SECÇÃO: Cultura

Ágorarte: IV Conferência de Ermesinde dedicada à poesia de Sophia de Mello Breyner

A preceder a conferência, será inaugurada pelas 15 horas, uma exposição de trabalhos dos alunos da Escola Secundária de Ermesinde e da Universidade Sénior de Ermesinde sobre Sophia de Mello Breyner.

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto, a 6 de Novembro de 1919 e faleceu em Lisboa, a 2 de Julho de 2004. Foi um dos nomes mais importantes da poesia portuguesa do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.

De origem dinamarquesa pelo lado paterno e criada na velha aristocracia portuense, educada nos valores tradicionais da moral cristã, foi dirigente de movimentos universitários católicos quando frequentava Filologia Clássica na Universidade de Lisboa (1936-39). Colaborou na revista “Cadernos de Poesia”, onde fez amizades com autores influentes e reconhecidos como Rui Cinatti e Jorge de Sena.

Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, denunciando o regime salazarista e os seus seguidores. Ficou célebre a sua Cantata da Paz "Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!".

Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu livro “Livro Sexto”.

Distinguiu-se também como contista (“Contos Exemplares”) e autora de livros infantis (“A Menina do Mar”, “O Cavaleiro da Dinamarca”, “A Floresta”, “O Rapaz de Bronze”, “A Fada Oriana”, etc.). Foi também tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da Academia das Ciências de Lisboa. Para além do Prémio Camões, foi também distinguida com o Prémio Rainha Sofia, em 2003.

CONFERENCISTAS

Serão intervenientes na Conferência o poeta e editor José Carlos de Vasconcelos e a investigadora Maria do Carmo Castelo Branco Vilaça de Sequeira.

José Carlos de Vasconcelos é director do “JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias”, e coordenador editorial da revista “Visão”.

Licenciado em Direito, iniciou a carreira em 1966 no “Diário de Lisboa”. Foi dirigente da Associação Académica de Coimbra e do Sindicato dos Jornalistas e deputado à Assembleia da República, eleito pelo extinto Partido Renovador Democrático. Foi também director-adjunto do “Diário de Notícias” e um dos fundadores de “O Jornal”, de que veio a ser director.

Chefiou a revista cultural “Vértice” e tem sete livros publicados, seis de poemas (sendo o mais recente “O Mar A Mar A Póvoa”) e um sobre liberdade de imprensa.

Maria do Carmo Castelo Branco Vilaça de Sequeira é licenciada em Filologia Românica, Mestre em Literaturas Românicas Modernas e Contemporâneas, pela Universidade do Porto, com uma dissertação sobre “Prosas Bárbaras – a germinação da Escrita Queirosiana”. Doutorada em Ciências da Literatura – Literatura Portuguesa com uma tese sobre “A Dimensão Fantástica em Eça de Queirós”, Maria do Carmo foi directora da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa.

Por: AVE