SECÇÃO: Local

CARTAS AO DIRECTOR

Com Ermesinde no coração

Isto não é crime ambiental? A par da decapitação das árvores de grande porte, com as podas assassinas, na nossa cidade tinham de juntar-lhe o abate indiscriminado das 27 inocentes e a decapitação das restantes no Largo da Feira Velha. Tão ignominiosas como estas aberrações sem sentido vem o facto de nos parecerem desastradas as afirmações referidas pelos responsáveis. O Sr. Presidente Melo parece ter afirmado que ia estudar a situação, mas no final fez como Pilatos, lavou dali as suas mãos. O Sr. Presidente Ramalho, mentor da triste obra, primeiro só abatia 17 árvores, o que já era condenável, depois cometeu o crime de abater as 27 com falso argumento de estarem apodrecidas, fazendo dos Ermesindenses palermas. Prometeu ir substituir as infortunadas (algures), tem imensos espaços onde morreram por falta de carinho e há muito deviam ter sido replantadas, e já agora um conselho: não plantem árvores de grande porte nos arruamentos. E plantar árvores nas baias de estacionamento nem ao diabo lembraria. E com um bocadinho de zelo só se plantariam dentro das cidades árvores de folha não caduca e de raízes que não estoirem com os passeios e canalizações. Não é verdade que houvesse falta de espaço para estacionamento no largo da feira. Era necessário um arranjo para melhor acesso ao Centro Social e um bom acesso aos bombeiros; seria preciso abater entre 6 a 8 árvores. Não este crime ambiental. Parece-me que o crédito do Sr. Presidente da Junta fica muito mal na fotografia. Estranho é que tenha sido tão célere e, parece, à revelia da Câmara, em tomar a decisão do abate das inocentes. E demore tanto tempo em cumprir a promessa que fez em tempos em reunião da Junta de Freguesia, em acabar com o estacionamento abusivo no espaço pedonal da Rua 5 de Outubro.

Por: João Dias Carrilho