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    Arquivo: Edição de 15-04-2009

    SECÇÃO: Opinião


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    É tempo de mudar

    Neste ano, os portugueses serão chamados à urnas por três vezes: nas eleições para o Parlamento Europeu, nas eleições para a Assembleia da República e nas eleições para as Autarquias.

    Estou em crer que os actos eleitorais deste ano constituem uma oportunidade singular para a afirmação, pelos seus resultados, de uma clara condenação da política que até aqui tem sido desenvolvida quer pelo PS no Governo, quer pelo PSD na Câmara de Valongo e na Junta de Freguesia de Ermesinde.

    Na Câmara de Valongo e na Junta de Ermesinde, o PSD é como que um “peso morto”: durante três anos, nenhum investimento relevante se viu no concelho e na freguesia e só agora é que tiveram início algumas pequenas obras – arranjos de passeios e arruamentos, sobretudo –, cujo objectivo é fazer esquecer os últimos três anos de manifesta estagnação em termos de desenvolvimento.

    Vale igualmente a pena reflectir sobre as razões que explicam que só este ano tenham começado a aparecer comunicados, cartas, jornais e visitas do PS denunciando os problemas da gestão PSD e apontando o que devia ter sido feito e não foi. É caso para perguntar: o que esteve o PS a fazer nos últimos três anos? Que oposição é esta, que só denuncia e propõe no ano das eleições? Será que, nos órgãos onde que têm assento – e onde tem até o mesmo ou quase o mesmo número de eleitos que o PSD –, os representantes do PS têm efectivamente correspondido às exigências do mandato que os cidadãos lhes concederam através do voto?

    Os outdoors colocados pelo PS por todo o concelho usam o conhecido lema “É tempo de mudar”, que tem sido usado pela CDU no plano nacional. No caso do PS, porém, a dúvida é imediata: é tempo de mudar para quê? Mudar as caras, deixando tudo na mesma? Mudar de políticos sem mudar as políticas? Ou mudar como mudou o PS a nível nacional quando sucedeu à coligação PSD/CDS-PP, conseguindo ir, em diversos sectores, ainda mais longe do que o Governo mais à direita que até então havíamos tido?

    Antes das eleições legislativas 2005, o PS nacional também prometia mudanças: no código de trabalho, na saúde, na educação, na política económica e de criação de emprego, entre outras. E, realmente, Portugal mudou: a precariedade do emprego aumento, o desemprego cresceu, a dificuldade de acesso aos serviços públicos agravou-se. Incontestavelmente, a maioria dos Portugueses sente todos os dias na pele os efeitos destas mudanças e das promessas não cumpridas.

    É tempo de pensar no que efectivamente queremos para Portugal e, em particular, para Valongo. É tempo de mudar, sim, mas de mudar verdadeiramente, de mudar para melhor, rompendo com a alternância sem alternativa que tem governado o país e o concelho.

    Por: Sónia Sousa

     

     

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