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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 20-12-2008

    SECÇÃO: Local


    Escola Secundária de Ermesinde prestou o seu contributo

    Comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

    Fotos RUI LAIGINHA
    Fotos RUI LAIGINHA
    Passados 60 anos da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) não seria de esperar que actualmente a situação tivesse melhorado? Foi esta a questão central da palestra proferida por Almeida Santos, ex-presidente da Amnistia Internacional (AI), Secção Portuguesa.

    A sessão decorreu no passado dia 10 de Dezembro, no auditório da Junta de Freguesia de Ermesinde, e foi dinamizada pelo grupo 5 da turma H, do 12ºano, da Escola Secundária de Ermesinde (ESE), juntamente com o Grupo da Amnistia Internacional, da mesma escola.

    Almeida Santos mostrou a sua indignação perante a indiferença relativamente à violação dos direitos humanos, prática que se verifica todos os dias, em diversas partes do mundo. Dá alguns exemplos relembrando o aumento do fosso entre pobres e ricos; a quantidade de refugiados no Congo; os milhares de mortos no Iraque e a prisão de Guantánamo que continua a manter pessoas em cativeiro sem qualquer tipo de acusação.

    «Será que os nossos pais e avós pensariam que passado tanto tempo ainda estivessemos numa situação semelhante á de 60 anos atrás?», questionou o ex-presidente da AI Secção Portuguesa. «É uma herança muito valiosa, esta que nos foi deixada, e nós estamos a fazer muito pouco para alterar esta realidade e consequentemente não valorizamos o legado».

    Almeida Santos criticou ainda a «cultura do medo entre os cidadãos: o medo de perder o emprego, medo do futuro, o medo de não receber a reforma... Andamos todos com muito medo de qualquer coisa!». «Mas porque é que isto acontece?», interrogou.

    Prossseguiu referindo que é «inaceitável haver pessoas a viver com menos de dois euros por dia e que hajam cada vez mais meios repressivos». «O número de crianças institucionalizadas em Portugal é de 20 mil e há cerca de 26 mil que andam ao Deus dará!», declarou.

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    Almeida Santos desafiou a autarquia de Ermesinde a descobrir quantas pessoas vivem sem água e luz por falta de pagamento e deixou o repto: «Temos de dizer a quem nos governa: Direitos Humanos já! Basta de desculpas!».

    Por fim, o ex-presidente da AI, Secção Portuguesa, felicitou a iniciativa dos estudantes e professores responsáveis por todas as sessões levadas a cabo, prestando assim um grande contributo, que «começa a ser raro em Portugal».

    A abertura da sessão teve lugar a cerimónia: “Trinta Direitos, Trinta Velas” que consistiu na leitura dos 30 direitos humanos ao mesmo tempo que eram acesas velas representando cada um deles.

    Esta palestra representou o culminar das comemorações dos 60 anos da DUDH que tiverem lugar durante todo o dia na ESE.

    É de referir que esta iniciativa faz parte do projecto “Activismo & Participação Cívica dos Jovens” e que tem como objectivos primordiais concretizar duas acções: criar um núcleo da Amnistia Internacional na cidade de Ermesinde e participar no projecto “Parlamento dos Jovens, dinamizado pela Assembleia da República.

    Por: Teresa Afonso

     

     

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