente na sinopse do programa do MIT presta-se a traçar um retrato da peça que lhe cai muito bem: «(... uma história sobre a vida, assente na ideia de que “uma vida só tem história do princípio para o fim, se a tiver do fim para o princípio»
Apesar de tudo, e pese o facto de ter sido um bom espectáculo, que dignificou o MIT, houve qualquer coisa que faltou em “Sopros”: não a música, não a poesia, não a interpretação, não a luz (Paulo Neto), não a cenografia, mas uma certa aventura que pudesse levar a peça ainda mais além.
Assim quase se pode dizer que “Sopros” marca um pouco do que foi esta edição do MIT, um pouco frouxa e sem arrebatamento.
De qualquer modo, algumas ideias em “Sopros” são um achado, como por exemplo o seu esplendoroso início, em que as vozes dos actores desenham os sopros do vento e da vida, como se fossem um dealbar da própria humanidade.
Por:
LC
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