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    Arquivo: Edição de 15-11-2008

    SECÇÃO: Destaque


    SEMINÁRIO “IMPRENSA REGIONAL - QUE FUTURO?”

    Painel final: Imprensa Regional – Que Futuro?

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    O painel final foi aberto com as intervenções de Manuel Pinto, Fernando Paulouro Neves e Alfredo Maia, que sintetizaram o debate dos painéis anteriores. Entre as questões referidas, Manuel Pinto aludiu à necessidade de uma formação de natureza ética da escola e à importância dos jornais escolares e da cooperação da imprensa com a escola, Fernando Paulouro Neves salientou o serviço público da imprensa regional e Alfredo Maia, entre outras coisas, abordando o tema da regulação, pronunciou-se sobre a questão do direito de resposta e a a responsabilidade dos jornalistas.

    Luís Costa, da RTP-Norte, congratulou “A Voz de Ermesinde” e relatou antigas experiências na imprensa regional . Referiu depois a possibilidade de, mesmo em televisão, ter uma maior atenção local. Lembrou a experiência do caderno Local do “Público” e revelou ter deixado de acreditar na capacidade dos jornais nacionais cumprirem o slogan: “Vamos ao fim do mundo, vamos ao fim da rua”.

    Finalmente, por contraste com a situação portuguesa, lembrou a importância da imprensa regional galega.

    Leite Pereira, do “Jornal de Notícias”começou por dizer que os jornalistas são as pessoas menos indicadas para falar do futuro da imprensa. Falou depois das dificuldades generalizadas da imprensa e apontou o seu jornal, com três edições regionais, como exemplo de atenção ao noticiário local e regional. «O JN canibaliza muita desta informação que seria possível encontrar na imprensa regional, admitiu ainda.

    Manuel Carvalho, do “Público”, falou da simpatia e colaboração entre imprensa nacional e local, apontando que há nesta um alegado amadorismo em excesso. Os desafios que se põem hoje são de carácter civilizacional e tecnológico, considerou, apontando ainda que o valor da imprensa regional e local é o da linguagem de proximidade. «Um jornal local que quer fazer o que um jornal nacional já faz, não interessa».

    Na imprensa regional encontra-se cada vez mais bom profissionalismo, assinalou ainda. Apontou depois como missão primeira do jornal local fiscalizar os poderes autárquicos e a actividade local, e referindo também o exemplo galego, salientou o seu papel na mobilização cidadã (o caso do “Prestige”, po exemplo).

    José Marquitos confrontou depois os três intervenientes convidados da grande comunicação social, com várias questões – a preparação da imprensa para sobreviver à crise, a questão do futuro dos jornalistas, a exploração de alianças e parcerias, a questão tecnológica, a regulação.

    Seguiu-se um período de debate público, durante o qual Henrique Queirós Rodrigues, ex-presidente do Centro Social de Ermesinde e colaborador do jornal “Solidariedade” colocou a questão da instância administrativa e política regional como condição favorável à expressão da afirmação das vontades e da indignação local, apontando o exemplo da situação do mercado do Bolhão e da atitude interventiva dos cidadãos, um combate em que se revia.

    Luís Chambel, de “A Voz de Ermesinde” questionou a fiabilidade informativa no quadro dos grandes grupos de média empresariais e saudou a multiplicação de expressões diversas de comunicação, na imprensa (fanzines), rádio (podcasts) e web (blogs), duvidando todavia do sentido de democraticidade fatal dos meios tecnológicos digitais.

    No final, quer porque a vivacidade do debate e o adiantado da hora não o permitiam, quer porque a reflexão é para continuar, como o sublinhou a directora de “A Voz de Ermesinde”, não houve propriamente lugar a uma cerimónia de encerramento, embora Fernanda Lage tenha aproveitado para oferecer a todos os membros da mesa e a colaboradores presentes de “A Voz de Ermesinde” a serigrafia comemorativa dos 50 anos. Também o presidente da Junta de Freguesia , Artur Pais, ofereceu aos membros da mesa deste último painel o livro “Ermesinde: Memórias da Nossa Gente”, editado pela autarquia e da autoria de Jacinto Soares, antigo director do nosso jornal.

    Por: LC

     

     

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