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    Arquivo: Edição de 30-06-2009

    SECÇÃO: Destaque


    88º ANIVERSÁRIO DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ERMESINDE

    BVE: Alegria e aflição no aniversário

    Dia de comemoração de aniversário – o 88º – para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, com as as comemorações a iniciarem-se no sábado à tarde, com um simulacro de acidente rodoviário, mais dirigido às crianças e com um sentido didáctico, e o grosso das comemorações a terem lugar domingo, dia 21 de Junho, com a cerimónia do hasteamento das bandeiras, missa na Igreja Paroquial, romagem aos cemitérios de Ermesinde e Águas Santas e, finalmente, a cerimónia de baptismo das novas viaturas e um almoço comemorativo.

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    Mas após as cerimónias festivas da manhã, nem houve tempo para terminar o almoço em paz, um incêndio muito perigoso em Baguim do Monte acabaria por mobilizar a corporação que, juntamente com as congéneres de Gondomar, Valongo, S. Pedro da Cova, Areosa e Valbom, e com o apoio de um helicóptero da Protecção Civil, tiveram um princípio de tarde muito quente e trabalhoso.

    Ao fim da manhã, regressados ao quartel vindos da cerimónia religiosa e das romagens, o cortejo dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde deu lugar à cerimónia da bênção das novas viaturas ao serviço, que contou com a presença do vigário Américo Aguiar, da diocese do Porto.

    Não sem antes haver lugar a uma pose dos três bombeiros galardoasos pela Liga dos Bombeiros Portugueses com o Crachá de Ouro, precisamente Adriano Pinto, Serafim Barros e o próprio comandante, Carlos Teixeira.

    Foi este, aliás que proferiu as primeiras palavras da cerimónia, agradecendo aos padrinhos das novas viaturas, e mostrando-se orgulhosos de ser o comandante desta corporação de «homens sempre prontos para tudo».

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    Carlos Teixeira explicou também as circunstâncias em que se benziam as três novas viaturas, sendo uma nova ao serviço do INEM, um investimento, portanto, da administração central, outra nova, resultante do peditório em Ermesinde e Alfena e, que por isso mesmo, ostentava nela escrito esse agradecimento. Quanto à terceira é o resultado de uma história triste com um final feliz. De facto tratava-se de uma viatura acidentada ao serviço do INEM, que este acabou por considerar não ter interesse em recuperar. Com a autorização da entidade foi a mesma entregue aos Bombeiros Voluntários de Ermesinde que a foram recuperando nas suas oficinas, conseguindo aqui e ali os apoios necessários para as peças que lhe faltavam. Resultado: uma viatura praticamente nova a custo pouco mais que zero. E dada a sua função de ambulância de transporte, pintada de vermelho, conforme a reente legislação aprovada.

    Além de Carlos Teixeira usou também da palavra o presidente da Direcção da Associação Humanitária dos BVE, que começou por referir a missão de ajuda dos bombeiros, que não perguntam se uma pessoa é boa ou má, mas simplesmente, se precisar de ajuda, onde é que se encontra?, honrando o lema “Servir a Todos sem Olhar a Quem” ou “Vida por Vida”.

    Foi aliás nesse sentido que Artur Carneiro propôs um minuto de silêncio em honra do bombeiro de Amarante falecido quando regressava de uma missão em Espanha.

    O presidente referiu depois os 12 anos seguidos da sua gestão, fez um agradecimento especial ao comandante Carlos Teixeira, e destacou que este sempre defendeu, «mas sempre», reforçou, os interesses da instituição.

    Terminou agradecendo a todos os bombeiros, gratificado e orgulhoso pela sua disponibilidade.

    Também o P.e Américo Aguiar proferiu umas breves palavras, primeiro dando graças a Deus por, em 88 anos, a corporação nunca ter perdido um bombeiro em serviço, depois louvando os bombeiros que, «tal como as forças de segurança e os militares também dão a vida» pela comunidade.

    Gracejou, finalmente sobre a cor vermelha obrigatória de uma das ambulâncias, revelando a sua preferência clubista.

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    Joaquim Santos foi o padrinho de uma das viaturas, a SEC, pela mão de Almerindo Carneiro, de outra, e nós todos, brincou-se, da viatura ao serviço do INEM.

    Tudo parecia estar a correr pelo melhor, os bombeiros divertiram-se ainda com umas mangueiradas a refrescar o dia tórrido que estava, e todos se preparam para o almoço quando, ao princípio da tarde, um incêndio de proporções ameaçadoras e que se acercou perigosamente de várias casas de habitação, deflagrou em Baguim do Monte, ainda próximo da zona da Formiga.

    Rapidamente chegado ao local, um helicóptero da Protecção Civil abastecia-se de água na piscina do Colégio de Ermesinde e tentava apagar as chamas e impedir que as faúlhas levadas pelo vento forte ateassem o incêndio noutros locais, como aliás ainda começou a verificar-se. Estiveram presentes mais de 60 homens das corporações de Ermesinde, com o comandante Carlos Teixeira à cabeça, Valongo, Gondomar, Areosa, Valbom e S. Pedro da Cova.

    A forma como as coisas se passaram permitiu que Artur Carneiro e outros elementos da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (como Tavares Queijo, por exemplo) pudessem acompanhar parte da actividade de combate às chamas. No fim, em vez do almoço, acabou por se fazer um lanche.

    Carlos Teixeira considerou uma situação como esta, em que eucaliptos de copa alta ficam praticamente com as folhas por cima das casas como potencialmente «muito muito perigosa».

    Por: LC

     

     

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