SECÇÃO: Destaque

40 ANOS DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE ERMESINDE

Uma instituição escolar de referência

Com uma cerimónia realizada na manhã do dia 2 de Novembro, no seu auditório, a Escola Secundária de Ermesinde (ESE) deu início às comemorações do seu 40º aniversário. Usaram da palavra e por esta ordem, o director da escola, Álvaro Pereira, o presidente da edilidade, Fernando Melo, e António Leite, actual responsável máximo pela DREN (Direcção Regional de Educação do Norte).

No início foi projectado um filme, sobre os 40 anos da ESE, e em particular sobre o conturbado início do seu percurso histórico.

Estiveram ainda presentes, entre outros, o vice-presidente João Paulo Baltazar, a vereadora Maria Trindade Vale, o presidente da Direcção da Associação de Pais, Francisco Silva, e o tesoureiro da Junta de Freguesia de Ermesinde, em representação do presidente, Romeu Maia.

Fotos URSULA ZANGGER

Começando por saudar, em particular, o director da escola e o presidente da Câmara, António Leite elogiou o trabalho deste estabelecimento de ensino, que considerou uma referência, mesmo funcionando como até aqui, em circunstâncias difíceis. Como exemplo paradigmático referiu a disciplina de Educação Sexual. E por isso, anunciou uma, embora esperada, mais que merecida prenda deste 40º aniversário, a requalificação da escola.

Prolongando os elogios apontou que a Escola Secundária de Ermesinde tem sido exemplar na promoção da equidade (respeitando a diferença, mas concedendo e exigindo direitos e deveres iguais para todos), no esforço para dar mais respostas aos que precisam de maior apoio, «de ser mais capaz para os que podem menos», um exemplo que dá há várias décadas.

Referiu depois a importância da memória, porque às vezes somos lestos a criticar mas lentos a elogiar, e destacou o trabalho de muita gente, professores, alunos, funcionários, pais, comunidade.

E terminou qualificando a escola de «espaço de acesso ao saber, que tem que ser cada vez mais democratizado e para todos».

Fernando Melo, cuja presença inicial se fez tardar, começou por falar da manhã de azar que o perseguiu. É que depois de apoquentado por um problema no pé direito que o impedia de conduzir, como habitualmente, e ter de recorrer obrigatoriamente ao seu motorista, este «esbarrou-se», provocando assim o sempre indesejável atraso.

Sobre a Escola Secundária de Ermesinde (ESE) referiu a longa e frutuosa colaboração com Álvaro Pereira, e deu os parabéns por estes 40 anos de existência.

Álvaro Pereira, por sua vez, agradeceu aos presentes e manifestou o seu reconhecimento pela disponibilidade e prontidão com que respondiam aos desafios os alunos, professores e funcionários da ESE.

Lembrou o início da escola, então dirigida por Vítor Duarte, a 2 de Novembro de 1970, com 150 alunos e 15 professores. A luta pela construção da nova escola, em 1986-87, mas inaugurada oficialmente só em 1989.

Falou da via actual, dos projectos diversificados, de que deu como exemplos o ensino das Novas Tecnologias e o Centro Novas Oportunidades, salientou a colaboração com a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, o Centro Social de Ermesinde, várias faculdades e outras entidades. E considerou ser justo qualificar-se a ESE de instituição educativa de referência.

Reivindicou depois junto deste, ali ao pé, três quadros interactivos e mais alguns computadores.

Finalmente, agradeceu a todos quantos tinham fornecido materiais para tornar possível esta comemoração tão bem documentada e referiu, especificamente Jacinto Soares, José Manuel Pereira e Maria Trindade Vale.

No filme projectado no início da sessão, cuja montagem se deve a Francisco Silva, presidente da Direcção da Associação de Pais da Escola Secundária de Ermesinde (APESE), puderam ver-se as primeiras notícias de “A Voz de Ermesinde” referentes à criação da então Escola Técnica (comercial e industrial).

Entre os frames do filme algumas curiosidades, como o boicote à passagem dos camiões do lixo da Comissão de Luta contra os Fumos e Maus Cheiros da Fertor.

Nesses anos que já lá vão (felizmente!|), pessoas e carros ficavam, por vezes, perdidos, no meio dos fumos, mesmo às horas do princípio da tarde, quando não se via um palmo à frente do nariz, ali nas imediações da escola, na zona da Formiga.

Em 1984-85 iniciava-se a primeira fase da construção da actual escola, que viria três anos depois, finalmente, permitir o abandono do barracão na Formiga. Referência também, por exemplo, àquele que foi o primeiro director na nova escola, Luís Gouveia, que é ainda colaborador (embora esporádico) de “A Voz de Ermesinde”. Uma última nota para a visita, em 1989, do então ministro da Educação, Roberto Carneiro.

Uns apontamentos de música e poesia, por parte de alunos da ESE, abrilhantaram o evento.

O PROGRAMA DAS

COMEMORAÇÕES

Foto MANUEL VALDREZ

No dia 3 exibições de Ragga Jam, uma conferência de Jacinto Soares a alunos do 9º Ano: “A(s) História(s) da ESE” e ainda “Memórias: antigos alunos dos cursos nocturnos”.

No dia 4 uma exibição de Hip Hop e um nova conferência de Jacinto Soares, “ESE: uma história com quarenta anos”.

José Manuel Soares foi o conferencista do dia 5, com uma palestra dirigida aos alunos do 7º, no dia 5: “Brinquedos com histórias dentro”.

O dia terminou com o workshop “Gestão do Stress”, que se realizou no auditório da Junta de Freguesia.

Por fim, no dia de encerramento, sábado, 6 de Novembro, realizou-se um jogo de futebol entre antigos alunos e professores, um almoço de convívio e a constituição (finalmente) dos corpos directivos da Associação dos Antigos Alunos da Escola Secundária de Ermesinde.

Das conversas de Jacinto Soares e José Manuel Soares damos notícia nas peças seguintes deste jornal.

Por: LC