NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE / NUM ANO RECONHECIDAMENTE DIFÍCIL, RESULTADOS FORAM MELHORES QUE AS INICIAIS EXPECTATIVAS
Aprovadas as contas do CSE
Em Assembleia Geral da instituição, realizada na passada sexta-feira, dia 27 de Março, os associados do Centro Social de Ermesinde aprovaram, por unanimidade, o Relatório de Actividades e as Contas apresentados pela Direcção e relativos a 2008.
Do Relatório há a salientar, sobretudo, o esforço realizado no sentido de afrontar as dificuldades que se adivinhavam já no Orçamento previsional, decorrentes da política educativa e das suas consequências nas IPSS, esforço esse que permitiu minorar em muito os prejuízos do exercício.
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Fotos URSULA ZANGGER |
Com um orçamento previsional que se apresentava bastante pesado, dadas as alterações na política sócio-educativa, que vieram a penalizar fortemente as IPSS, o exercício de 2008 do Centro Social de Ermesinde acabou muito menos gravoso do que aquilo que se esperava para a instituição. Isto mesmo foi o que o presidente da Direcção do Centro Social de Ermesinde, Alberto Carvalho, pretendeu comunicar aos sócios (que, diga-se em abono da verdade, voltaram a comparecer em escasso número na Assembleia Geral).
Alberto Carvalho respondia à solicitação do presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lúcio Barbosa, que tinha a seu lado na mesa, além de Raul Santos, a associada Fátima Costa, cooptada para a mesa na ocasião, e a secretariar devido à ausência da secretária da Mesa da Assembleia Geral.
Na sua intervenção, o presidente da Direcção do CSE considerou que «o Estado não atendeu à realidade concreta», tendo as IPSS, tal como o Centro Social de Ermesinde de se adaptar a essa nova política educativa e, sobretudo, a um novo modelo de ATL, como se sabe uma valência fulcral da vida da instituição.
NECESSIDADE
DE ADAPTAÇÃO
E LANÇAMENTO
DE INICIATIVAS
GERADORAS
DE RECEITAS
As mudanças impostas, tiveram assim que responder a novas exigências, da prestação do serviço de actividades de tempos livres em horário de antes e depois da abertura das escolas e nos tempos de férias. Com consequências como a necessidade de adaptação da estrutura de pessoal, mas tendo sempre presente, ressalvou Alberto Carvalho, a importância de manter os postos de trabalho.
A garantia da qualidade dos serviços prestados aos utentes, contudo, pôde sempre ser mantida, embora com uma alteração profunda nos quadros técnicos.
O esforço de adaptação do CSE para garantir novas formas de sustentabilidade, criando novas fontes de receita foi, neste exercício, um imperativo de sobrevivência, traduzido em várias áreas e iniciativas como, por exemplo, aproveitando os conhecimentos e as capacidades próprias, potenciar o know how da instituição vendendo serviços, como é o caso do fornecimento de refeições a outras instituições, ou o fornecimento de salas para acções de formação, ou a realização de festas de aniversário no ATL e noutras valências.
Com estas iniciativas e um esforço de contenção e rigor extensivo a toda a instituição foi possível recuperar do resultado negativo previsto orçado em cerca de 85 mil euros para um resultado que, embora ainda negativo, de cerca de 60 mil euros, é bastante menos pesado e inclui já cerca de 39 mil euros de incobráveis relativos a publicidade e assinantes do jornal de 2003, 2004 e 2005.
Alberto Carvalho chamou ainda a atenção para o facto de algumas valências serem assumida e tradicionalmente deficitárias, caso do Lar de S. Lourenço, sob pena de degradação dos serviços, o que de modo nenhum se pretende.
Além do mais, não só nalgumas valências se verifica uma inversão positiva da tendência do exercício, como também o lançamento de novas iniciativas, como é o caso do Programa Novas Oportunidades no Centro de Formação faz esperar com segurança um impacto positivo nas contas de exploração do próximo exercício.
Feita esta explanação, foi o Relatório aprovado na generalidade, tendo Lúcio Barbosa posto então à consideração dos associados a aprovação das contas na especialidade.
Para apresentar e fundamentar estas contas de um ponto de vista mais técnico, o presidente da Direcção chamou a intervir outro membro da Direcção, Alberto Mateus, que com a sua competência técnica na matéria ajudou decisivamente na elaboração do Relatório de Contas, que cumpre escrupulosamente as determinações em vigor.
Colocadas as contas à votação dos sócios presentes foram as mesmas aprovadas também por unanimidade e sem que fossem pedidos outros esclarecimentos.
Por fim, Lúcio Barbosa pôs à votação o Parecer do Conselho Fiscal, favorável à Direcção, e que foi naturalmente aprovado, também por unanimidade dos presentes.
No início desta sessão ordinária da Assembleia Geral foi aprovada a acta da sessão anterior, verificando-se uma abstenção, do associado Agostinho Gomes, que não esteve presente na Assembleia Geral a que a acta se reportava.
Por:
LC
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