Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 31-03-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 30-03-2010

    SECÇÃO: Arte Nona


    A saga do escravo Alix e a Antiguidade Clássica

    Mais uma vez com a parceria das Edições ASA e do jornal “Público”, os bedéfilos portugueses vão reencontrar aquela que foi uma das mais interessantes sagas históricas da Banda Desenhada franco-belga, ao estilo da linha clara, “Alix”, criada pelo francês Jacques Martin, recentemente desaparecido, com 88 anos, em Janeiro deste ano.

    foto
    A reedição da parceria ASA/“Público” irá servir-se, exclusivamente, dos álbuns publicados pelas Edições 70 nos anos 80. Assim, serão publicados 16 álbuns: [1] “Alix o Intrépido” (original “Alix l'intrépide” criado em 1948, sendo publicado na “Tintin”), [2]) “A Esfinge de Ouro” (original “Le sphinx d'or”, 1949), [3] “A Ilha Maldita” (“L'île maudite”, 1951 ), [4] “A Tiara de Oribal” (“La tiare d'Oribal”, 1955), [5] “Garra Negra” (“La griffe noire”, 1958), [6]“As Legiões Perdidas” (“Les légions perdues”, 1962), [7] “O Último Espartano” (“Le dernier Spartiate”, 1966), [8] “O Túmulo Etrusco” (“Le tombeau étrusque”, 1967, [9] “O Deus Selvagem” (“Le dieu sauvage”, 1969), [10] “Iorix, O Grande” (“Iorix le grand”, 1971), [13] “O Espectro de Cartago” (“Le spectre de Carthage”, 1976), [14] “O Deus Vulcão” (“Les proies du volcan”, 1977, [15] “Herkios, o Jovem Grego” (“L'enfant grec”, 1979), o último cujo original ainda foi lançado na “Tintin”, [16] “A Torre de Babel” (“La tour de Babel”, 1981), a partir daqui com a publicação original a ser feita pela editora Casterman, [18] “Vercingétorix” (“Vercingétorix”, 1985) e [19] “O Cavalo de Tróia” (“Le cheval de Troie”, 1988).

    Isto é, os volumes 1 a 10, 13 a 16 e 18 a 19 da obra original. Ficam de fora os volumes já anteriormente publicados pela ASA: [11] “O Príncipe do Nilo” (“Le Prince du Nile”,1973, [12] “O Filho de Espártaco” (“Le Fils de Spartacus”, 1974), [17] “O Imperador da China” (“L’empereur de Chine”, 1983). Também naturalmente de fora os outros volumes já publicados pela ASA, quer o [20], “Ó Alexandria” (“O Alexandrie”, 1996), o último ainda integralmente da autoria de Jacques Martin, quer [23] “O Rio de Jade” (“Le Fleuve de Jade”, 2003). Este último, tal como os seguintes, dada a progressiva perda de visão do seu criador, já ilustrados por Rafael Moralès e Marc Henniquiau, mas ainda com texto de Jacques Martin: [21] “Les Barbares” (1998), [22] “La chute d'Icare” (2001), e [24] “Roma, Roma...” (2005). Depois viriam [25] “C'était à Khorsabad” (2006), com texto de François Maingoval e ilustrado por Cédric Hervan e Christophe Simon, [26] “L'Ibère” (2007), com texto de François Maingoval e Patrick Weber, ilustrado por Christophe Simon, [27] “Le démon de Pharos” (2008), texto de Patrick Weber e desenhos de Christophe Simon, e finalmente [28] “La Cité engloutie” (2009), texto de Patrick Weber e desenhos de Ferry.

    Sendo uma série que se debruça sobre a realidade do período do Império Romano, ela adquire além do mais um grande interesse didáctico, razão pela qual a série está incluída no Plano Nacional de Leitura em Portugal.

    LES VOYAGES D'ALIX

    Mas a partir do universo de Alix, foi também criada a série “Les Voyages d'Alix”, dedicada à cultura e geografia da antiquidade, com ilustrações inspiradas nas aventuras de Alix. Impressa integralmente a cores, mas com uma qualidade superior à série de BD, esta série inclui os seguintes álbuns: “Rome 1” (ilustrado por Gilles Chaillet, 1996), “L'Égypte 1” (ilustrado por Rafael Moralès, 1996), “La marine antique 1” (ilustrado por Marc Henniquiau, 1997), “La Grèce 1” (ilustrado por Pierre de Broche, 1997), “La Grèce 2” (ilustrado por Pierre de Broche, 1998), “Rome 2” (ilustrado por Gilles Chaillet, 1999), “La marine antique 2” (ilustrado por Marc Henniquiau, 1999), “Le costume antique 1” (ilustrado por Jacques Denoël, 1999), “L'Égypte 2” (ilustrado por Rafael Moralès, 2000), “Le costume antique 2” (ilustrado por Jacques Denoël, 2000), “Carthage (ilustrado por Vincent Hénin, 2000), “Athènes (ilustrado por Laurent Bouhy, 2001), “Le costume antique 3” (ilustrado por Jacques Denoël, 2002), “Jérusalem” (ilustrado por Vincent Hénin, 2002), “Pompéi 1” (ilustrado por Marc Henniquiau, 2002), “Persépolis” (ilustrado por Cédric Hevan, 2003), “Pétra (ilustrado por Vincent Hénin, 2003), “Les Mayas” (ilustrado por Jean Torton, 2004), “Les Étrusques” (ilustrado por Jean Torton, 2004), “Les Jeux Olympiques” (ilustrado por Cédric Hervan e Yves Plateau, 2004), “Les Mayas 2” (ilustrado por Jean Torton, 2005), “Les Aztèques” (ilustrado por Jean Torton, 2005), “Lutèce” (ilustrado por Vincent Hénin, 2006), “Les Vikings” (ilustrado por Eric Lenaerts, 2006), “Les Incas” (ilustrado por Jean Torton, 2006) e “Les Étrusques 2” (ilustrado por Jacques Denoël, 2007).

    ALIX RACONTE

    Além destes, há ainda a série “Alix raconte”, em que cada livro apresenta uma biografia ficcionada de uma personalidade famosa da Antiguidade. Todos os livros com texto de François Maingoval, compreende os seguintes títulos: “Alexandre le Grand” (ilustrado por Jean Torton, 2008), “Cléopâtre” (ilustrado por Eric Leenaerts, 2008), e “Néron” (ilustrado por Yves Plateau, 2008).

    Em 1987, na Casterman, foi também publicado “L'odyssée d'Alix”, de Jacques Martin; e a série teve também honras de paródia com “Alex l'Intrépide”, de Dupa, no “Journal de Tintin” (em 1981) e “Axile”, de Roger Brunel”, em “Pastiches tome 1 (1980, na Glénat).

    Por isso, muita atenção a reter pelos apaixonados da BD mas igualmente pelos educadores e pelos estudantes.

    «(...) As aventuras de Alix são o palco por excelência do choque de interesses, vontades, desejos e percursos individuais que, não raras vezes, se resolvem de forma simultaneamente violenta e dramática, quase sempre injusta e, em muitos casos, hipotecando mesmo o efectivo poder do herói como motor da acção e agente das transformações que deles se esperam. Ou seja, Alix apresenta-se, na melhor tradição clássica, como um elemento mediador entre desígnios que em muito o transcendem, pondo em evidência uma dimensão humana que só muito parcial e limitadamente é senhora do seu próprio destino (...)», conforme texto de Carlos Pessoa impresso na contra-capa de “Alix o Intrépido”, Público-Edições ASA, 2010.

    Por: AVE (*)

    (*) Com base em informação da Wikipedia.

     

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].