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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 15-04-2010

    SECÇÃO: Educação


    O DESAFIO DA VIDA (EDUCAÇÃO & SAÚDE)

    3, 4, 5 … já estou na escola!

    O nosso desafio é esclarecê-lo e ajuda-lo a superar os obstáculos da vida para ser feliz. Somos uma equipa transdiscipliar e é para isso que existimos. Tem o nosso apoio em www.felicity.com.pt ou [email protected]

    Foto VITOR PONOMARENKO
    Foto VITOR PONOMARENKO
    A segunda infância (3 aos 6 anos) é uma fase muito importante no desenvolvimento da criança, durante este período existe a aquisição de competências essenciais para o mesmo. Desenvolvem-se competências motoras, cognitivas, psicossociais e de linguagem que serão a base de uma nova etapa da vida, a escola.

    Em seguida vamos abordar os pontos essenciais do desenvolvimento entre os 3 e os 6 anos.

    Dos 3 aos 4 anos a criança é uma exploradora nata, consegue contornar obstáculos de forma controlada e gosta de explorar o meio que lhe envolve. Quando desce escadas é normal que não o faça fluentemente, tem a necessidade de colocar os dois pés no mesmo degrau. O seu equilíbrio é suficiente para se manter num só pé, apresenta habilidade motora para comer com garfo e colher, veste-se sozinho, contudo precisa de ajuda em tarefas mais minuciosas, como apertar os botões. É nesta idade que começa a ter noção temporal de “presente”, “passado” e “futuro”, gosta de fazer jogos simbólicos onde já aplica a escala de valores bem/mal. Vai à casa de banho sozinho, porém à noite pode precisar de ajuda, principalmente os rapazes. Como todos sabemos, os 3 anos é a idade dos “porquês”, quando questionam tudo o que se passa à sua volta, também gostam de andar atrás dos pais a ajudar nas tarefas domésticas e ainda não gostam de brincar com as crianças da sua idade, mas sim ao lado delas. Em relação à fala e linguagem é normal existirem algumas substituições fonéticas infantis (ex: dizer “rarrafa” em vez de “garrafa”) e a construção frásica não é a mais correcta, pois é uma idade em que adquirem muito vocabulário, o que pode levar a uma ligeira gaguez (que só se torna um sinal de alarme a partir dos 4 anos e meio). No que diz respeito aos números, já são capazes de contar até 10, mas a noção de quantidade é mais limitada, sendo que, por norma, só consegue dizer que tem 2 ou 3 objectos sobre posse.

    Quando crescem mais um pouco, entre os 4 e os 5 anos, a criança apresenta um andar com dissociação do corpo e balanço dos braços; consegue atirar a bola com precisão direccional; trepa obstáculos; e conduz bem um triciclo. Em relação a movimentos mais finos, já manipula a caneta com uma pega correcta e consegue desabotoar botões sozinho, sendo que com esta idade consegue aprender a tocar instrumentos musicais, como o piano. Além disso, dirige a atenção de forma controlada para pequenas tarefas, revelando uma maior preferência pelos jogos com miniaturas. As brincadeiras simbólicas estão mais elaboradas, iniciando-se os jogos de regras e brincadeiras com os pares. Nesta idade já obedece e executa ordens de complexidade média, com 2 a 3 directrizes, sendo comum observar-se algumas impertinências verbais quando é contrariada. O seu comportamento global é mais independente e apresenta um forte desejo próprio. Já conta até 20, mas a nível de quantidade só associa até 5 objectos.

    Aos 5 anos a criança consegue saltar, ter equilíbrio em pé coxinho, andar sobre uma linha, apresenta maior habilidade nos jogos de bola, o que revela que a sua destreza manual é muito elaborada. Esta idade é fundamental para a consolidação dos pré-requisitos escolares. É entre os 5 e os 6 que os números e letras passam a ser um brinquedo, sendo importante adquirirem a capacidade de manter a atenção e apresentarem um comportamento mais reflectido, controlado e independente. Também é essencial que o discurso seja fluente, com vocabulário adequado, construção frásica mais complexa e uma articulação dos sons da fala correcta. No que diz respeito às relações interpessoais, nesta idade a criança já gosta de brincar e colaborar com os amigos, que já são escolhidos, formando-se os primeiros grupos.

    Deste modo podemos salientar que antes de entrar na escola as crianças devem compreender o que são as rotinas diárias, o que irá contribuir para a adaptação ao ambiente escolar e tudo o que essa fase envolve.

    No próximo artigo será abordado o desenvolvimento da criança na fase escolar.

    Por: Cristina Camacho (*)

    (*) Fisioterapeuta

     

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