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    Arquivo: Edição de 30-04-2010

    SECÇÃO: Destaque


    COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL EM ERMESINDE

    Comemoração de Abril no Parque Urbano

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    Na noite de 24 de Abril decorreu no palco exterior do Parque Urbano de Ermesinde um espectáculo comemorativo dos 36 anos da Revolução dos Cravos.

    Além de uma apresentação multimédia onde se puderam apreciar imagens de alguns concertos de Zeca Afonso, entrevistas na chegada do exílio de Mário Soares e Álvaro Cunhal, e outros episódios marcantes do período revolucionário, além de muitos outros motivos de Abril, o evento foi constituído, na primeira parte, pela actuação do Orfeão da Associação Académica de Ermesinde (AACE) e, na segunda por uma encenação dos acontecimentos do dia 25 de Abril de 1974, a cargo da associação teatral Cabeças no Ar e Pés na Terra, que foi entremeada com o concerto da Banda Real’Idade intitulado “Tributo a Abril”.

    Após um início muito demorado, devido a terem que se resolver algumas dificuldades de ordem técnica de última hora – o que pôs à prova nervos de aço admiráveis por parte do Orfeão da AACE –, deu-se início à actuação deste, que interpretou com muita segurança as notáveis (mas também difíceis) Canções Heróicas de Fernando Lopes-Graça. Excelente prestação de todo o grupo em geral e dos solistas em particular.

    SEGUNDA PARTE

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    Antes do espectáculo, o presidente da Junta Luís Ramalho proferiu ainda umas breves palavras sobre a luta de 36 anos de liberdade e sobre o programa das comemorações deste ano na cidade de Ermesinde.

    Uma breves palavras também por parte da AACE, que considerou o seu concerto «um grito de alerta». E, já agora, falando em personalidades, no final do espectáculo, João Paulo Baltazar, vice--presidente da Câmara de Valongo, com o pelouro da Cultura, Luís Ramalho, presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Raul Santos, presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia de Ermesinde, e Augusto Mateus, presidente da Direcção da Associação Académica de Ermesinde, desceram ao palco do anfiteatro ao ar livre para interpretarem em coro com o público a “Grândola” de Zeca Afonso, com que se rematou a noite.

    Quanto à segunda parte do evento, realce para a exibição dos Cabeças no Ar e Pés na Terra que, em cerca de uma semana, conseguiram pôr de pé um espectáculo muito vivo, com o recurso a alunos da Secundária de Ermesinde, e em que avultaram alguns elementos cenográficos como uma Chaimite – muito bem reproduzida e aproveitando o chassis de um tractor, que pelos seus próprios meios subiu a rampa do Parque Urbano desde a entrada até ao cimo –, e uma fragata “ancorada” no lago.

    Fizeram-se também alguns agradecimentos, por exemplo ao Museu Militar, à Escola Prática de Serviços, à Associação de Estudantes da ESE.

    Felizes alguns momentos como o da tentativa de prisão de Salgueiro Maia, o discurso deste aos seus soldados na parada, a ameaça de tiro da fragata Gago Coutinho, o avanço da Chaimite ou a rendição de Marcello Caetano.

    Também a Banda Real’Idade foi de agrado geral, tendo interpretado canções de Zeca Afonso, Vitorino, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira, Pedro Barroso e Fausto. Destaque para a qualidade do vocalista. Único reparo: a interpretação do “Coro dos Tribunais” (de acordo com a orquestração dos Filhos da Madrugada), a nosso ver pouco adequada ao tema. Mas a Banda Real’Idade limitou-se a reproduzir.

    Por: LC

     

     

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