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    Arquivo: Edição de 15-11-2010

    SECÇÃO: Destaque


    Entrevista ao jornal “A Voz de Ermesinde”

    Foto URSULA ZANGGER
    Foto URSULA ZANGGER
    “A VOZ DE ERMESINDE” (AVE) – Francisco Lopes, que propostas o distinguem dos outros candidatos?

    FRANCISCO LOPES (FL) – Nesta situação difícil, são propostas para promover a ruptura e a a mudança para o terreno de uma afirmação política patriótica de esquerda, que contribua para o desenvolvimento, justiça e progresso social, que persista na defesa da Constituição.

    Entendo que o poder do Presidente da República deve apontar no sentido de apoiar as medidas para que Portugal se possa desenvolver, apostado na produção nacional, e no aproveitamento das potencialidades do País e aumento das exportações.

    O País deve avançar no investimento público no sector empresarial do Estado, a par do apoio e estímulo às pequenas e médias empresas.

    Deve valorizar o trabalho, com salários e pensões que contribuam também como estímulo, e é indispensável o reconhecimento dos serviços públicos na educação, na saúde, na segurança social.

    A riqueza produzida não pode continuar a alimentar os lucros da banca, a especulação, a dependência face ao estrangeiro, enquanto se agravam as condições de vida.

    Assumo a necessidade da criação de postos de trabalho, com respeito pelos direitos, assumo a defesa da democracia e da soberania nacionais.

    AVE – Que expectativas tem na luta social? Acha que ela pode fazer recuar as medidas de austeridade impostas pelo Orçamento de Estado?

    FL - A luta é determinante para enfrentar este rumo de recessão, com maiores lucros para a banca, de injustiça social, de empobrecimento dos trabalhadores . Por isso valorizo a importância da manifestação da Função Pública, a manifestação do dia 20 contra a NATO e a greve geral de 24 de Novembro.

    AVE – Preocupam-no até que ponto as medidas xenófobas que estão a ocorrer mesmo no quadro das democracias ocidentais?

    FL – As políticas xenófobas e racistas estão ao serviço do grande capital e do retrocesso social e agravamento das condições de vida de todos. A melhor forma de combater isto é pela afirmação de um projecto alternativo de emprego e justiça social para todos os trabalhadores, independentemente da sua nacionalidade ou etnia.

    AVE – Que alinhamentos internacionais entende que Portugal deveria assumir em substituição da presença incondicional na NATO?

    FL - Portugal deve bater-se por uma política de paz e cooperação, por um sistema internacional de segurança que defenda os direitos dos povos e das nações. A NATO e a alteração dos seus conceitos estratégicos insere-se numa linha de agressão que põe em causa a paz no mundo.

    AVE – A aproximação a uma base popular de esquerda, descontente, no seio do PS, é uma das razões apontadas mais ou menos internamente pelo Bloco de Esquerda para apoiar a candidatura de Manuel Alegre. Acredita que ainda exista essa corrente de esquerda no PS? Pretende encontrá-la na luta social de que falámos?

    FL – A nossa candidatura dirige-se a todos e a cada um dos portugueses, independentemente das opções que tomaram antes.

    A candidatura é aberta e corresponde à necessidade de ruptura, pelos valores de Abril e por um Portugal de futuro.

    Quanto ao BE toma as opções que toma, decidiu agora de forma diferente, mas Manuel Alegre é o que é, o candidato do PS, com um percurso de comprometimento com as condições políticas actuais do País, é o candidato do partido que está no Governo, é o candidato que afirma procurar salvar a continuidade da política do actual Governo. Ele não traduz a necessidade de mudança.

     

     

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