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    Arquivo: Edição de 15-11-2010

    SECÇÃO: Destaque


    40 ANOS DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE ERMESINDE

    O eterno encanto dos brinquedos de outros tempos

    O início da tarde do dia 5 foi reservado a uma viagem ao tempo dos nossos pais e avós, e muito em particular ao mundo encantado dos brinquedos daquela época. Para falar deste tema a Escola Secundária de Ermesinde (ESE) convidou José Manuel Soares, conhecido professor de Fotografia na Escola EB 2,3 de Valongo, que mais do que um profundo conhecedor e colecionador de brinquedos antigos, se revelou um eterno apaixonado por estas relíquias que fizeram as delícias dos nossos antepassados.

    Em “Brinquedos com História Dentro” - assim se intitulou a palestra do orador – José Manuel Soares teve a espinhosa missão de abrir as portas do mundo da fantasia de outrora às novas gerações. E dizemos “espinhosa” porque não é fácil prender a atenção de aproximadamente uma centena de alunos do 7º Ano durante pouco mais de uma hora entre as quatro paredes de um auditório. Mas com uma boa dose de paciência – para com os meninos e meninas mais indisciplinados – o entusiasmo do orador levou o seu barco a bom porto, dando asas a uma viagem pela história dos brinquedos antigos. Consigo trouxe exemplos de brinquedos de duas gerações diferentes, a sua e a dos seus filhos, e se na vida destes últimos o brinquedo que marca a sua geração é um game boy na de José Manuel Soares os carrinhos de chapa são, sem margem para dúvidas, a atração principal. «Os brinquedos têm história, eles dizem muito acerca das diferentes épocas em que surgiram. Eu continuo a ter prazer em ter os meus brinquedos, embora já não brinque com eles», gracejou o orador.

    José Manuel Soares faria posteriormente as delícias de alguns dos presentes no auditório da ESE ao desfilar algumas das suas verdadeiras peças de arte infantil, portadoras de 30, 40, 50, ou mais anos de história. Algumas delas in loco, outras através de uma apresentação digital, uma vez que a colecção do visitante é por demais vasta e rica, sendo que alguns brinquedos, pela sua longevidade. poderiam estragar-se durante a viagem para a ESE.

    E precisamente por estar na nossa cidade lembrou – ou deu a conhecer à maior parte da jovem plateia – que esta foi em tempos uma terra de brinquedos, daqui eram eles fabricados para todas as partes do País, como são exemplo os populares carrinhos de chapa. Uma dessas relíquias – personificada num belo comboio de chapa – data de 1914, e presume-se, nas contas do orador, ter sido dos primeiros brinquedos a ser fabricados em Ermesinde.

    Faria uma alusão aos brinquedos de diferentes épocas em diversos países, mostrando exemplos da Alemanha e da França, sendo que no caso dos primeiros recordaria os soldadinhos de chumbo trazidos ao Mundo na época da 2ª Grande Guerra Mundial. E recordaria também o forte crescimento que Ermesinde teve com o passar dos anos no sector dos brinquedos, com o surgimento de fábricas e fabricantes em catadupa, casos da JAJ, Fábrica de Plásticos Moura, ou do “artesão” Armindo Moreira Lopes.

    Mas nem só de chapa nasceram os brinquedos das gerações passadas. Durante a guerra, contou José Manuel Soares, a necessidade de construir armas levou a que os brinquedos fossem confeccionados a partir de pasta de papel sem que, no entanto, perdessem o seu encanto. Brinquedos há que são eternos, o mesmo é dizer continuam a ser fabricados nos dias de hoje, embora com diferentes materiais, como é o caso da bola, ou moldados de maneiras distintas, como o lego.

    A terminar José Manuel Soares lançou um desafio à plateia, que fossem também eles capazes de construir um brinquedo pegando numa simples folha de cartolina, num lápis, e num fio de cordel. Entusiasmados os mais novos dariam vida a um pequeno pássaro dentro de uma gaiola.

    Por: Miguel Barros

     

     

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