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    Arquivo: Edição de 15-11-2010

    SECÇÃO: Destaque


    Francisco Lopes de visita ao concelho

    O candidato às próximas eleições presidenciais lançado pelo PCP, Francisco Lopes, esteve no passado dia 31 de Outubro no Centro Cultural de Campo para um convívio com os seus apoiantes. Durante a iniciativa Francisco Lopes traçou uma perspectiva do que é e será a sua candidatura.

    Foto URSULA ZANGGER
    Foto URSULA ZANGGER
    Castanhas e vinho para aquecer numa tarde de chuva e vento em Campo, praça-forte do PC no concelho.

    Durante o encontro o candidato teceu algumas considerações sobre o momento que se vive.

    Começou por registar com apreço a recepção de que foi alvo e elogiou o processo de organização local da candidatura, que tinha já ultrapassado em muito as metas a que se tinha proposto.

    Criticou depois a postura de Cavaco Silva, com um «passado de decisões contrárias ao interesse nacional. Ao contrário disso, referiu, «o Presidente da República não faz leis mas tem poderes muito importantes que têm que estar ligados às preocupações do País, dos trabalhadores e do povo».

    Lembrou de seguida os mais de 700 mil trabalhadores no desemprego, e acusou aqueles mesmos que são responsáveis por desencadearem o desemprego de depois aparecerem com iniciativas de caridade. Não se podem transformar as pessoas em pedintes!, protestou.

    Denunciou ainda que os grupos económico-financeiros que mandam no País não têm deixado de aumentar os seus lucros.

    Ao mesmo tempo pioram os serviços públicos, as acessibilidades, os transportes, a educação.

    «Não precisamos de mais médicos? De mais auxiliares de educação? De mais profissionais de segurança?». Mas o orçamento está «ao serviço dos banqueiros e dos especuladores, com o apoio do actual Presidente da República (…) e a sua aprovação marca o início de uma nova fase de sacrifícios do povo português».

    Por sua vez, os candidatos, acusou Francisco Lopes, «não têm coragem de enfrentar os poderosos. Tudo é inevitável!».

    «Há uma exigência de ruptura e de mudança, de acordo com os valores de Abril», defendeu.

    E esclareceu que a sua candidatura é pela «defesa do cumprimento integral da Constituição».

    Apelou depois à participação dos trabalhadores nas greve da Função Pública e na greve geral de 24 de Novembro, e ainda à participação na manifestação anti--NATO, em Lisboa, no dia 20.

    Acusando por fim a candidatura de Manuel Alegre de ser «a candidatura do partido que está no Governo», afirmou que a sua «é a única candidatura que não está comprometida».

    «O que define as candidaturas é o seu percurso», atirou ainda. E precisou: «Cavaco Silva é o mais comprometido com a situação actual e a destruição do aparelho produtivo nacional.

    Quanto à «campanha contida» de Cavaco Silva comentou que, «só no seu lançamento, teve direito a duas horas de tempo de antena, o que a nossa campanha nunca terá».

    «A nossa candidatura é a candidatura do futuro de Portugal». E por fim: «É no dia 23 de Janeiro que se vê quem tem hipóteses»!

    E a plateia ovacionou: «Francisco avança, com toda a confiança!».

    No início do evento, Adriano Ribeiro, o deputado eleito pelo PCP à Assembleia Municipal, referiu a simbologia particular do local, que conserva a memória do trabalho nas minas, e lembrou quer o passado de miséria, quer o presente em que os meios de vida se tornam mais escassos e diminuem os apoios às vítimas das doenças profissionais. Adriano Ribeiro culpabilizou por isso os governos do PS e PSD e o actual presidente e candidato, Cavaco Silva.

    AS PALAVRAS

    DO MANDATÁRIO

    DISTRITAL

    Também João Torres, mandatário distrital de Francisco Lopes, proferiu umas breves palavras qualificando o candidato do partido, a que também pertence, como o «candidato da coerência, só com uma cara», e «o candidato da ruptura, contra a política de direita». «Esta é uma candidatura para meter o País no eixos», considerou. E terminou também com um apelo à participação na greve geral, depois de elogiar mais uma vez Francisco Lopes, um homem «cúmplice das reivindicações e da luta».

    Por: LC

     

     

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