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    Arquivo: Edição de 15-04-2009

    SECÇÃO: Local


    Carlos Magno homenageado pelo Rotary de Ermesinde

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    O jornalista/comentador político Carlos Magno viu o Rotary Club de Ermesinde (RCE) reconhecer-lhe os seus méritos profissionais numa homenagem que decorreu no restaurante Churrasqueira do Norte na noite de 30 de Março último. Profissional de créditos firmados, Carlos Magno iniciou a sua caminhada na comunicação social pela rádio, tendo-se especializado na informação política como repórter da Antena 1, ao relatar campanhas eleitorais de nomes como Sá Carneiro, Ramalho Eanes, Mário Soares ou Cavaco Silva. A sua próxima paragem na rádio seria a TSF, tendo sido um dos fundadores da delegação desta estação no Porto. No ano de 1989 Pinto Balsemão convidá-lo-ia para dirigir a delegação do Porto do “Expresso”, tendo em 1997 deixado este projecto para se integrar no “Diário de Notícias”, onde exerceria funções de sub-director. Do seu extenso e brilhante currículo consta ainda a passagem como professor pela Escola Superior de Jornalismo do Porto onde teve a oportunidade de ajudar a formar alguns dos mais prestigiados jornalistas da actualidade da nossa praça.

    Neste jantar/homenagem Carlos Magno mostrou então todos os seus “atributos” de excelente orador/opinador, quando convidado a falar sobre a actualidade. Agradecendo desde logo o convite feito à sua pessoa pelo RCE, começaria por deambular sobre os média da actualidade, analisando antes do mais o facto de os jornais estarem cada vez mais a perder terreno, «estão a morrer», como frisou, lembrando, a título de exemplo, que hoje em dia o “Jornal de Notícias” vende somente cerca de 60 000 exemplares por dia, facto que há não muitos anos atrás seria impensável e altamente negativo para o “gigante diário nortenho”.

    Explicação para isto não será apenas a crise económica que neste momento abraça o mundo mas também o facto de não haver notícias! E como sem notícias não há jornalismo... Esta é pelo a visão do homenageado da noite, que se mostrou muito desanimado com o actual panorama dos média. «Falar da actualidade é falar de algo que se passou hoje, do que está a acontecer. E neste momento isso não se verifica, já que as notícias de hoje... não são de hoje. Fala-se muito do que aconteceu há 3 e 4 meses atrás, como os casos Freeport, Casa Pia, BCP, ou seja, estamos sempre a repetir as mesmas coisas, é como se não acontecesse nada no mundo no presente. O que não é verdade, pois o mundo está a viver uma grande mudança, estamos a viver uma revolução silenciosa e o jornalismo de hoje é apenas uma lengalenga do que já aconteceu».

    Magno opina igualmente que este é um mundo perigoso, um mundo onde os acontecimentos se repercutem a uma velocidade estonteante, que nos afecta directamente, em que não conseguimos atenuar as ondas de choque. «Ninguém consegue prever o que vai acontecer amanhã ou daqui a uma semana. Como dizia Agustina Bessa Luís: «Vivemos num país de incertezas. Há hoje uma série de coisas que estão a mudar no mundo e nós temos de nos aperceber delas. Por isso penso que este momento de crise por que passamos é importante no sentido de percerbermos o que se está a passar. Se tivermos capacidade de olhar a crise, interpretá-la com inteligência e racionalidade, de percerbemos o que se passa à nossa volta, penso que vamos conseguir ultrapassá-la».

    Após alguns momentos de diálogo com a “plateia rotária”, Carlos Magno recebeu das mãos do presidente do RCE, João Morgado, uma pequena lembrança símbolizando a homenagem ao notável profissional da comunicação.

    De sublinhar ainda que este jantar foi antecedido pela apresentação e “introdução” de um novo membro na família rotária ermesindense, de seu nome Luís Vasques.

    Uma última nota para efectuarmos uma pequena correcção em relação ao Sarau Cultural do RCE, noticiado na última edição do nosso jornal, para informar que o nome de uma das alunas então homenageadas é Filipa Maria e não Filipa Maia como por lapso avançámos. Aqui fica pois a correcção e as nossas desculpas à aluna em causa e ao RCE.

    Por: Miguel Barros

     

     

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