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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-11-2010

    SECÇÃO: Destaque


    MIT – MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO 2010

    Colheita de 2010 foi duvidosa

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    Decorreu no Fórum Cultural de Ermesinde, com espectáculos de 17 a 27 de Novembro, a décima-terceira edição do MIT – Mostra Internacional de Teatro 2010.

    Mais uma vez o certame estendeu-se por cerca de dois fins--de-semana (desta vez com espectáculos na quarta, quinta, sexta e sábado na primeira semana, e quinta, sexta e sábado na segunda), e contou ainda com espectáculos dirigidos ao público infanto-juvenil (desta vez uma versão da “Invasão”, de Júnior Sampaio, adaptada para maiores de 12 anos (já que o espectáculo no período de café-concerto, a partir da mesma peça, era para maiores de 16), e a habitual oficina de formação teatral, dada no Centro Cultural de Campo, desta vez a cargo da companhia brasileira Cia Cênica.

    Destaque também, e muito positivo, para a merecidíssima homenagem a João Lóio, e nisto não há que enganar, o critério que o ENTREtanto tem mostrado ao longo de mais de uma dezena de anos merece o nosso aplauso.

    Todavia, e sendo certo que estamos em maré de fortes constrangimentos financeiros e mesmo que nem todos os anos são iguais, é de notar que a afluência do público ao MIT terá sido uma das mais baixas – mas disso não pode culpar-se nem a Câmara nem o ENTREtanto –, mas a verdade é que a maldição do n.º 13 parece mesmo ter tomado conta do MIT deste ano, naquela que foi uma das suas mais pobres edições.

    E não falamos aqui do custo das produções – vejam-se os excelentes espectáculos “A Vida Dura”, com Quico Cadaval, contador de histórias, ou “Alandelão de la Patrie”, com José Rosa, ambos no período de café-teatro, depois do espectáculo “principal”, ou mesmo da já referida “Invasão” (versão MIT 2010) de Júnior Sampaio, espectáculos de elevada portabilidade, e por isso mesmo de produção relativamente modesta. Aliás, a nosso ver, a substituição deste segundo espectáculo (período do café-teatro), em edições anteriores muito disputado por outras artes performativas além do teatro (como a música ou a stand up comedy, por exemplo) não nos pareceu ter afectado muito o certame, antes pelo contrário, trazendo mais teatro ao MIT.

    O pior foram os espectáculos na sala principal. Exceptuando deste comentário a actuação dos be-dom, com a sua incrível música de percussão, a generalidade dos espectáculos teatrais esteve abaixo do que é habitual no MIT, destacando nós de todo o festival deste ano, sobretudo uma peça que nos pareceu acima de tudo o mais, “Sapiens Sapiens Sapiens”, pelo grupo espanhol Arrepentimentos de Padrón, quer pela criação e dramaturgia de Gominola de Can e José Dias, respectivamente, quer pela cenografia (Isaac Piñeiro), quer pela interpretação (Antón Coucheiro e Borja Fernández).

    Por: LC

     

     

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