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    Arquivo: Edição de 30-06-2009

    SECÇÃO: Cultura


    2º Encontro Internacional de Coros lotou e encantou o Fórum Cultural

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    Esgotado há mais de uma semana antes da data da sua realização não será de todo exagerado se classificarmos o 2º Encontro Internacional de Coros da Cidade de Ermesinde como um dos acontecimentos culturais da nossa freguesia de maior relevo, até à data, do presente ano. E assim o foi, em nossa opinião, não só pela enorme afluência de público à casa de espectáculos do Fórum Cultural de Ermesinde – palco da iniciativa – mas essencialmente pelo factor qualidade patenteado pelos grupos corais participantes.

    Organizado pela Associação Académica e Cultural de Ermesinde (AACE), com o apoio habitual da Câmara de Valongo e da Junta de Freguesia de Ermesinde, o evento – ocorrido na noite de 13 de Junho passado – teve início com a actuação das “camadas jovens da casa”, o mesmo é dizer com o Órfeão Juvenil da AACE. Sob a batuta da maestrina Lígia Castro os pequenos grandes cantores mostraram bem o porquê do órfeão principal da associação ter o futuro assegurado, constatação essa traduzida numa actuação muito bem conseguida na interpretação de temas como La Ricciutella (canção napolitana), Pavanne (de Toinot Arbean), ou Mounth of Maying (de Thomas Morley).

    E seria precisamente o Órfeão Sénior da AACE o grupo seguinte a subir ao palco. Conduzidos pelos maestro Sérgio Nery os cerca de 40 elementos dispensam elogios, pois é por demais conhecida – não apenas cá no nosso burgo como também em diversos concelhos do país e na vizinha Galiza – a sua mestria na interpretação da arte do canto. Fortes aplausos se fizeram ouvir da assistência na sequência da interpretação de temas como Canção da Vindima, Acordai (ambas da autoria de Lopes Graça), ou Rigozijo de uma Raça (de Heitor Villa Lobos). Mas aquele que para nós terá sido um dos pontos altos da actuação do Órfeão Sénior nesta noite aconteceu pouco antes do “cair do pano” da sua presença em palco, altura em que se despediu do público com a interpretação do Hino dos 10 anos da AACE, uma pequena surpresa que percorreu de lés-a-lés a década de vida que a associação neste ano comemora.

    Posteriormente o apresentador de serviço, Queijo Barbosa – também ele um conhecido membro da “família” da AACE –, introduziu uma das actuações mais aguardadas da noite, a do Coral Polifónico Val de Avia, oriundos da região de Ourense, na Galiza. Formado em 2003 este grupo tem sido rotulado pelos entendidos na matéria como um dos ex-libris daquela região galega no que toca ao canto coral, contando já com diversas actuações em várias festas e festivais um pouco por toda a Galiza bem como algumas vindas a Portugal, mais concretamente a localidades como Esposende e Vila Praia de Âncora. Para além de Mozart o grupo galego, e como não podia deixar de o fazer, trouxe até Ermesinde algumas pérolas musicais da sua região, tais como Fia na Roca, ou Resoa no Carballiño (ambas de origem popular).

    Com um “palmarés” não menos rico em termos de actuações e consequentemente de prestígio angariado em relação aos grupos anteriores subiu ao palco o Órfeão “Canto e Encanto”de Canas de Senhorim que fazendo jus ao seu nome de baptismo ofereceu ao público alguns temas de origem popular do nosso país, como por exemplo Se Fores ao Alentejo, ou O Pezinho.

    O encerramento da agradável noite cultural esteve a cargo do Órfeão da Misericórdia de Santo Tirso cujo reportório percorreu vários géneros musicais, desde a vertente erudita aos espirituais negros passando ainda pela música popular de vários países.

    Por: Miguel Barros

     

     

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